Livro “A psicologia financeira”: por que adotar as lições dessa obra?

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O livro “A psicologia financeira — Lições atemporais sobre fortuna, ganância e felicidade” parte da premissa de que o sucesso financeiro de uma pessoa tem mais a ver com seu comportamento do que com sua inteligência.

Para comprovar esse ponto de vista aos leitores, o autor Morgan Housel — que é empresário, escritor e vencedor de dois Best Business Award da Society of American Business Editors and Writers and Financial Journalism — traz diversas histórias de sucesso e de fracasso que ilustram a relação das pessoas com o dinheiro. 

Tido como o livro de educação financeira mais comentado dos últimos tempos, a obra já atingiu a marca de mais de 1 milhão de vendas em todo o mundo, segundo a Amazon.

Mas, afinal, como e por que as lições e conceitos retirados do livro “A psicologia financeira” podem ajudar você a ter bons resultados com o dinheiro?

Siga a leitura deste artigo e confira, agora, alguns dos pontos mais relevantes e como eles podem contribuir para melhorar sua vida financeira.

Qual o contexto do livro “A psicologia financeira”?

O autor desse livro acredita que o sucesso financeiro está diretamente relacionado ao comportamento da pessoa, muito mais do que ao seu nível de inteligência.

Seguindo essa linha de pensamento, ele defende a ideia de que ensinar comportamentos certos a alguém é uma tarefa um tanto difícil, seja em decorrência de hábitos antigos adotados ao longo da vida, seja por conta de outras questões similares.

Para Housel, até mesmo um gênio, se não controlar as emoções, pode se tornar um total fracasso financeiro. Partindo desse princípio, o oposto também é verdade. 

Ou seja, há uma grande chance de pessoas comuns — incluindo as que não têm qualquer tipo de educação financeira —, conseguirem construir patrimônios consideráveis apenas com base em algumas habilidades comportamentais, as quais não precisam nem ter relação com capacidade de inteligência.

Essas habilidades, para ele, são comportamentais. Isso se traduz na maneira como a pessoa se porta frente a uma situação. Esse tipo de capacidade foi nomeado de “psicologia financeira”, e supera a necessidade de conhecimento técnico sobre os capitais.

Comportamentos X inteligência

O livro também chama a atenção para o fato que, de nada adianta você saber qual percentual guardar do seu salário para fazer uma reserva de emergência, se não souber quando usá-la ou o que fazer com ela.  

Desse modo, ele destaca que saber como calcular seus gastos e despesas, por exemplo, é importante. Mas tão importante quanto isso é a relação e o comportamento que você tem frente ao seu dinheiro.

Outro ponto bastante interessante trazido pelo autor é que, geralmente, as melhores decisões monetárias são tomadas em situações comuns do dia a dia das pessoas, tais como durante um jantar em família, ou em um encontro com os colegas de trabalho.

Além disso, elas refletem a jornada e a história de vida de cada um, o momento que a pessoa está vivendo e as dificuldades que está enfrentando, sejam elas relacionadas a dinheiro ou não. Por isso, raramente, esses insights que modificam positivamente a saúde financeira de alguém surgem em frente a planilhas de controle financeiro pessoal.

Dica! Não deixe de ler também: “Os 4 pilares da educação financeira e os motivos pelos quais você deve aprender sobre eles

As 3 principais lições do livro “A psicologia financeira”

Considerando tudo o que foi dito até agora, algumas das lições desse livro, que podem ajudar a melhorar a relação que tem como seu dinheiro, são:

  • nem todas as histórias de sucesso podem ser replicadas;
  • o limiar de suficiente é diferente para cada um;
  • todo sucesso tem um preço a ser pago.

Nem todas as histórias de sucesso podem ser replicadas

A receita usada por alguém para alcançar o sucesso financeiro pode não ser a que dará certo para você. 

Sobre isso, é fundamental não esquecer que as pessoas têm histórias de vida e oportunidades diferentes, e o que fazem com isso tem relação direta com a maneira como vivem, no que acreditam, seus limites, crenças, e o que pretendem para seus futuros.

O limiar de suficiente é diferente para cada um

Uma quantidade de dinheiro que, para você, é considerada alta e suficiente para viver bem, pode não ser o mesmo para o outro, e vice-versa. Novamente, isso chama a atenção para o fato de que as pessoas têm percepções e objetivos distintos para um mesmo assunto.

Por exemplo, sua meta pode ser juntar um bom valor para se aposentar antes dos 60 anos. Isso é sinônimo de sucesso financeiro para você. Já para um amigo próximo, pode ser levantar R$ 1 milhão em três anos e duplicar essa quantia anualmente até o final da vida. 

Todo sucesso tem um preço a ser pago

Housel ressalta que nada é de graça. Assim, para alcançar o sucesso financeiro, pode ser que você tenha que fazer alguns sacrifícios até atingir sua meta. Trazendo isso para sua realidade, você pode entender como fazer mais horas extras, se privar de comer fora todo final de semana, entre outros comportamentos relacionados.

Outras percepções da obra de Morgan Housel

Somadas às principais lições, outras percepções importantes que podem ser extraídas do livro “A psicologia financeira” são:

  • nem tudo é tão bom, nem tão ruim, quanto aparenta;
  • mesmo pessoas consideradas ricas estão passíveis de cometer erros em suas gestões financeiras pessoais;
  • bons investimentos estão mais relacionados à consistência com foco em não errar, do que em uma ou outra decisão certa;
  • ainda que cometa erros na sua jornada financeira, é possível alcançar bons resultados;
  • aprender a controlar o tempo também é uma boa forma de ganhar dinheiro;
  • gastar dinheiro apenas para mostrar às pessoas que você o tem, só fará com que fique sem ele mais rápido;
  • busque ser mais razoável do que friamente racional;
  • use sua história de vida para embasar o futuro que pretende alcançar;
  • seja flexível, pois imprevistos acontecem;
  • considere que seus próprios objetivos em longo prazo podem mudar com o passar do tempo;
  • equilibre otimismo e pessimismo.

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