Se você está buscando respostas sobre como organizar sua vida financeira, já deve ter encontrado conselhos como: anote todas as despesas, fuja de compras parceladas, corte gastos supérfluos e outros semelhantes, não é mesmo?
O fato é que, se quer continuar a descobrir como ter uma vida financeira organizada, é possível ir um pouco mais além. Não tem apenas um jeito certo de fazer isso, e é sempre bom saber mais quando se trata do seu dinheiro.
Por exemplo, sabia que o ato de doar também pode fazer parte dessa organização orçamentária? “Mas como assim, quero juntar dinheiro para mim e vou sair distribuindo?” Segundo aponta um especialista, é mais ou menos isso.
T. Harv Eker, autor do livro “Os segredos da mente milionária”, apresenta aos leitores da obra uma série de orientações sobre como mudar a mentalidade para começar a pensar o dinheiro de outra forma.
Uma das suas orientações é dividir todos os ganhos em seis contas distintas (explicaremos essa técnica em detalhe, mais adiante), sendo que uma delas deve ser destinada para receber 10% da sua receita com o propósito de ser doada.
Eker parte do princípio que, mais importante que quanto você ganha, é como você administra o seu dinheiro.
Seguindo essa ideia, trouxemos neste artigo uma lista com sete dicas que ninguém nunca contou sobre como organizar sua vida financeira. Por isso, continue a leitura e confira quais são esses segredos!
7 dicas (de ouro) para organizar sua vida financeira
As nossas sugestões de como organizar sua vida financeira de uma maneira diferente, mas que podem trazer bons resultados, são:
- Conhece-te a ti mesmo
- Não atenda expectativas alheias
- Expanda o seu conhecimento
- Pense nos dias de chuva
- Não acredite em ganhos fáceis
- Separe suas contas
- Reveja sua estratégia com o passar do tempo
1. Conhece-te a ti mesmo
Não se sabe ao certo se a frase foi dita por Sócrates, Heráclito ou Pitágoras, mas o aforismo “Conhece-te a ti mesmo”, inscrito na entrada do templo de Delfos, que homenageia Apolo, um deus grego, destaca a importância do autoconhecimento.
Aplicar esse conselho a uma rotina de organização financeira quer dizer não apenas conhecer todos os seus gastos e receitas, mas, especialmente, ter bem definidas suas metas e objetivos de vida.
Esse conceito inclui também conhecer os seus hábitos de compra — por exemplo, você tem o costume de comprar por impulso, quando está feliz ou triste? Se sim, este é um bom momento para se autoanalisar e pensar em adotar novas práticas, para atender suas necessidades sem deixar a sua conta no vermelho ou seu cartão de crédito estourado.
2. Não atenda expectativas alheias
Quem nunca comprou algo de que não precisava só porque estava na moda, na promoção, ou para impressionar outras pessoas que atire a primeira pedra.
Gastos assim tendem a comprometer o seu orçamento e podem ser a fonte de novas dívidas.
Por isso, antes de tomar atitudes que satisfarão somente expectativas alheias, pense e pondere sobre as suas reais necessidades — “Eu preciso mesmo trocar de carro agora e entrar em um novo financiamento, ou posso juntar um pouco mais de dinheiro e fazer isso daqui a alguns meses, à vista?”
3. Expanda o seu conhecimento
Outro ponto importante sobre como organizar sua vida financeira é expandir o seu conhecimento sobre o mercado financeiro.
Se aprofundar nos assuntos desse setor ajuda a trazer novas perspectivas de como usar e aplicar o seu dinheiro, abrindo um leque de opções que vão muito além das estratégias tradicionais, como a tão conhecida poupança.
Sites, blogs, vídeos no Youtube e podcasts de especialistas são alguns exemplos de recursos que você pode utilizar para isso.
4. Pense nos dias de chuva
E por falar em poupança, pensar nos “dias de chuva” é outra estratégia que não pode faltar se você está descobrindo como organizar sua vida financeira.
Aqui, estamos falando em ter um fundo de reserva para ser usado em situações emergenciais, por exemplo, questões de saúde, o conserto de um eletrodoméstico, do carro, manutenções extras na sua casa, entre outros.
Ter uma quantia de dinheiro guardada para ocasiões como essas evita que você precise recorrer ao cheque especial, cartão de crédito, ou mesmo empréstimos, recursos que podem comprometer o seu orçamento mensal por gerarem uma nova dívida.
5. Não acredite em ganhos fáceis
É fácil encontrar na internet dicas e estratégias que sugerem ganhos financeiros rápidos e garantidos. Mas não se engane: não existe almoço grátis!
Por mais lucrativa que pareça a proposta, é essencial ter os pés no chão e não se “emocionar” com a possibilidade de faturar alto em pouco tempo. Vale destacar que, dependendo do caso, você pode perder muito dinheiro e comprometer seriamente o seu orçamento, até mesmo o seu futuro.
Quer um bom exemplo? Muitos afirmam que adquirir criptomoedas é lucro garantido. Porém, é bem importante que você saiba que não há como dar essa certeza a ninguém – tenha atenção para não cair em golpes com cripto.
O motivo é que se trata de um mercado bastante volátil, isso quer dizer que uma cripto que começa o dia em alta pode, poucas horas depois, perder muito do seu valor.
A dica número três que demos aqui sobre como organizar sua vida financeira também vale para o mundo das moedas digitais. Ou seja, saber como e onde estudar sobre criptomoedas vai ajudar você a direcionar o seu dinheiro e a não cair em golpes.
6. Separe suas contas
Logo no início deste artigo, citamos a orientação de T. Harv Eker sobre dividir sua receita em seis contas bancárias distintas, se lembra? Ele respalda essa técnica no fato que o mais importante é saber administrar o dinheiro, e não a quantia que você tem a sua disposição para usar.
Segundo o autor, o ideal é fazer a seguinte separação:
- Conta das necessidades básicas: 50%
- Poupança para despesas de longo prazo: 10%
- Instrução financeira: 10%
- Doações: 10%
- Diversão: 10%
- Liberdade financeira: 10%
Essa distribuição, claro, é uma sugestão do autor, mas você pode e deve adaptá-la à sua realidade.
Sobre a conta da diversão, Eker ressalta que ela deve ser zerada todos os meses. Uma das razões é que ela funciona como uma forma de compensação pelo esforço de manter o controle financeiro.
Quando isso não é feito, a tendência é a pessoa se sabotar e comprometer outros recursos para satisfazer suas necessidades de consumo.
Já a conta da liberdade financeira segue o caminho oposto, ou seja, não deve ter retiradas. A ideia é que o valor seja usado para algum tipo de investimento para que os lucros gerados por ele possam ser usados, nunca o seu montante principal.
7. Reveja sua estratégia com o passar do tempo
Pensar no futuro e em como ter uma fonte de renda ou acolchoado quando precisar ou decidir parar de trabalhar é bem importante. Porém, sabemos que nossos objetivos mudam com o passar dos anos, por isso, ajustar as finanças para conseguir alcançá-los é tão essencial quanto guardar dinheiro a todo custo pensando no futuro.
Por exemplo, uma pessoa aos 30 anos pode ter sonhado com uma casa no campo para viver sua aposentadoria. Mas, quando chegou aos 40 anos, mudou os planos e achou que o mais adequado era ficar na cidade mesmo, mas em um apartamento maior, mais confortável, perto de tudo.
Concorda que essas mudanças resultam em gastos e investimentos diferentes? Por esse motivo, rever o seu planejamento de tempos em tempos é necessário. Dessa forma, você consegue direcionar o seu dinheiro e, com isso, organizar a sua vida financeira da melhor forma possível.
Achou tudo isso interessante? Quer outras dicas como essas de como fazer um bom controle financeiro? Então, aproveite que está aqui no blog da Bitso e confira outros artigos sobre esse tema!