As criptomoedas tiveram uma evolução de seus preços no mínimo empolgante nos últimos anos. Com o maior interesse e facilidade na compra dos ativos, a oscilação de preços sempre foi um fator que chamou a atenção no mercado.
Se muita gente ressalta as altas, é importante lembrar dos períodos de baixa, que não foram poucos e, por vezes, duraram um período longo.
Esse é o comportamento natural do mercado de moedas digitais (sejam altcoins, memecoins e até Bitcoin), mas há uma categoria de moedas digitais que não apresenta oscilações de preço, por serem lastreadas em ativos reais, como o dólar, o euro e o ouro, entre outros.
São as stablecoins, que começaram a circular em meados de 2014, cinco anos depois do surgimento da Bitcoin.
Nesse texto, você vai entender o que é Tether USD, para que serve, qual é o preço atual e todos os detalhes da primeira stablecoin distribuída no mundo cripto e que, hoje, ocupa posição de destaque.
Vamos lá!
O que é Tether USD?
A Tether é uma stablecoin lastreada no dólar americano (USD). Funciona assim: para cada unidade de USDT emitida, uma unidade de dólar é guardada em uma reserva física gerenciada pelo emissor da criptomoeda. Isso significa que 1 USDT é igual a 1 USD. Atualmente, a Tether é uma das moedas estáveis mais difundidas no mercado cripto.
É parecido com o modelo do padrão-ouro, que perdurou na Europa até meados de 1970. Porém, no lugar do ouro, o “banco” guarda dólares como lastro. Isso dá mais confiabilidade ao mercado, que passa a contar com um ativo real fornecendo o lastro para uma moeda digital.
O fato de ser uma stablecoin 1:1 permite a previsibilidade da cotação no dia seguinte ou mesmo em prazos mais longos.
É difícil observar uma valorização ou desvalorização da moeda americana em períodos curtos de tempo, por isso, a Tether USD é muitas vezes a criptomoeda escolhida para comprar ou vender Bitcoin, altcoins ou outros tipos de moedas digitais.
Então, resumindo: 1 Tether (USDT) = 1 US$ em 99% das vezes. Em momentos de alta demanda ou oferta da stablecoin, podem acontecer oscilações no pareamento dos valores.
Um exemplo é a cotação mostrar 1,01, 0,99 ou, ainda, em momentos extremos, até 5% de oscilação para cima ou para baixo.
Depois da poeira baixar, as reservas de lastro físico são ajustadas (o emissor vende ou compra dólares) e, rapidamente, o preço caminha para a paridade 1:1. Saiba mais no vídeo abaixo:
Qual é a diferença entre USD e USDT?
USD é a sigla para United States Dollar, que é a moeda oficial dos Estados Unidos. Já a USDT criptomoeda é a sigla para Tether USD, a stablecoin da empresa Tether, cujo valor é pareado ao da moeda norte-americana, na razão de 1 para 1.
Qual a rede do USDT Tether?
Os tokens USDT podem ser emitidos em várias blockchains com recursos variados, dependendo do protocolo de transporte usado.
Alguns exemplos de redes que operam a stablecoin são: Avalanche, Ethereum, Polygon, Solana, Standard Ledger Protocol do Bitcoin Cash, Statemine, Statemint, Tezos e Tron, entre outras.
Como comprar Tether USD?
A forma mais fácil de comprar Tether USD é por meio de uma corretora de criptomoedas, como a Bitso. Ao depositar reais na sua carteira, é possível comprar USDT fazendo a conversão do valor na stablecoin. A partir daí, você armazena os ativos como uma reserva em dólares.
A diferença é que, em vez de ficar com as notas físicas, você tem um token que é lastreado em cédulas guardadas em um banco.
Outra possibilidade é trocar essa stablecoin por outras criptomoedas, devido à grande possibilidade de taxas de câmbio entre moedas que a Tether faz parte.
Mais uma forma de comprar a criptomoeda USDT é por meio da operação Peer to Peer (P2P), na qual a transação é feita diretamente entre duas partes, sem ser intermediada por uma corretora.
Esse tipo de operação deve ser feita com cautela, pois, sem a figura de uma contraparte, o fator confiança é determinante para que uma facilidade não vire um pesadelo. Então, de olho nisso, combinado?
Quais as vantagens e desvantagens de ter USDT na carteira?
Em um mundo cada vez mais globalizado, é um grande erro apostar todas as fichas em ativos de uma mesma moeda fiduciária, não é mesmo?
Crises econômicas e caos no cenário político são pontos que têm o poder destrutivo de derreter o valor de uma moeda.
Na prática, isso significa que podemos ficar mais pobres em comparação com o resto do mundo. Qualquer semelhança com o Brasil é mera coincidência.
Por esse motivo, muita gente diversifica seus ativos em mais de um país, justamente para não ficar exposto a oscilações de uma moeda fiduciária.
O dólar é uma moeda considerada segura, valorizada e que tem como lastro a própria economia americana, que corresponde a aproximadamente 25% de toda a produção mundial.
Antigamente, para ter dólares, era preciso comprar a moeda americana em casas de câmbio, verificar se as cédulas eram verdadeiras, transportar o dinheiro e trancar a sete chaves (ou colocar debaixo do colchão).
Muita gente ainda acumulava dólares para uma viagem de lazer e para um sonho de estudar fora, entre outros objetivos.
Hoje, com as stablecoins lastreadas em dólar, todo esse trabalho de ir até um local físico, conferir a veracidade, transportar e guardar pode ser facilmente substituído pela compra simples e descomplicada de USDT, seja para as mais variadas necessidades.
Como nem tudo são flores, é importante citar uma controvérsia envolvendo essa stablecoin, que se arrasta há alguns anos.
Como existe um lastro físico para a criptomoeda, é preciso que, de tempos em tempos, o emissor da Tether prove que de fato possui essas reservas em moeda fiduciária para fazer frente às novas emissões.
Em um dos poucos relatórios divulgados pela Tether Ltd. — a companhia responsável por manter as reservas de moeda fiduciária para o lastro —, o que foi visto é que não há 100% de lastro em cédulas de dólar.
Mais da metade está em reserva na forma de notas promissórias e certificados de depósito, que não possuem a mesma liquidez (facilidade para transformar o ativo em dinheiro) da moeda em si.
O que esperar da stablecoin?
Para além dessa desconfiança com o funcionamento operacional da USDT, os números mostram como essa stablecoin caiu no gosto dos apaixonados por criptos.
Só para se ter uma ideia da enorme utilização da USDT, o volume diário transacionado (a soma de compras e vendas) é o dobro do observado em Bitcoin e quatro vezes maior do que se observa em Ether.
A capitalização de mercado também chama a atenção. Se multiplicarmos o número de unidades emitidas pelo seu preço (que tem a paridade 1:1 com o dólar), chegamos a mais de US$ 83 bilhões.
Esse montante é semelhante ao valor de mercado de empresas como Ford (automobilística) e Zoom (conferência remota), o que coloca a Tether entre as cinco maiores criptomoedas do mundo.
Pelo fato de seu valor ser estável no tempo, a stablecoin é muito usada por quem busca trocar por outras criptomoedas ou mesmo em uma estratégia de diversificação em dólar, para depender menos das oscilações do real.
E, como mostra a evolução dos indicadores relacionados ao USDT, a disseminação na utilização dessa stablecoin é significativa e crescente.
Vale sempre lembrar que, além do que descobriu aqui nesse artigo sobre o que é Tether, você pode verificar na prática, comprando e vendendo com a gente, aqui na Bitso!
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