Ciclos de mercado são movimentações econômicas que ocorrem de acordo com a atuação de players institucionais. Como impacto, essas movimentações geram altas e baixas nos ativos da bolsa de valores, e, por isso, devem ser observadas de perto por investidores que querem usar as oscilações a seu favor.
A boa notícia é que, para quem compreende o conceito, os ciclos de mercado são relativamente previsíveis. Por isso mesmo, são usados como fontes para identificar oportunidades de compra e venda de ativos.
Se você ainda não conhece os ciclos de mercado, não se preocupe. Falaremos sobre eles ao longo deste artigo, mostrando exatamente como eles impactam na sua carteira de investimentos.
O que são ciclos de mercado?
Ciclos de mercado são períodos do setor financeiro nos quais determinados produtos se destacam sobre outros. Isso ocorre devido a movimentações de grandes empresas e instituições do mercado, e que influenciam não somente a economia, os mercados e as empresas, mas o comportamento do consumidor e, claro, do investidor.
Que tal ilustramos o conceito com um exemplo real?
Recentemente, analistas financeiros detectaram sinais do início de um ciclo positivo para o mercado de publicidade. Isso aconteceu a partir da movimentação de cortes de grandes empresas (como a Meta, que detém o Facebook e o Instagram), o que, na visão dos especialistas, pode indicar uma boa posição para aproveitar oportunidades de crescimento.
Diante desse movimento, é possível que as ações de empresas do segmento, que recentemente viveram um período de baixa, entrem em um fluxo de crescimento.
Por que o mercado lateraliza?
A lateralização do mercado pode ser definida como um momento de “pausa” no ciclo. Isso significa que não há tendência de alta ou de baixa, e sim uma movimentação “horizontal”.
Na prática, um mercado costuma ficar lateralizado após fortes altas ou baixas, e representa uma boa oportunidade para investidores que negociam no curto prazo.
Ciclos de mercado: quais são?
Para te ajudar a entender melhor os movimentos dos ciclos de mercado, vamos definir suas principais fases tomando como base o mercado de Bitcoin. São 4: acumulação, alta, distribuição, baixa.
1- Acumulação
O primeiro movimento do ciclo ocorre logo após um período de forte queda do ativo. Como dissemos acima, a acumulação configura um tipo de lateralidade do mercado, uma vez que ainda não representa uma forte tendência de crescimento ou queda.
Por conta disso, é um momento usado por investidores que buscam mais rentabilidade em seus investimentos, e, portanto, aproveitam o período para comprar (ou, como o nome da fase diz, acumular) ativos por um preço menor.
2- Alta
Neste momento, o mercado está otimista. Há, inclusive, uma sensação de euforia, uma vez que é uma fase positiva para os preços dos ativos.
Do ponto de vista do investidor, entretanto, é importante ter atenção, uma vez que é a etapa anterior à da distribuição, e, portanto, pode impulsionar a perda de intensidade da força compradora.
3- Distribuição
Quando o ciclo de mercado de criptomoedas entra no momento da distribuição, os investidores que fizeram aportes na fase de acumulação tendem a realizar seus lucros.
A movimentação consolida a redução do volume de compras (porque, em geral, a fase anterior pode levar o ativo a um preço “impraticável”) e sinaliza a entrada da fase final do ciclo.
4- Baixa
Na etapa final dos ciclos de mercado, a força vendedora tende a se consolidar. Isso significa que os investidores começam a se desfazer de seus ativos.
É curioso mencionar que, em grande parte dos casos, a decisão ocorre por pressão emocional ou devido à sensação de que o mercado não vale mais a pena, e, portanto, as vendas são realizadas por preços mais baixos.
Ao mesmo tempo em que parte dos investidores se desfaz de seus ativos, outra parte, que busca oportunidades, aproveita para adquiri-los. E esse fluxo leva ao reinício do ciclo, com uma nova fase de acumulação.
Quais são os ciclos da economia
De maneira semelhante ao mercado financeiro, a economia também funciona de forma cíclica. Impulsionada por movimentos de empresas, governos e países com os quais se relaciona, a economia funciona em uma lógica composta por 4 fases: expansão, boom, contração e recessão.
1- Expansão: a fase de expansão marca a recuperação de uma economia após um período de recessão. Este é o momento em que as taxas de juros estão baixas e programas do governo são desenvolvidos para estimular a retomada do consumo;
2- Boom: o resultado do crescimento iniciado na fase de expansão é o chamado boom econômico. Neste momento, há um auge da movimentação da economia do país, com alta na produção de insumos, produtos e serviços, bem como do índice de consumo;
3- Contração: a tendência é que, após o boom, haja uma contração da produção econômica e, por consequência, o crescimento das taxas de desemprego, que leva à queda do consumo.
4- Recessão: o declínio econômico conhecido como recessão ocorre quando a taxa de desemprego está alta, os juros se elevam, o poder de consumo cai e as empresas precisam desenvolver formas de estimular a economia. Quando as medidas desenvolvidas surtem efeito, o ciclo recomeça.
Como dominar os ciclos do mercado?
A melhor forma de dominar os ciclos de mercado é conhecê-los. Por isso, é fundamental estudar movimentos anteriores e identificar padrões, tendências e comportamentos reincidentes.
A partir daí, é possível se preparar para novos ciclos, antecipando potenciais baixas e desenvolvendo estratégias para manter seus ganhos e aproveitar oportunidades.
Quer aprender a identificar oportunidades de compra e venda no segmento de ativos digitais? Então leia nosso artigo sobre como analisar tendências de mercado financeiro e de criptomoedas.