Eis que você e o amor da sua vida se encontram e, depois de um certo tempo de relacionamento, decidem dividir o mesmo teto. Certamente, esse é um passo muito importante para a vida de vocês, porém, requer uma certa dose de razão, além de emoção, para que tudo saia o mais próximo possível do idealizado.
No caso, estamos nos referindo à importância de definir um bom planejamento para morar junto, especialmente um que seja voltado para a questão financeira.
Juntar as escovas de dentes para muitas pessoas é a realização de um sonho. Porém, é essencial ter em mente que com toda essa euforia e rotina nova que está surgindo também vêm as contas de luz, de água, supermercado, TV a cabo e vários outros boletos e despesas que precisam ser pagos para se manter um lar.
As perguntas que ficam são: Quem vai pagar por tudo isso? Como evitar brigas por causa de dinheiro? Para ter respostas para questionamentos como esses, confira neste artigo cinco dicas de planejamento para morar junto.
Qual a importância de fazer um planejamento para morar junto?
Afinal, como fazer um bom planejamento para morar junto, no que se refere à divisão de despesas e a como lidar com as finanças do casal?
Em teoria, não há grandes segredos, e tudo pode começar com uma boa e sincera conversa. O problema é que falar sobre dinheiro, a exemplo de quanto recebe de salário por mês, ainda é um tabu para muitas pessoas.
No entanto, manter essa postura “mais fechada”, digamos assim, pode comprometer seriamente a dinâmica dos pares e gerar vários atritos.
Por exemplo, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB), revelou que 46% dos casais entrevistados afirmam brigar por questões financeiras.
Entre os motivos que geram esse tipo de discordância estão:
- um dos cônjuges gastar toda a receita e não montar uma reserva financeira (27%);
- não concordarem sobre os gastos da casa (25%);
- atrasos no pagamento das contas (25%).
Se você não gosta de brigar com a pessoa com a qual escolheu dividir a sua vida, nossa sugestão é colocar em prática essas cinco estratégias de planejamento para morar junto, que são:
- não tenha medo de conversar sobre dinheiro;
- defina responsabilidades financeiras;
- mantenha a individualidade financeira;
- busque montar uma reserva de emergência;
- pense em longo prazo.
Como fazer um bom planejamento para morar junto?
Não tenha medo de conversar sobre dinheiro
Ainda segundo a pesquisa que citamos, 85% dos participantes afirmam que conversam sobre orçamento familiar. Isso é um ótimo sinal, pois, conforme mencionamos logo na abertura deste artigo, debater o assunto é um dos primeiros para um desenvolver um bom planejamento para morar juntos.
Nessa conversa é bem importante falarem abertamente sobre questões como:
- qual a renda mensal de cada um;
- como acreditam que será o custo de vida;
- quais serão os gastos fixos da casa — por exemplo, contratarão serviço de TV a cabo e internet, entre outros similares.
Defina responsabilidades financeiras
Depois de acertarem esses detalhes, o passo seguinte fica por conta de descobrir como dividir as contas em casal.
Quanto a isso, uma dica é separar as responsabilidades proporcionalmente à renda de cada um. Em outras palavras, quem recebe mais, pode contribuir financeiramente mais.
A ideia aqui é que o casal arque de forma igualitária com as despesas da casa, mas sem afetar os seus compromissos financeiros individuais.
Mantenha a individualidade financeira
E por falar em compromissos financeiros individuais, é bem importante que cada um mantenha o seu controle financeiro pessoal, além do da casa, que idealmente deve ser feito em conjunto.
Na prática, isso quer dizer separar o dinheiro necessário para manter o lar, mas também ter um bom controle orçamentário para arcar com as próprias contas e despesas, tais como a beleza, roupas, calçados, cursos etc.
Esse cuidado ajuda a manter a individualidade e tende a evitar desentendimentos sobre cada um lida com a renda que tem.
Sobre isso, vale destacar outro dado da pesquisa da CNDL, o qual revelou que 36% dos entrevistados disseram que as desavenças familiares sobre dinheiro estão ligadas aos gastos realizados pelo(a) parceiro(a) além de suas condições financeiras.
Busque montar uma reserva de emergência
E quando se está pensando em uma vida em comum, é preciso considerar além das despesas fixas e variáveis, possíveis situações emergenciais.
Um eletrodoméstico que quebra, o carro que precisa de um conserto não programado, uma doença que gere gastos, são alguns exemplos de circunstâncias que podem acontecer em qualquer família e comprometer o orçamento mensal.
Por isso, é bem importante que vocês conversem sobre a formação de uma reserva de emergência, que consiste na guarda de dinheiro especificamente para ser usado em acontecimentos inesperados que geram custos.
Pense em longo prazo
E já que estamos falando sobre o futuro, nada mais adequado que se planejar para ele. Afinal, se o objetivo é ser um casal para a vida inteira, o esperado é que façam planos em conjunto.
Mas, como quase nada é de graça, vocês precisarão de dinheiro para realizar seus sonhos, certo? Por conta disso, é fundamental conversarem para decidirem qual a melhor maneira de guardar dinheiro para esse propósito.
Por exemplo, pode ser comprar uma casa nova em três anos, fazer outra viagem de lua de mel em cinco anos ou ter um bebê. Não importa o motivo, o importante é escolher um tipo de investimento que se alinhe às metas do casal e, ao mesmo tempo, gerar um bom rendimento.
O primeiro passo para isso é conhecer um pouco mais a fundo sobre os produtos de investimentos disponíveis no mercado, para qual perfil cada um é indicado, juros que podem ser obtidos, tempo de resgate, entre outras informações relacionadas.
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