Saber como se proteger da inflação é uma maneira de evitar a desvalorização do seu dinheiro, seja aquele que está na carteira, guardado na conta bancária, ou mesmo um determinado valor que está investido.
Mas, antes de falarmos sobre quais estratégias você pode utilizar no dia a dia para esse fim, é bem importante entender um pouco melhor o que é inflação, certo?
A inflação é um fenômeno, um efeito econômico que gera um aumento dos preços de produtos e serviços. O resultado desse acontecimento é a elevação do custo de vida, condição que exige que as pessoas “apertem seus cintos” para viver com o dinheiro que têm disponível.
Infelizmente, não há como fugir dele, visto que isso afeta toda a economia nacional. Porém, a boa notícia é que tem como se proteger da inflação, e é sobre isso que vamos falar neste artigo!
Continue a leitura para conferir como mitigar a desvalorização do seu dinheiro e adote essas práticas hoje mesmo!
O que é inflação?
A inflação é um termo usado para definir o aumento do preço de produtos e serviços de forma generalizada. Ou seja, é quando a elevação do custo do que é comercializado não atinge apenas um setor, mas todos os de um país, refletindo diretamente no custo de vida da população.
Para esse conceito ficar mais claro, vamos explicar de outra forma: imagine que, ontem, você foi até à padaria perto da sua casa e, com R$ 10, comprou pão, leite, um pouco de muçarela e presunto para o lanche da tarde.
Hoje, com esses mesmos R$ 10, você só conseguiu comprar pão, leite e muçarela, porque o preço dos itens estava tão alto que o dinheiro não foi suficiente para comprar tudo o que queria, sendo necessário abrir mão de parte da lista.
Percebe o quanto esse fenômeno pode afetar nosso dia a dia, a rotina e os hábitos?
O controle da inflação é essencial tanto para as pessoas quanto para a economia nacional. Um dos motivos para isso é o fato de que, quanto mais alto esse índice se posiciona, menos o povo compra, virando uma verdadeira “bola de neve”.
Quanto a isso, é possível pensar no seguinte cenário como exemplo: menos compras devido à alta dos preços = menos lucros para as empresas = menos movimentação da economia = maior o índice de desemprego = menos compras por falta de renda (em um loop infinito).
Como funciona a inflação?
Antes de explicarmos como se proteger da inflação, tem mais um ponto que é bem importante que você entenda, que é o funcionamento desse efeito.
O principal índice inflacionário brasileiro é o IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Seu objetivo é mensurar a inflação sobre um grupo de produtos e serviços do varejo que se relaciona diretamente com o consumo das famílias.
Com relação ao que causa a alta ou a baixa da inflação, existem os seguintes fatores:
- inflação de demanda;
- inflação inercial;
- inflação de custo.
Siga conosco para entender as causas!
Inflação de demanda
Decorrente da lei de oferta e demanda, essa causa empurra para cima o preço dos itens que estão sendo mais procurados no momento.
Em linhas gerais, ela tem relação direta com o Produto Interno Bruto (PIB) que, quando expande, resulta em elevação do salário mínimo, redução do desemprego e aumento dos investimentos, entre outros pontos relacionados;
Inflação inercial
A inflação inercial tem como base a chamada “memória inflacionária”, que acontece quando os mecanismos de reajustes de valores têm como respaldo o valor da inflação do período anterior.
Desse modo, ainda que não tenha reflexo da lei de oferta e procura, determinados setores podem continuar com os preços em elevação, e isso pode acontecer de duas formas:
- informalmente: quando há o aumento dos preços porque os outros do mesmo segmento estão fazendo;
- formalmente: quando o reajuste é feito considerando regras específicas, assim como acontece com mensalidades escolares e aluguéis, previstos em contrato.
Inflação de custo
O estopim para a inflação de custo tende a ser os valores praticados na comercialização de mão de obra, matéria-prima, salário e outras vertentes que impactam no preço final de um produto ou serviço.
Assim, quanto mais caro o item fica para ser produzido, maior tende a ser seu preço, considerando também o volume necessário para suprir a demanda do público, e isso se dissemina em toda a economia.
Mas e na prática? Como todos esses tipos de inflação impactam em nossa vida e nos investimentos? A seguir, você descobre.
Impactos práticos da inflação na vida e nos investimentos
Tão importante quanto entender como se proteger da inflação é compreender de que forma ela se manifesta em nossa rotina. De antemão, saiba: há impactos da oscilação do índice tanto em aspectos cotidianos quanto em nossos investimentos nos mais diversos produtos financeiros.
Confira alguns deles abaixo.
1. Alta nos preços
O primeiro e mais conhecido efeito da inflação é o aumento dos preços de produtos e serviços.
Essa oscilação em escala geral é representada pelo IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Entretanto, também é possível mensurar os impactos dos aumentos de preços do ponto de vista pessoal, tomando como base o padrão de vida pré e pós inflacionário.
2. Queda dos investimentos internacionais no país
Com um cenário de inflação, a tendência é que o mercado internacional adote a política de “um passo atrás” em termos de investimentos. Isso porque é impossível dissociar contextos inflacionários da ideia de fragilidade ou incerteza com relação à solidez econômica de uma nação.
3. Redução do poder de compra
O reflexo direto da alta dos preços, pontuada no item 1 dessa lista, é a redução do poder de compra da população.
Na prática, isso significa que, para adquirir um mesmo produto no cenário inflacionário, é necessário investir mais dinheiro do que no período anterior. Quando o salário pago às pessoas não acompanha a subida do índice (o que acontece em grande parte dos casos), a capacidade de adquirir certos bens diminui.
4. Incerteza econômica
Como consequência da redução do poder de compra, do aumento dos preços e da diminuição de investimentos externos no país, instaura-se um cenário de incerteza econômica.
Isso quer dizer que todos os setores da economia, desde o cidadão até as grandes corporações, precisam ajustar seus referenciais e refazer previsões financeiras de curto, médio e longo prazo.
5. Redução da oferta de empregos
Um dos maiores impactos da inflação no mundo corporativo é a redução da oferta de empregos.
Isso acontece porque o cenário afeta diretamente o faturamento das empresas (que, embora aumentem seus preços para se adequar à inflação, invariavelmente passam por uma queda no volume de vendas). Como consequência, há diminuição dos investimentos no setor e, portanto, queda na oferta de contratações.
6. Mudança na rentabilidade de produtos financeiros
E nos investimentos, qual o impacto da inflação? Bom, tendo em mente que o objetivo dos investimentos financeiros é um incremento no patrimônio, podemos esperar que o lucro seja sempre superior ao índice de inflação.
Contudo, em um cenário no qual este índice alcança níveis elevados, produtos cuja rentabilidade não esteja diretamente ligada à sua variação podem apresentar resultados aquém do patamar inflacionário, tornando-se pouco rentáveis na circunstância.
Agora que você já conhece alguns dos impactos cotidianos da inflação, quer mais algumas dicas para se proteger em cenários como este? Basta seguir em frente!
Afinal, como se proteger da inflação?
A melhor forma de se proteger da inflação é compreender a dinâmica do mercado e saber reconhecer os sinais da entrada neste cenário. Além disso, é importante fazer investimentos diversificados (incluindo opções cuja valorização está atrelada à inflação) e manter os gastos pessoais sob controle.
Para te ajudar a cumprir a dica número 1 da lista — a compreensão do mercado e dos sinais de surgimento da inflação — separamos algumas informações-chave nos parágrafos a seguir.
Boas práticas adicionais para se proteger da inflação
Existem alguns caminhos fundamentais para entender como se proteger da inflação. O mais importante deles é compreender o mercado e observar os sinais, como pontuamos no início do artigo.
Em paralelo, são boas práticas para evitar os efeitos negativos da alta de preços:
- reavaliação dos hábitos de consumo;
- pesquisa de preços;
- investimentos atrelados à inflação;
- uso de criptomoedas atreladas ao dólar (stablecoins).
1- Reavalie seus hábitos de consumo
Por vezes, pode ser necessário que você reveja os hábitos de consumo para não perder poder de compra. Aqui, estamos nos referindo a, por exemplo, trocar a marca dos produtos que costuma adquirir para sua casa.
Se notar que algo que costuma comprar está com um valor muito elevado, diferente do habitual, tente adquirir de outro fabricante. Dessa forma, fica mais fácil conseguir comprar o que precisa sem comprometer a quantia que designou para isso.
Na hora de aplicar essa estratégia, sempre faça uma relação de custo-benefício, considerando também a qualidade do item. Quem sabe você não descobre outra marca tão boa quanto aquela que tinha costume de usar?
2- Pesquise bastante antes de comprar algo
Em períodos nos quais a inflação está alta, é relevante pesquisar os valores do que precisa comprar em diferentes estabelecimentos comerciais. A ideia aqui é verificar o preço do mesmo item em diferentes locais, a fim de encontrar um que esteja mais em conta.
Ainda que esse fenômeno atinja a economia como um todo, pode ser que algum local esteja com estoque antigo de determinado produto e, por conta disso, consiga manter o preço um pouco abaixo do que está sendo praticado no momento.
3- Faça investimentos atrelados à inflação
Essa dica de como se proteger da inflação tem a ver com investimentos. Se você está pensando em fazer alguma aplicação e já quer se resguardar do impacto desse efeito, o mais prudente é optar por aqueles que estão atrelados a ele.
Alguns bons exemplos são:
- Tesouro IPCA;
- Letra de Crédito Imobiliário (LCI);
- Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);
- Debêntures;
- Fundos de investimento.
4- Bônus: como se proteger da inflação com criptomoedas?
As stablecoins são criptomoedas que têm preço equiparado a outro ativo, comumente uma moeda fiduciária como o dólar ou o real. Isso faz com que ela esteja sempre valendo o mesmo que a moeda à qual está equiparada.
Nesse sentido, investir em stablecoins lastreadas em moedas fortes, como o dólar, pode ser um caminho para proteger seu patrimônio da inflação que desvaloriza nossa moeda.
Além das stablecoins, outras criptomoedas, como o Bitcoin, são consideradas por especialistas como opções para se proteger da inflação.
Embora sofram com a instabilidade de curto prazo promovida pelo desequilíbrio econômico, moedas como o BTC têm valor de mercado ligado à sua escassez. Logo, a expectativa é de que estes ativos cresçam em valor de mercado na medida em que a emissão de novas moedas chegue perto do fim.
Veja, no vídeo abaixo, mais detalhes sobre como usar criptomoedas como o BTC para se proteger da inflação:
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