Como é formado o preço do Bitcoin? O que leva à sua valorização ou não?

Montanha russa mostrando o preço do Bitcoin

Habituadas ao conceito de valorização de moedas fiduciárias como o real e o dólar, muitas pessoas têm dúvidas sobre como é formado o preço do Bitcoin. Esse questionamento é bastante pertinente, relevante e importante, afinal, ninguém quer ter na carteira uma cripto que não valerá nada no futuro, não é mesmo?

O preço do Bitcoin (BTC) é formado, principalmente, pela chamada lei de oferta e demanda. Isso quer dizer que quanto mais pessoas se interessam e compram essa moeda digital, mais a sua cotação tende a subir.

Em cenários como esse, quem tem a intenção de fazer negociações constantes com o BTC consegue a chance de obter algum lucro se aproveitar o momento de alta. Por exemplo, imagine que ontem você comprou o equivalente a R$ 100 em BTC. Hoje, notou que essa mesma fração está cotada em R$ 300. Se vender, a diferença entre o preço de compra e de venda é a margem de lucro que você pode obter.

No entanto, é essencial considerar que esse mercado é extremamente volátil, o que quer dizer que tanto o BTC quanto as outras criptomoedas e tokens podem ter seus valores puxados para cima ou para baixo rapidamente. 

Também por esse motivo é tão importante entender como é formado o preço do Bitcoin, visto que essa é uma boa maneira de identificar os momentos mais interessantes de negociação e por quais razões vale a pena ter (e até manter em longo prazo) esse ativo digital na sua carteira.

Quer saber como a cotação do Bitcoin é definida e quais fatores influenciam na flutuação do seu preço, então continue a leitura deste artigo!

Afinal, como é formado o preço do Bitcoin?

Na nossa explicação inicial sobre como é formado o preço do Bitcoin, dissemos que sua principal base é a oferta e a demanda, certo? Esse é um princípio que, em linhas gerais, pode afetar diferentes mercados, produtos e serviços, e não apenas as criptomoedas.

No entanto, no universo dos ativos digitais, essa premissa tende a ser ainda mais evidente e impactante pelo fato de as criptos serem “moedas livres”, por assim dizer. 

Como Bitcoin e altcoins são descentralizadas, elas não sofrem nenhuma influência de órgãos regulamentadores e/ou bancos centrais. Na prática, isso quer dizer que quem define o seu preço, desde a sua criação, são as pessoas interessadas nelas.

Não que alguém vá chegar e determinar: “A partir de hoje quero que cada satoshi (nome dado a cada fração de Bitcoin) custe X dólares”. Na verdade, essa formação de valor também se fundamenta nas negociações feitas nas exchanges que, por sua vez, dependem do interesse das pessoas na compra e venda dos ativos digitais, deu para entender?

Apenas para ilustrar esse conceito, o próprio Bitcoin quando foi lançado tinha cotação próxima a zero. Seu primeiro preço foi definido em uma transação bastante similar às promovidas atualmente pelas corretoras de criptomoedas. 

Na ocasião, definiu-se que 50 mil BTC valiam US$ 35!!! Isso aconteceu em 2009, pouco tempo depois do seu lançamento, segundo matéria do site Cointelegraph.

Outros fatores que definem como é formado o preço do Bitcoin

E já que estamos falando sobre como é formado o preço do Bitcoin, é essencial deixar bem claro para você que a oferta e demanda não é o único ponto de influência para a definição da valorização dessa cripto.

Nessa “matemática” também têm grande peso questões como:

  • escassez do BTC;
  • aceitação no varejo;
  • movimentação das baleias;
  • cotação do dólar.

Escassez do BTC

Quando Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin, ele (ou eles, ou ela, ou elas, talvez nunca saberemos quem está por trás desse pseudônimo) definiu uma quantidade limite de unidades: 21 milhões.

Desse modo, conforme as unidades são mineradas, mais escassa essa cripto se torna, aumentando o interesse em torno dela e, consequentemente, o seu valor.

No exato momento em que este artigo está sendo escrito (abril de 2022), o site CoinMarketCap aponta que 19 milhões de BTC já estão em circulação, o que representa 90% do fornecimento total.

Obs: quando chegar à quantia máxima, a tendência é que quem tiver esse criptoativo cobre bem caro na hora da venda!

Aceitação no varejo

Quem nunca se perguntou “O que posso comprar com criptomoedas como o Bitcoin?” A resposta é, hoje em dia, muita coisa! De pizza a imóveis, a aceitação dessa moeda digital como meio de pagamento cresce mais e mais pelo Brasil e pelo mundo.

Assim, a inclinação é que quanto mais o varejo passe a aceitar BTC como forma de pagamento, mais pessoas se interessarão por essa cripto, o que nos leva novamente à oferta e demanda que afeta sua cotação.

Movimentação das baleias

Calma, não estamos falando dos mamíferos enormes que vivem no mar. No mundo das criptomoedas, baleias são detentores de grandes quantidades de ativos digitais — na sua maioria, BTC.

Quando esse grupo resolve “nadar por esse mar”, ou seja, realizar processos de compra e venda que geram movimentações expressivas de criptos, todo o mercado tende a se abalar, elevando ou baixando o preço do Bitcoin e de outras moedas digitais.

Cotação do dólar

O Bitcoin não é pareado com o dólar. Entretanto, sua cotação pode sofrer impacto em países que não têm essa moeda como nativa.

Por exemplo, aqui no Brasil, quando o dólar sobe, comprar BTC se torna mais caro. Isso acontece devido a diferença de valorização entre a nossa moeda fiduciária (real) e a moeda estrangeira. 

Essa criptomoeda tem tendência à valorização?

Ficou mais claro como é formado o preço do Bitcoin? Outro questionamento comum é se essa cripto realmente seguirá a linha de valorização que vem trilhando nos últimos anos.

Como dissemos logo no início deste artigo, o mercado de criptomoedas é altamente volátil. Por conta disso, é praticamente impossível garantir qualquer cenário, tanto para bom quanto para ruim.

Pausa para esta dica muito importante! Assista a este vídeo exclusivo da Bitso sobre os cuidados que você precisa tomar quanto às mentiras que contam sobre o Bitcoin!

No caso do BTC, especificamente, há algumas características que podem sugerir sua valorização em longo prazo, como é o caso da escassez que já explicamos. 

Somado a isso, pelo fato de ser um ativo descentralizado, ele tende a não sofrer perdas inflacionárias. Por esse motivo, há quem veja o Bitcoin como uma forma de proteger o dinheiro. 

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