Pagamentos transfronteiriços em criptomoedas: será que valem a pena?

pagamentos transfronteiriços em criptomoedas

Precisa mandar dinheiro para outro país, mas não quer pagar altas taxas nem perder tempo com toda a burocracia envolvida nisso? Pois saiba que os pagamentos transfronteiriços em criptomoedas podem ser a solução!

Os pagamentos transfronteiriços em criptomoedas são aqueles nos quais os ativos digitais são usados para transferência de valores entre pessoas que estão em países diferentes e cujas moedas oficiais são distintas.

Isso é possível por duas características desse universo. O primeiro é o fato dos criptoativos serem descentralizados, ou seja, não pertencerem a nenhum país específico, o que facilita esse tipo de migração entre regiões.

O segundo é a tecnologia blockchain, que permite a realização de transações financeiras sem a necessidade de bancos ou instituições financeiras para intermediá-las.

Descartando essa possibilidade, o outro caminho para enviar dinheiro para fora do país é pelo método tradicional. Isso significa fazer a conversão da moeda fiduciária, o que geralmente implica na perda do poder de compra por conta do câmbio, e utilizar uma plataforma especializada nesse tipo de transferência.

Além disso, os custos de uma operação desse tipo tendem a ser elevados nos meios tradicionais de envio e recebimento de moedas estrangeiras. Por isso, os pagamentos transfronteiriços em criptomoedas passaram a ser vistos como uma excelente opção para quem busca praticidade, velocidade, segurança e baixo custo operacional.

Quer entender como isso funciona? Então siga a leitura deste artigo e confira agora mesmo!

O que são pagamentos transfronteiriços em criptomoedas?

Os pagamentos transfronteiriços em criptomoedas são aqueles nos quais os criptoativos se tornam a base de valor de transferência entre pessoas (ou mesmo empresas) que estão em países diferentes.

Para esse conceito ficar mais claro, utilizaremos um exemplo para explicá-lo. Imagine que você precisa enviar dinheiro para um amigo que está no Canadá. 

Em uma operação tradicional, o primeiro passo seria trocar a quantia em reais por dólar canadense. Nesse processo, pode haver perda de valor, visto que a cotação média é de quatro reais para cada um dólar canadense. 

Além disso, os mercados de câmbio de moedas fiduciárias cobram taxas elevadas que fazem com que a conversão entre as moedas seja muito cara. 

Mas concluído esse passo, o seguinte seria procurar um banco, instituição financeira, ou plataforma especializada para realizar essa remessa internacional de valores. 

Aqui, tenha em mente que há o spread cobrado pelas casas de câmbio — que é a diferença entre o valor de mercado da moeda e o preço que esses locais estão dispostos a pagar — mais a taxa para conversão e envio.

Somado a tudo isso, ainda há o agravante que essa transferência não é instantânea, podendo levar dias para ser efetivada. Além disso, não é raro se deparar com limites de quantias que podem ser transacionadas dessa forma.

Por outro lado, quando se utiliza criptomoedas para transações internacionais de valores, tudo isso acontece de forma bem menos burocrática e com custos bastante reduzidos.

Como funcionam os pagamentos transfronteiriços com ativos digitais?

Os pagamentos transfronteiriços com ativos digitais funcionam de uma forma bastante simples. Basicamente, consiste no mesmo processo usado para enviar as criptomoedas para outra pessoa em negociações de compra e venda.

De uma forma resumida, basta que ambas as pessoas tenham carteiras digitais para armazenamento de criptoativos. Na hora de fazer a transferência, é usado o endereço da carteira, que funciona como uma espécie de conta bancária, se compararmos a um banco tradicional.

Ao receber a quantia, o novo detentor das criptomoedas pode convertê-las em moeda fiduciária do país onde está, ou ainda trocá-las por ativos menos voláteis, a exemplo de uma stablecoin, se assim desejar.

A taxa que incide sobre esse processo se refere ao valor pago aos mineradores para validarem a operação. Com relação a quanto é cobrado para isso, depende de alguns fatores, tais como qual criptomoeda está sendo transacionada e o volume de operações na rede blockchain no dia da transferência.

Quais são as vantagens e os desafios dos pagamentos transfronteiriços em criptomoedas?

As criptomoedas são ativos sem fronteiras. Isso porque, como dissemos logo na abertura deste artigo, elas são descentralizadas independentemente de bancos centrais, instituições financeiras ou governos.

Justamente por essa característica é que elas se tornaram boas opções em transações financeiras transfronteiriças.

Essa já pode ser vista como uma das primeiras vantagens de usar os criptoativos como moeda de transferência internacional. No entanto, existem diversos outros benefícios, sendo os que mais se destacam:

  • os custos operacionais desse processo podem ser reduzidos entre 40% e 80%, segundo dados da Deloitte;
  • o tempo de finalização e de confirmação da remessa é consideravelmente menor, especialmente se comparado ao envio de moedas fiduciárias. Também de acordo com a Deloitte, via blockchain esse trâmite pode acontecer entre quatro e seis segundos, contra uma média de dois a três dias do método tradicional;
  • é uma ótima solução para atender pessoas desbancarizadas, já que dispensa totalmente a necessidade de relacionamento bancário;
  • é um processo bem menos burocrático que o tradicional pelo fato de não haver intermediários.

Desafios e desvantagens

Mas como tudo tem um lado positivo e um lado negativo, nem só vantagens cercam os pagamentos transfronteiriços com criptomoedas.

Alguns dos desafios que precisam ser superados quanto a esse processo, que acabam sendo vistos como desvantagens são:

  • a volatilidade das moedas digitais influenciam no valor final que pode ser obtido na troca por moeda fiduciária;
  • o entendimento quanto ao funcionamento da tecnologia blockchain pode ser um obstáculo para algumas pessoas, dificultando a adesão a essa prática;
  • horários de pico nas redes blockchain podem elevar os custos das transferências;
  • é fundamental ter acesso à internet, condição que pode ser um desafio, dependendo do país para onde a remessa de criptos está sendo enviada;
  • para usar como moeda fiduciária, o recebedor precisa fazer a venda do ativo digital, o que requer entendimento quanto a esse processo e conhecimento sobre a oscilação de preços para identificação do melhor momento para realizar essa operação;
  • não são todos os países que permitem operações com criptomoedas.

Quanto a esse último tópico, é importante destacarmos que, agora, o Brasil conta com uma regulamentação específica para criptomoedas, conferindo ainda mais segurança a todas as operações feitas com esse ativo digital.

Essa regulação é algo extremamente positivo para o mercado, e a Bitso apoia esse tipo de política, tanto que é membro da ABCripto

Onde comprar criptos e tokens para fazer remessas internacionais?

De acordo com dados da Juniper Research, empresa de consultoria, pesquisas de mercado e business intelligence, as remessas digitais internacionais atingirão US$ 525 bilhões até 2024.

O mesmo levantamento concluiu que o uso da blockchain nesse tipo de operação oferece aos usuários um serviço muito mais transparente, barato e rápido.

Se você é uma das pessoas que precisa enviar dinheiro para outro país, e achou o pagamento transfronteiriços com criptomoedas uma boa opção, o primeiro passo é abrir a sua conta em uma exchange e comprar as primeiras criptos.

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