Bolha econômica: o que é e por que você precisa entender sobre?

bolha econômica

Sabe quando um novo produto é lançado, vira o assunto do momento e, por conta disso, todo mundo quer comprar? Basicamente, essa pode ser a explicação sobre o que é bolha econômica, termo que, inclusive, você já deve ter ouvido várias vezes.

A bolha econômica é o nome dado a um evento resultante da procura intensa de um determinado ativo, seguido da sua queda. Devido ao interesse exacerbado, ele esse ativo acaba sendo negociado em larga escala e a um preço fora do considerado realista para ele.

Tudo isso acontece com base na especulação, ou seja, no acreditar que a cotação de um ativo — o qual pode ser os mais variados tipos de investimento, a exemplo das ações, ou mesmo as criptomoedas — subirá consideravelmente, gerando lucros exorbitantes para os seus detentores.

Por conta dessa percepção, um grupo muito, mas muito grande de pessoas investem no ativo em questão, acreditando que terão rentabilidade alta quando decidirem vender.

Neste momento, você deve estar se perguntando por quais motivos a palavra bolha foi usada para representar essa prática. Porque tudo isso pode, simplesmente, “estourar”.

Quando uma bolha econômica estoura, o que antes tinha alto volume de negociação e de valorização sofre uma queda brusca, causando sérios prejuízos financeiros para os seus detentores.

E será que teria uma forma de se proteger disso e, assim, não perder os valores investidos? A resposta é, sim, existe maneira de se resguardar desse impacto.

Continue a leitura deste artigo e confira como isso é possível.

O que é bolha econômica?

A bolha econômica — que também pode ser chamada de bolha financeira, bolha de mercado ou bolha especulativa —, acontece quando um ativo passa a ser negociado a valores muito acima do considerado real para a sua avaliação e, tempos depois, sofre uma queda abrupta, diminuindo consideravelmente o seu preço.

Como dissemos logo na abertura deste artigo, isso acontece devido à especulação, que nada mais é que a crença de alguns investidores que um ativo tem grande potencial de crescimento e valorização.

Isso leva a uma visão distorcida do bem em questão, especialmente considerando que as especulações não têm bases sólidas. Afinal, como o próprio nome diz, são apenas especulações, ou seja, hipóteses, teses e, não rara as vezes, apenas achismos.

Ainda assim, isso faz com que diversas pessoas comprem o ativo por esse preço irreal. O problema acontece quando a previsão de crescimento não se concretiza, fazendo a bolha estourar, o que leva a uma perda brutal do preço e, por consequência, prejuízo financeiro para quem “entrou nessa onda”.

E no que se refere aos tipos de bolhas que podem acontecer estão:

  • bolha da bolsa de valores: engloba ações, EFTs e outros modelos de investimentos relacionados;
  • bolha do mercado de ativos: tais como mercado de criptomoedas e imobiliário;
  • bolha do mercado de crédito: a exemplo de empréstimos e financiamentos;
  • bolha de mercadorias: itens tangíveis e matérias-primas, como gás, petróleo, ouro, entre outros.

Exemplos de bolhas econômicas

Para esse conceito de bolha econômica ficar mais claro, citaremos agora alguns exemplos:

  • bolha das tulipas: considerada a primeira bolha mundial, aconteceu no mercado de tulipas na Holanda, no século XVII. A planta foi considerada tão exótica e rara que seu bulbo chegou a custar, na época, o equivalente a um imóvel;
  • crise imobiliária dos Estados Unidos (ao longo dos anos 2000): os bancos aprovaram uma enorme quantidade de créditos imobiliários, sem considerar o que poderia acontecer se as pessoas não conseguissem pagar;
  • bolha da internet: também conhecida como “bolha das empresas ponto com”, girou em torno das especulações sobre empresas de tecnologia entre o final da década de 1990, início dos anos 2000.

Como uma bolha econômica se forma? 

Sabe-se que a definição de bolha financeira é a hipervalorização de um ativo sem justificativa plausível para esse aumento de preço. No entanto, o que dá exatamente dá o “start” para isso é um tanto difícil de determinar.

Se você acompanha o mercado financeiro, deve estar ciente que um dos critérios que define o preço de algo é a lei da oferta e demanda, certo? No caso das bolhas, o efeito manada potencializa esse fundamento, levando mais e mais pessoas a se atraírem pela popularidade de um ativo, o que faz com que ele seja negociado com preços cada vez mais altos.

Seguindo essa linha de raciocínio, as bolhas financeiras costumam passar por cinco fases para a sua formação, que são:

  • identificação de algo novo: quando um ativo chama a atenção dos investidores e, por geralmente estar relacionado a algo inovador, passa a ideia de potencial faturamento;
  • boom: o alto do preço começa a acontecer e, conforme mais destaque o ativo tem, mais pessoas aderem a ele, especialmente por medo de perderem uma oportunidade de rentabilidade considerada, até então, tão boa;
  • euforia: nesta fase os preços sobem exponencialmente, baseado no otimismo de crescimento generalizado. Muitos, inclusive, nem se atentam ao estado de solidez do ativo que está sendo negociado;
  • lucro: quem tem mais conhecimento de mercado consegue perceber os primeiros sinais que indicam que a bolha estourará em breve Os que têm essa percepção, aproveitam que o preço ainda está elevado para colocar o ativo à venda. Acontece que os demais seguem essa tendência, gerando a desvalorização;
  • pânico: os que demoram a ter essa visão começam a ter perdas financeiras, visto que a bolha efetivamente estourou e que a cotação do ativo caiu consideravelmente, sem qualquer previsão de recuperação.

Qual a melhor forma de se proteger dessas bolhas?

Parece um cenário bem assustador, quase um filme de terror? Bem, não deixa de ser, principalmente se você dá valor ao seu dinheiro.

É certo que o mercado de investimentos é cercado de diversos imprevistos e que, de uma hora para outra, os panoramas podem facilmente mudar, especialmente quando o assunto são investimentos de renda variável.

A fim de evitar passar por isso, alguns cuidados que você pode tomar são:

  • avalie bem o ativo que pretende adquirir, considerando questões como liquidez e real potencial de crescimento;
  • não caia na tentação de ganhos rápidos e acima dos praticados no mercado. Praticamente todas as ofertas desse tipo não ser realistas;
  • procure opiniões de especialistas no assunto, considerando o que estão comentando sobre o ativo em reportagens, vídeos, postagens e outros meios de divulgação.

No caso das criptomoedas, especificamente, elas não podem ser consideradas um investimento, visto a sua volatilidade. Ainda assim, o mercado de criptoativos não está livre de “entrar em uma bolha”.

Se você curte o universo dos ativos digitais e quer tirar o melhor proveito das oportunidades que ele gera, estudar sobre criptomoedas é essencial.

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Fernanda é Gerente de Tesouraria na Bitso, formada em direito e economia. Começou a trabalhar em 2013 no setor de Tecnologia e depois migrou para os setores Financeiro e de Pagamentos. É entusiasta das tecnologias de blockchain desde 2015 e gosta de acompanhar as tendências e novidades do setor. Também gosta de conhecer reservas naturais e de viajar para lugares novos.