Ser o maior e mais conhecido pode ser o objetivo de alguns, mas temos casos em que ser a medalha de prata além de não ser má ideia – na verdade, é até mais interessante. Esse é o caso de certos refrigerantes de cola e, também, da criptomoeda Litecoin, assunto deste artigo.
Aqui falaremos sobre o que é Litecoin, qual a história e muitos outros aspectos que importam para essa moeda bem conhecida no mercado cripto.
Vem com a gente!
O que é Litecoin?
Charlie Lee, ex-funcionário do Google, via no Bitcoin uma grande revolução, como muitos veem até hoje. Mas, além dos aspectos positivos, via que melhorias poderiam ser realizadas. Querendo ser uma versão otimizada do Bitcoin, em outubro de 2011, ele lança o Litecoin.
Já no seu nome, o ativo busca passar a mensagem do que pretende ser: Lite vem de Light, que é leve em inglês. Você pode chamar de Litecoin ou mesmo mais diretamente de LTC, que é o ticker, o código utilizado nas transações.
Partindo das mesmas ideias que originaram o Bitcoin (e até o mesmo código), Charlie quis desenvolver uma moeda digital com capacidade de servir transações mais rápidas e de menor valor, quase como se fosse para te oferecer uma alternativa nova ao dinheiro ou a meios de pagamento tão comuns como o cartão de crédito.
Ao longo da história do Litecoin, há três pontos que indicam como sua utilização não só ocorre como é incentivada:
- a criação da Litecoin Foundation, que analisa o andamento da criptomoeda e incentiva seu uso globalmente;
- a aquisição feita por essa fundação de parte de um banco alemão, o WEG, em parceria com a empresa de pagamentos TokenPay, com o objetivo de melhorar as soluções de pagamento e inserir o Litecoin no sistema bancário;
- e, mais recentemente, a união de esforços junto a Atari (sim, a dos videogames clássicos) para ser a moeda digital a ser usada na aquisição de jogos e projetos em comum mais adiante – quem sabe vem um braço interessante do metaverso de jogos por aí.
Em relação à cotação do Litecoin, tal qual diversas criptomoedas, houve um aumento considerável nos últimos anos. Até agora, seus grandes momentos de valorização foram dezembro de 2017, quando chegou a superar a cotação de R$1.000,00, junho de 2019, quando chegou próximo de R$550,00, e maio de 2021, superando R$1.800,00.
Se não necessariamente pela cotação ou valor de capitalização de mercado, pelo menos quando o assunto é o volume transacional, Litecoin está quase sempre entre as dez criptomoedas mais conhecidas. Isso sem falar que, pelo fato de estar circulando desde 2011, é também uma das mais tradicionais moedas digitais.
Como funciona o Litecoin?
Já mencionamos que a tecnologia é análoga a do Bitcoin, vamos agora um pouco mais a fundo no que isso significa em termos práticos.
Utilizando o mesmo código-fonte original, a ideia aqui é a de ampliar a capacidade de transações da seguinte maneira: os blocos de verificação são mais breves e, em função disso, a cada dois minutos e meio uma transação consegue ser realizada.
Em função de uma necessidade menor de processamento (já que os blocos são menores), o custo também é reduzido, no final chegando a um centavo de dólar por transação.
Assim como no caso do Bitcoin, a quantidade disponível de moedas Litecoin tem um limite: 84 milhões. Atualmente, mais de 60 milhões foram mineradas, e a expectativa, levando em consideração a capacidade computacional de ponta atualmente disponível, é que todas as unidades sejam mineradas após o início do próximo século, em 2100.
Uma vez que falamos em mineração, vale apontar aqui: sim, é possível minerar. Usando um algoritmo Scrypt para realizar essa tarefa, em equipamentos conhecidos como ASICs (formatos por circuitos integrados específicos para essa missão) e de maneira sequencial, há uma possibilidade maior de que as pessoas participem do processo sem esgotá-lo.
O grande problema é a quantidade de energia demandada, que faz com que não seja compensador fazer essa mineração no Brasil.
Outro ponto relevante de ser apontado sobre o que é Litecoin é a tecnologia Atomic Swaps, que permite a troca direta entre duas redes de blockchain diferentes, o que possibilita trocas de moedas sem que necessariamente exista uma transação envolvida.
Para traduzir qual a vantagem dessa tecnologia, a Atomic Swaps, vamos a um exemplo bem direto: imagine que, em uma feira, existam vendedores de bananas e de maçãs e que, em um sistema tradicional, eles só possam trocar frutas do mesmo tipo (bananas por bananas e maçãs por maçãs).
Com essa tecnologia, passa a ser possível trocar bananas por maçãs e vice-versa de maneira direta (o que é mais barato e prático do que trocar em uma moeda em comum para as duas, o real por exemplo).
Quais são as diferenças entre Litecoin e Bitcoin?
Praticamente em todo artigo sobre criptomoedas, além de ver mais sobre o que é a moeda digital e suas características, vemos informações sobre as diferenças dela com o Bitcoin. Como, nesse caso em específico, temos uma criptomoeda que busca efetivamente otimizar a moeda digital originária, ficaria impossível não colocar aqui então tal comparação.
Então vamos a essas diferenças:
- Velocidade das transações: em Litecoin, os blocos são menores e a velocidade é maior, sendo possível efetuar uma transação dois minutos e meio, diferentemente do Bitcoin, que leva dez minutos para fazer a mesma coisa;
- Número de unidades possíveis de serem mineradas: são 21 milhões em Bitcoin e 84 milhões em Litecoin;
- Taxas nas transações: feita para ser um meio fácil para transações rápidas e de menor valor, Litecoin apresenta um custo por transação de cerca de um centavo de dólar, o que é consideravelmente inferior ao mesmo custo por transação com Bitcoin;
- Utilização final: embora o Bitcoin também possa ser utilizado para aquisição de bens e serviços, sua cotação elevada (na casa das dezenas de milhares de dólares) e as elevadas taxas de transação fazem com que, na comparação entre ele e o Litecoin, tenhamos o Bitcoin como uma espécie de reserva de valor, enquanto Litecoin serviria para as transações em si.
Quais as vantagens e desvantagens do Litecoin?
Pensar no Bitcoin é pensar em uma revolução que a cada dia faz mais parte da vida das pessoas, seja pelos avanços e novidades tecnológicas trazidas ou pela presença da moeda digital em si.
Quando você ouve dizer que Litecoin é uma otimização de Bitcoin, logo deve ter pensado que vantagens não faltam, certo? Vamos a elas:
- Utilizando o mesmo código fonte e a mesma base via blockchain, a segurança é um ponto que chama a atenção em Litecoin;
- Levando em conta os blocos menores de processamento, a velocidade das transações é maior e isso facilita no dia a dia;
- Ainda quando pensamos nessa necessidade menor de capacidade de processamento (com blocos menores), isso se traduz em custos de transações também mais baixos (o que também facilita as transações cotidianas);
- Interoperabilidade: essa palavra complicada é a lembrança de que, por utilizar a tecnologia que citamos anteriormente de nome Atomic Swaps, as trocas de moedas podem acontecer diretamente (o que torna esse processo ainda menos custoso e facilita o trade de Litecoin com outras criptomoedas).
Mas, como tudo na vida, nem sempre teremos apenas as vantagens. Agora vamos aos pontos negativos, as desvantagens de Litecoin:
- Como é muito parecido com Bitcoin, a alta variação de preços também se faz presente aqui (e essa volatilidade pode assustar e até dificultar o uso, já que os preços poderão estar muito diferentes entre poucos segundos);
- Apesar da segurança, há um risco de ataques não desprezível: a cada quatro anos, há uma redução programada de novas unidades de Litecoin disponíveis a cada bloco e, com a mais recente, houve uma queda da capacidade computacional da moeda, o que levou a uma ociosidade que pode servir de janela para que um grupo pequeno de mineradores tome o controle de produção de blocos novos;
- Apesar da tecnologia parecida, preocupa também o baixo número de programadores envolvidos nos rumos do Litecoin. Mesmo sendo um token também descentralizado, com influências fortes de Charlie Lee e da Litecoin Foundation, essa dependência de poucos programadores pode ser mais danosa do que se a descentralização fosse tamanha que a rede “andasse sozinha”.
Qual deve ser o futuro do Litecoin?
A popular e tradicional moeda digital Litecoin está por aqui desde o final de 2011 e pretende ser um meio mais prático de fazer transações, quase como se buscasse ser diretamente um substituto do dinheiro, só que por meio digital.
Tal qual você consegue com Bitcoin, há uma infinidade de bens e serviços que você pode adquirir e, no caso do Litecoin, há a vantagem de que os custos menores e a velocidade das transações permitem juntos um uso no dia a dia, bastando ter perto de você estabelecimentos que aceitem a moeda digital como pagamento.
Um ponto que sempre chama a atenção é a quantidade limite de moedas disponíveis. Essa diferença com as moedas fiduciárias (reais, dólares, euros etc) é quase sempre apontada como fator de atração, porque as moedas digitais que possuírem essa característica ficam mais seguras a momentos de grandes chacoalhões na economia mundial, em que vemos inflação.
Como toda criptomoeda, vale também sempre o lembrete de que a utilização é o que vai definir os rumos futuros no fim das contas: não adianta nada ter um projeto promissor com tecnologia de ponta e não ser utilizado.
No caso do Litecoin, o que parece é que a utilização deve aumentar cada vez mais no futuro por todas as vantagens apresentadas aqui, apesar dos riscos que também pontuamos.
E, claro, sempre vale o lembrete: com a Bitso, você pode comprar essa criptomoeda!
Como comprar Litecoin na Bitso?
Dentro da Bitso, a transação para comprar Litecoin pode ser feita com Bitcoin. Veja como comprar Litecoin na Bitso:
- Mande reais para sua conta na Bitso;
- Com saldo na carteira, você pode comprar Litecoin direto pelo app ou usar o Alpha para, antes, comprar BTC;
- Tendo BTC, busque o par BTC/LTC e faça a conversão!
A partir destes passos, você passará a ter em sua carteira a pratinha da casa! Mas jamais se esqueça de avaliar se essa criptomoeda faz sentido na sua carteira e se está aderente ao seu perfil de risco, beleza?