Os protocolos para validar operações dentro das blockchains estão cada vez mais otimizados e eficientes. Prova disso é o Avalanche de consenso, o protocolo da rede Avalanche, que tem um método especial, que o diferencia positivamente dos que já existem.
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Para entender como funciona o mecanismo do protocolo que faz a validação das transações da rede, primeiro, vamos explicar sobre a blockchain e entender sua finalidade.
Em seguida, destacamos as vantagens do Avalanche de consenso para o validadores da rede e alguns exemplos de projetos que utilizam o protocolo.
Continue lendo e confira!
O que é a Avalanche?
A Avalanche é uma rede blockchain, criada pela Ava Labs, sediada em Nova Iorque, em setembro de 2020. O projeto foi custeado pela arrecadação de quase US$ 300 milhões em fundos conduzida pela empresa, além do valor obtido pela Avalanche Foundation com a venda de tokens. O token nativo da plataforma é o AVAX.
A proposta da blockchain é resolver os problemas mais comuns das redes existentes, como Bitcoin e Ethereum, que são: escalabilidade, interoperabilidade e usabilidade.
Como toda solução em um ambiente digital, existem prós e contras em todas as redes descentralizadas e é natural que, com a modernização das ferramentas e descobertas de novas possibilidades, os mecanismos das operações evoluam e se modernizem.
Como a Avalanche funciona?
Na Avalanche, existem três camadas independentes, mas conectadas, formando a plataforma principal. Confira quais são elas!
- Exchange Chain (X-Chain): utilizada para criação e negociação dos tokens nativos AVAX e outros ativos virtuais. As recompensas são pagas em AVAX via protocolo Avalanche de consenso (Avalanche Consensus).
- Contract Chain (C-Chain): utilizada para a criação de smart contracts (contratos inteligentes) para aplicativos descentralizados (DApps). Essa camada usa Ethereum Virtual Machine (EVM), o que a torna compatível com aplicações nesse padrão. O protocolo de consenso utilizado é o Snowman.
- Platform Chain (P-Chain): utilizada para coordenar os validadores da rede. Rastreia as Subnets em operação e também cria novas. O protocolo usado também é o Snowman.
O fato da rede ser dividida em camadas – e cada uma ter sua função – aumenta a velocidade de processamento e a escalabilidade. Os resultados da Avalanche comprovam sua eficiência.
A rede consegue processar 15 milhões de transações por hora com intervalo de confirmação na camada principal de impressionantes 3 segundos.
Outro diferencial é que, mesmo tendo um hardware de baixo custo (isso significa menos poder de processamento), um usuário consegue atuar como um validador da rede.
Mas como isso é possível, não é mesmo? Vamos explicar e não é magia, é 100% tecnologia moderna em ação.
O que é Avalanche de consenso?
O Avalanche de consenso, ou Avalanche Consensus, é um dos protocolos de consenso utilizado dentro da camada X-Chain para validar e registar as transações. O mecanismo de controle que o protocolo usa para chegar ao consenso e garantir a segurança da rede é o Proof of Stake (PoS), em português, Prova de Participação.
No PoS clássico, existe um líder que inicia o processo e acompanha as respostas das comunicações com os diversos nós envolvidos na validação. O objetivo é garantir que todos cheguem à mesma decisão. Após o nó receber a quantidade de confirmações necessárias, a operação é registrada no sistema.
Já no Avalanche Consensus, essa “liderança” não existe. O sistema utiliza um esquema de grafo acíclico dirigido (DAG), ou seja, a sequência não tem um ciclo padrão, sendo totalmente aleatória a seleção de nós para validar a operação.
Dessa forma, quando um nó quer validar uma transação na Avalanche, a rede seleciona uma amostra aleatória de outros validadores para determinar se a transação será válida. Essa seleção se repete até que se confirme estatisticamente a autenticidade e não haja possibilidade de que seja falsa.
Todo processo acontece muito rápido. A transação é validada em até três segundos, mas a maioria acontece em 1 segundo. Aliás, a rede da Avalanche é capaz de processar milhões de transações simultaneamente.
Dessa forma, cada nó na rede AVAX executa seu processo de consenso contando com a participação aleatória de outros nós randômicos que o sistema permite contatar quando necessário. Essa autonomia torna a blockchain mais atrativa para desenvolvedores.
E, ao contrário das redes clássicas, os requisitos de hardware para operar esse protocolo são menores, o que contribui para que mais pessoas participem e tenham bom desempenho, além de utilizar menos recursos e, portanto, ser mais sustentável.
Quais as vantagens do Avalanche de consenso?
As principais vantagens do protocolo Avalanche Consensus são:
Descentralização
A descentralização propiciada pelo protocolo de consenso da Avalanche é fundamental para que as blockchains sejam ambientes seguros de operar. O fato de os usuários terem autonomia na execução do processo, mesmo mediada pelo sistema, torna o sistema rápido e escalável.
Isso é uma vantagem para as soluções como DApps e jogos criados na rede, pois as ações podem ser concluídas mais rapidamente.
Segurança
Outra vantagem é a segurança. Isso porque, no Avalanche Consensus, o caminho do grafo acíclico dirigido (DAG) entrelaça cada transação que confirma a operação.
Isso dificulta que as decisões realizadas sejam desfeitas. Para isso acontecer, seria necessário ter a aprovação de todos os nós corretos anteriores.
Interoperabilidade
Todo desenvolvedor busca um sistema eficiente onde consiga rodar suas soluções com o melhor desempenho. A interoperabilidade da estrutura da Avalanche, aliada ao funcionamento diferenciado do protocolo de consenso, possibilita a criação de Subnets (sub-redes) que são 100% personalizadas.
Como fazem parte do ecossistema Avalanche, as Subnets usufruem as mesmas vantagens de velocidade, segurança e compatibilidade da rede primária.
3 exemplos de uso do Avalanche de consenso
As vantagens de um ambiente que opera com um protocolo como Avalanche Consensus não passam despercebidas pelos desenvolvedores da web. Alguns exemplos de projetos no ar são:
- Crabada Swimmer Network: é uma das Subnets já ativa na rede Avalanche. Trata-se de uma plataforma de jogos que propõe uma experiência de usuário rápida, além de permitir mais saques;
- Defi Kingdom Crystalvale (DFK): é um dos principais projetos GameFi da Web3 e tem sua própria Subnet no Avalanche. O usuário pode jogar, minerar, executar tarefas e mais;
- Trader Joe: app de finanças DeFi que permite troca de ativos, empréstimo, venda de tokens e recursos para fazer staking.
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