O que são moedas deflacionárias? Entenda o conceito no mundo cripto

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Se você acompanha o noticiário, já ouviu falar em inflação e o quanto ela influencia a economia do país, reduzindo o valor do dinheiro e aumentando os preços. Porém, o conceito de deflação – e de moedas deflacionárias – é um assunto menos conhecido.

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Neste artigo, vamos explicar o que é moeda deflacionária e usar o exemplo do Bitcoin para explicar as vantagens dessa característica para as criptomoedas.

Continue a leitura e entenda!

O que é uma moeda deflacionária?

Moeda deflacionária é o tipo de moeda cujo valor aumenta à medida que sua oferta no mercado diminui. Isso leva os detentores a “reter” esse ativo em vez de gastá-lo ou investi-lo em algum bem, pois haverá retorno de valor com a venda no futuro.

As criptomoedas como o Bitcoin, por exemplo, têm um limite para a quantidade de moeda que pode ser minerada. No caso do BTC, são 21 milhões de unidades. Quando esse limite for alcançado, o que vai predominar é a lei da oferta e da procura. 

Por isso, muitas pessoas do mercado de criptoativos a consideram uma moeda deflacionária e que não perderá valor (inflacionar). 

Atualmente, mesmo com variações na cotação, a escassez do BTC mantém a moeda em um patamar de confiança e segurança atrativa para os compradores e mineradores do ativo.

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Sistema fiduciário

As moedas fiat, como o real, têm sua oferta regulada pelo Banco Central que se utiliza de manobras para obter equilíbrio econômico, muitas vezes, imprimindo papel moeda sem lastro, o que diminui o poder de compra com a ampliação da oferta e joga o preço de mercadorias e serviços no alto.

No Brasil, o índice de inflação é o mais falado, justamente porque é uma característica da nossa economia que busca chegar em um meio termo. Porém, o consumidor é o mais impactado por essas medidas. Afinal, sua capacidade de manter as despesas diminui junto com o valor do dinheiro.

No sistema de criptomoedas, esse controle centralizado não existe. Ou seja, não há um banco central das moedas digitais para regular a sua emissão. O mercado é 100% descentralizado e cada ativo cria os seus critérios para manter sua valorização.

Vamos entender melhor essa dinâmica no próximo tópico.

Qual a vantagem do Bitcoin ser deflacionário?

Afinal, existe demanda por moeda deflacionária? No universo das criptomoedas, podemos dizer que, sim, tanto que o Bitcoin (BTC) está aí para comprovar que pouca oferta gera demanda e, consequentemente, valor para o ativo.

Novas unidades de BTC entram em circulação por meio da mineração, que é um trabalho complexo de validação feito por pessoas para que as transações sejam confirmadas. A recompensa por essa atividade remunera os mineradores em BTC.

Essa tarefa vai existir até que 21 milhões de unidades de Bitcoin estejam em circulação no mercado cripto. Diferentemente do mercado fiduciário, a moeda não precisa de lastro para ser emitida.

Dessa forma, a característica deflacionária do Bitcoin aumenta o poder de compra da criptomoeda, comparado às moedas fiat, como o dólar e o real e até mesmo outras criptos.

A dinâmica é que sempre será preciso ter mais de outro ativo para comprar BTC e não o contrário. 

Leia também: Como é formado o preço do Bitcoin? O que leva à sua valorização ou não?

Uso do BTC em economias inflacionárias

Quando uma moeda perde poder de compra, a população sente os efeitos no consumo e pagamento de serviços. 

O Bitcoin e as criptomoedas em geral têm sido inseridas em economias inflacionárias para devolver esse “poder” para os consumidores.

Na América Latina, em países como Argentina e Venezuela, as criptomoedas são aceitas no pagamento para driblar o baixo valor das moedas locais. Então, receber em BTC dá a chance das pessoas terem ativos valorizados em mãos.

Criptomoedas como reserva de valor

Um cuidado importante quando se trata de criptoativos é não tratá-los como investimento, afinal, o mercado é altamente volátil, o que significa que há chances de perder dinheiro com as mudanças que acontecem de um minuto para outro.

Nem o Bitcoin está imune a essa oscilação, porém, junto com altcoins consolidadas, como a Ethereum, as quedas não o desvalorizam e nem fazem com que haja desconfiança na segurança dos ativos.

Então, em um cenário de inflação alta, uma estratégia usada por investidores para assegurar seu patrimônio é diversificar a carteira, incluindo moedas digitais promissoras do mercado.

Assim como no mercado de ações, a cautela é essencial, pois a maioria das criptomoedas acessíveis não tem o mesmo valor do Bitcoin ou mantém a tendência de valorização por causa da deflação.

Em geral, qualquer detalhe sobre o projeto, como um erro, uma invasão no seu banco de dados ou uma atitude ou fala equivocada do criador, pode despencar o valor do ativo e ele não se recuperar.

O planejamento financeiro é essencial para manter a organização dos investimentos e o controle do capital que está em criptomoeda.

Além disso, é importante investir em conhecimento sobre o universo das moedas digitais. Isso porque você pode descobrir que, para comprar 1 BTC, é necessário mais de R$ 145 mil (confira a cotação atualizada na Bitso). Porém, não fique decepcionado, pois é possível comprar frações de Bitcoin (Satoshis). 

Leia também: Aprenda a aplicar em Bitcoin com 7 dicas simples, mas eficientes!

Armazene suas moedas com segurança

As moedas deflacionárias existem em abundância no mercado, mas tão bem sucedidas quanto a moeda criada por Satoshi Nakamoto talvez não. Aliás, a Ether (ETH) é uma opção, a Avalanche (AVAX), a Aave Token (AAVE), a ApeCoin (APE), entre outras.

Conhecer esses projetos ajuda a identificar oportunidades e criar sua reserva de valor com criptos promissoras. Assim, você pode evoluir conforme adquire conhecimento (sem esquecer de ponderar os riscos, ok?)

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