A internet como conhecemos está constantemente mudando e, em 2022 estamos entrando em um novo ciclo, chamado de Web 3.0. A nova internet tem como base uma mudança de conceito que impacta a dinâmica do mercado, além da própria forma de nos relacionarmos com a tecnologia. A descentralização é o principal atributo desta nova fase, que está em em processo de construção.
A Web3, por fazer uso da tecnologia blockchain, permite o avanço do sistema, ao mesmo tempo em que traz mais segurança às pessoas diante da constante ameaça de ataques hackers para roubar dados, cada vez mais frequentes.
Além disso, o dinheiro digital será global, derrubando barreiras como a limitação geográfica. Comprar e vender criptomoedas será cada vez mais fácil e rápido!
Ficou interessado em saber o que é Web 3.0? Fique com a gente até o fim deste artigo que vamos mostrar detalhes sobre esse novo mundo que chega com tudo, incluindo a reação das gigantes da tecnologia com todo esse movimento.
Qual a diferença entre web 1.0, 2.0 e 3.0?
A compreensão do que é a web 3.0 passa obrigatoriamente pela história da internet e, obviamente, por sua evolução em 3 etapas, sendo elas:
Web 1.0: popularização da rede
A origem da Web 1.0 foi um projeto governamental com fins militares, chamado Arpanet. O objetivo, nos anos 1960 e 1970, era transmitir informação, com o uso de cabos. O mundo vivia a era da Guerra Fria, em que Estados Unidos e União Soviética tinham a informação como arma estratégica.
Em 1990, o britânico Tim Berners-Lee criou a World Wide Web (WWW), no Instituto CERN de pesquisas, na Suíça. Na mesma década, a conexão cresceu e a rede já era acessada praticamente no mundo todo. A popularização, um dos objetivos nos anos iniciais, havia sido alcançada.
O avanço na conexão à rede se dava ainda às custas de sites e portais, de forma descentralizada, ou seja, sem a participação das grandes corporações, e eram compostos de páginas estáticas, sem qualquer interação com a pessoa do outro lado.
Web 2.0: interatividade e centralização
A web 2.0 surgiu nos anos 2000, quando passamos a ser mais interativos – principal ganho dessa nova etapa. Vieram as redes sociais e, com elas, a possibilidade de ler, escrever e compartilhar temas de interesse com seguidores e amigos. Os aplicativos móveis e a web se conectaram.
Além de consumir informação em comunidades com interesses comuns, começamos a usar produtos e serviços, alavancando o comércio eletrônico de forma bastante agressiva. Com isso, as grandes corporações viram potencial de venda a partir dos dados das pessoas que são compartilhados quando se cadastraram nessas plataformas.
Dessa forma, o aumento da interatividade social nas redes cobrou seu preço. As detentoras das principais plataformas encontraram, no fornecimento de informações e dados pessoais, uma forma de monetizar o negócio, abusando de anúncios, patrocínios e separando os papéis na sociedade – os influenciadores e os influenciados.
Os dados pessoais se tornaram informações tão preciosas, e intimamente relacionados a geração de lucro para as empresas, que mudaram a forma de uso da internet, tornando-a centralizada nas mãos das grandes corporações.
Quem controla e como são armazenadas essas informações se tornou uma preocupação mundial, inclusive de governos, principalmente após a confirmação do grande primeiro vazamento de dados, que aconteceu com o Facebook em 2018.
É nesse cenário de interatividade, monopólio e crises de segurança (e de desconfiança nas instituições) que a nova internet começou a ser desenvolvida.
Web 3.0: integração, segurança e descentralização
A chegada da web 3.0 está sendo aguardada com bastante ansiedade por grande parte do mercado, com impactos principalmente nos setores de tecnologia, finanças e varejo. Para alguns especialistas, estamos diante da “nova fase” ou da “grande revolução da internet”.
Há alguns fatores que geram esse entusiasmo, como os avanços da tecnologia, a possibilidade de interação com outras pessoas, a segurança e a descentralização em geral.
O primeiro ponto importante para destacar na Web3 é o uso da internet por meio de redes descentralizadas, propondo que nenhuma empresa, organização ou entidade tenha o
controle, como acontece hoje com as redes sociais, por exemplo, mas que ao mesmo tempo seja um lugar seguro – tanto no quesito armazenamento de dados quanto na qualidade das interações e nas relações da comunidade.
Para a aplicação disso, a regra a ser seguida deverá ser a mesma para usuários e operadores, a partir de um conceito chamado “protocolo de consenso”.
Essa retomada da autonomia e da segurança tem sido possível graças ao uso de tecnologias como o blockchain que permite o armazenamento de dados de modo eficiente e seguro servindo como proteção contra eventuais vazamentos. Por isso, o blockchain é considerado um dos pilares da ideia de cibersegurança.
Os recursos de inteligência artificial, machine learning e blockchain serão integrados para garantir a experiência ideal e confiável para pessoas e empresas.
Nessa nova economia, outro pilar fundamental é a mudança da relação com o dinheiro. Com a Web 3.0 surgiu a possibilidade de transferência de valor entre contas, mudando todo o conceito financeiro por meio do uso das criptomoedas, como Bitcoin, Ether e Chainlink.
Quando entendemos o que é Web 3.0, vemos que a tendência observada a partir de agora é que as pessoas tenham total autonomia sobre seus dados, não ficando mais expostas e suscetíveis a terem suas informações sensíveis usadas sem autorização por empresas. Essa é a maior revolução que a nova internet deve aplicar.
Quais são os impactos da web 3.0?
Como ficou claro, a Web 3.0 terá como principal diferencial a busca por uma solução para o problema da concentração de informações das pessoas nas mãos das grandes empresas. O desenvolvimento de aplicações descentralizadas, chamadas “dApps”, evitará o controle desses dados.
A outra mudança importante é que o dinheiro se tornará global, já que cairão as restrições comumente presentes nas instituições financeiras tradicionais, como a ligação a governos ou áreas geográficas. Tokens e criptomoedas fazem parte de operações de um dinheiro instantâneo e permissionado.
Em fala à BBC, o diretor de protocolos criados pelo Protocol Labs, uma empresa norte-americana de tecnologia blockchain, Colin Evran, disse que o objetivo é atualizar a web para “algo mais seguro, rápido, resistente aos ataques e mais aberto”. O objetivo também, segundo ele, é agregar confiança aos participantes da nova fase da internet.
Essa confiança viria justamente da descentralização, com o conteúdo sendo a base do armazenamento, e não mais endereços fixos abrigados em um grande provedor.
Até aqui, podemos perceber que a rede a Web 3.0 traz a experiência digital otimizada com a certeza de que você tem o controle sobre seus dados, assegurando que eles estão protegidos.
Para ficar um pouco mais palpável, veja alguns exemplos de onde ela pode ser usada no seu dia-a-dia:
- assistente de voz;
- carteiras digitais de criptoativos (wallet);
- ferramentas de mensagem;
- navegadores (browser) de internet;
- armazenamento de dados;
- transferência de valores de modo mais rápido.
Web 3.0 como uma realidade
Vale dizer que a ideia da Web 3.0 não agrada a todos. Há alguns críticos de peso, como Elon Musk, da Tesla e da SpaceX, que ironizou a nova era da internet em suas redes sociais, dizendo “não consigo achar a web 3.0”, uma sátira de que essa é apenas uma ideia maluca que nunca será implementada.
De fato, esse caminho para implementá-la não será fácil, haverá quebra de paradigmas. No entanto, com a ausência de intermediários, a liberdade das pessoas aumenta. Nós seremos capazes de criar as nossas próprias redes.
O fato é que, em 10 anos de desenvolvimento, a nova rede não foi invadida. Segurança é crucial na era em que vivemos. Nossas vidas e nossos dados estão cada vez mais na internet.
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