Métricas de criptomoedas: quais são e para que servem?

Métricas de criptomoedas

Conheça as as principais métricas que usamos para analisar o desempenho dos criptoativos e do mercado de criptomoedas como um todo. Saiba o que é market cap, volume em 24 horas, quantidade em circulação e muito mais.

O que você precisa saber sobre métricas:

  • Existem sete métricas principais para entender o comportamento e a confiabilidade das criptomoedas: capitalização de mercado, volume em 24 horas, classificação, quantidade em circulação, quantidade total, alta histórica e valor total bloqueado.
  • “Capitalização de mercado” é o valor total da moeda em dólares. Para calculá-lo, basta multiplicar a quantidade em circulação do ativo pelo preço atual dele.
  • “Volume em 24 horas” é a soma de todos os trades informados por todas as exchanges nas últimas 24 horas para um criptoativo.
  • “Classificação” (ou “popularidade”) é uma combinação entre o market cap (capitalização de mercado) do criptoativo e o volume de trade dele em 24 horas. As empresas especializadas criam as classificações. Portanto, os fatores da classificação podem mudar de uma lista para outra.
  • “Quantidade em circulação” é um valor aproximado da quantidade total de tokens nas mãos do público e em trade. Às vezes, alguns tokens acabam queimados ou congelados nas contas. Esta métrica ignora esse número.
  • “Quantidade total” é a quantidade conhecida de unidades existentes de um ativo digital.
  • “Alta histórica” (ou “ATH”) é o maior preço que a unidade de um criptoativo alcançou desde o lançamento. Essa métrica refere-se ao histórico de preços desse ativo digital sozinho, e não em comparação a outros ativos.
  • “Valor total bloqueado” é o número de tokens que estão em processo de staking em um protocolo específico. São tokens que os usuários bloqueiam no protocolo para prover liquidez ou segurança e receber recompensas em cripto.

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Introdução

Não importa quanto dinheiro você tenha; em algum ponto, o preço das coisas sempre acaba te influenciando. “Barato” e “caro” são duas métricas fundamentais que usamos para tomar decisões durante a vida cotidiana. Você está no supermercado? Então está decidindo se os produtos estão baratos ou caros. Vai comprar um telefone novo? Barato ou caro… Essa é uma maneira normal de decidir onde e quando gastar seu dinheiro, exceto quando falamos em criptoativos.

Não entenda mal: o preço é importante, mas ele, por si só, não deve orientar sua tomada de decisão. Se o preço de um token for “barato” (como acontece com as memecoins como Shiba Inu e Dogecoin, que são cotadas em unidades menores que centavos de dólar), não significa que ele vai subir. E se o preço for alto, como acontece com o Bitcoin e o Ethereum, também não significa que ele não possa subir ainda mais.

Quando queremos comprar e vender criptomoedas, precisamos superar nosso instinto de pensar “é barato, vou comprar; é caro, vou vender” e procurar outras métricas importantes que tenham influência na confiabilidade da moeda. Por exemplo, o volume em 24 horas, a quantidade em circulação e a popularidade.

A seguir, vou apresentar sete métricas importantes para entender os ativos digitais de seu interesse e explciar cada uma delas em detalhes.

O que é Capitalização de Mercado (Market Cap)?

Tradicionalmente, Capitalização de Mercado, ou Market Cap, é uma métrica usada no mercado de ações para definir quanto uma empresa vale em dólares. Para calcular essa métrica, você precisa multiplicar o número de ações em circulação (ações que estão ativas nas mãos dos acionistas) pelo preço de uma ação sozinha.

No mercado cripto, a capitalização de mercado tem uma função semelhante: refere-se ao valor total de um criptoativo em USD. Mas, em vez de calcular os estoques flutuantes, o cálculo é feito pela multiplicação do preço atual do criptoativo por sua oferta circulante.

Por exemplo, digamos que o preço de um ativo seja de US$ 200 e, em seguida, existam 2 milhões de ativos em circulação atualmente. Portanto, seu valor de mercado é de US$ 400 milhões. Esse número, no entanto, não é instalado, qualquer alteração na oferta de circulação ou no preço unitário afeta diretamente o valor de mercado do ativo. Por exemplo, se o preço cai, o valor de mercado diminui, se a oferta cresce, ela aumenta e assim por diante.

Como calculamos o preço de um criptoativo?

É complicado calcular com precisão o preço da unidade de um criptoativo, porque não há um livro-razão central para isso. Assim, para chegar a um acordo entre todas as partes descentralizadas, calculamos o preço por uma média ponderada por volume dos preços de pares de mercado.

Isso quer dizer que sites como o CoinMarketCap têm um algoritmo que acompanha todas as trades que acontecem no mundo e estabelece um preço médio. A média ponderada por volume, como é o caso, significa que, quanto maior for o percentual de participação de um par de mercado no volume, o peso do preço praticado na média será maior.

Por exemplo, se o volume do par LTC/BTC for igual a 10 milhões por dia e o par ETH/BTC tiver volume de 8 milhões, a prática de preço no trade de LTC por BTC vai pesar mais. Portanto, podemos esperar que o preço do BTC esteja mais próximo do apresentado no par LTC/BTC.

O que significa volume em 24 horas?

A métrica de volume em 24 horas refere-se ao número de tokens em trade nas últimas 24 horas. Para chegar a esse número, precisamos somar todos os trades informados por todas as exchanges. Essa métrica oferece uma visão geral da popularidade do token. É um indicador importante, porque demonstra o tamanho real da moeda. Os ativos digitais que apresentam maior volume tendem a ser menos propensos a oscilações rápidas de preços. Isso não é uma regra, mas os ativos digitais com maior volume geralmente tendem a apresentar valores de preço mais realistas.

O que são criptoativos classificados?

Assim como existe uma classificação das empresas mais valiosas do mundo, temos uma para criptomoedas e tokens. As classificações deste tipo são feitas por iniciativa de empresas privadas. Portanto, os fatores da classificação podem mudar de uma empresa para outra. Mesmo assim, existem elementos em comum entre todos os sites de classificação:

  • Market cap (capitalização de mercado)
  • Volume em 24 horas

O market cap (capitalização de mercado), como sabemos, mostra a avaliação de um ativo digital por parte dos compradores. Já o volume em 24 horas mostra o quanto um ativo digital é utilizado diariamente. Essas métricas combinadas nos dão uma ideia de quanto um ativo digital é confiável e o grau de importância dele para a comunidade.

O que significa quantidade total?

A quantidade total é a soma de todos os tokens emitidos pelo protocolo do criptoativo. Para alguns tokens e moedas, há uma métrica parecida na quantidade total que é a quantidade máxima. Vamos usar o Bitcoin como exemplo.

No momento, a quantidade total de Bitcoin é de cerca de 19 milhões (em março de 2022), enquanto a quantidade máxima é de 21 milhões. Mais tokens vão ser emitidos e incluídos na quantidade total até que a quantidade máxima seja atingida.

O que significa quantidade em circulação?

Nem todos os tokens que existem estão em circulação. Em casos de protocolos que permitem fazer staking, como o Cardano e o Polygon, há certa quantidade de tokens que são bloqueados para ajudar a oferecer segurança e liquidez. Não há trades sendo feitos com esses tokens. Portanto, eles não estão em circulação. Portanto, eles não estão em circulação.

Outros casos incluem tokens bloqueados em uma conta por determinação de uma autoridade legal ou perdidos em contas cuja chave privada o titular extraviou. Esses tokens também não estão ao alcance do público.

A quantidade em circulação é uma métrica alternativa à quantidade total. Isso porque ela ignora os tokens bloqueados em protocolos ou que não estão disponíveis para trade por qualquer outro motivo. Isso, no entanto, é uma aproximação. É difícil dizer o número exato de tokens ou moedas ao alcance do público.

Alguns sites, como o CoinMarketCap, até usam a quantidade em circulação em vez da quantidade total para calcular a capitalização de mercado (market cap) de criptoativos.

O que significa alta histórica (ATH)?

A alta histórica (ou ATH) refere-se ao maior preço que um ativo digital alcançou desde a listagem ou o lançamento. Para o cálculo dela, não consideramos o market cap (capitalização de mercado) do ativo digital, mas o preço de cada unidade.

No entanto, essa métrica em si não é tão importante. O fato de um token atingir uma ATH não significa que isso vai acontecer mais vezes. O número é mais uma métrica de vaidade para mostrar o “potencial de um token”. Mesmo assim, ainda é uma métrica legal de observar.

O que significa valor total bloqueado (TVL)?

Essa métrica é exclusiva para os blockchains, aplicativos ou projetos que permitem fazer staking no protocolo. Ela é usada especialmente nos mercados de yield farming (mineração de liquidez) e DeFi. Os projetos DeFi usam essa métrica para mostrar a usuários e apoiadores o desempenho do protocolo. Portanto, é possível encontrá-la com facilidade nos sites de diversos serviços.

Em poucas palavras, o valor total bloqueado (TVL) representa o número de tokens que os usuários bloquearam no protocolo para prover liquidez ou segurança e receber recompensas em cripto no processo.

Ela é uma métrica importante principalmente por causa de dois fatores:

  • Ela apresenta o apelo por staking que a moeda tem no mercado e entre a comunidade (seja porque querem receber renda passiva, ou porque pretendem operar dentro do ecossistema por meio de governança ou utilidade). Não se esqueça: se os titulares dos tokens não acreditassem no projeto, eles venderiam tudo em vez de usá-los para fazer staking.
  • Quanto maior for o TVL, mais confiável tende a ser o preço do token. Como o valor dos tokens pode variar, o TVL segue a mesma flutuação de preço. Se o preço de um token aumentar, os TVLs também sobem.

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