Saber qual a diferença entre renda fixa e renda variável é o primeiro passo para decidir em qual produto financeiro aplicar o seu “amado dinheirinho”.
Indo direto ao assunto, o principal critério que difere esses dois tipos de investimentos é a questão da previsibilidade. Enquanto os ativos de renda fixa têm rentabilidade e prazos de retorno financeiro claramente definidos, os de renda variável não seguem esse princípio.
Mas isso não quer dizer que esse segundo modelo de investimento não seja interessante. Um dos seus pontos de destaque é que, ainda que não ofereça garantia de lucros, seus ganhos tendem a ser bem maiores que os praticados pelos produtos de renda fixa.
Em outras palavras, ainda que haja risco, ele pode ser compensado com um retorno financeiro mais satisfatório.
Porém, é preciso considerar que nem todas as pessoas têm esse perfil de investidor — que costuma ser o arrojado, ou até mesmo o moderado. Nesses casos, os investimentos mais tradicionais costumam ser a opção mais confortável.
Em qual dessas duas modalidades você prefere aplicar o seu dinheiro? Se ainda tem dúvidas, siga com a leitura deste artigo e confira qual a diferença entre renda fixa e renda variável para, então, tomar a sua melhor decisão!
Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?
Logo na abertura, quando dissemos qual a diferença entre renda fixa e renda variável, destacamos a questão da previsibilidade de lucros, certo? Porém, é preciso que você saiba também que há outros critérios que diferem um modelo de investimento de outros.
Assim, os três fatores que os distinguem são:
- risco;
- segurança;
- indicador de rendimento.
Risco
O fator risco está diretamente relacionado aos possíveis ganhos que uma pessoa pode ter ao comprar ativos e principalmente o quanto o preço do ativo varia ao longo de período de investimento.
No caso da renda fixa, quem está investindo tem, previamente, a informação de quanto seu dinheiro pode render em determinado período. Já na renda variável isso não acontece, visto que os critérios de lucratividade utilizados são voláteis, ou seja, sofrem mudanças constantes.
Alguns exemplos de influências que podem causar oscilações na rentabilidade dos ativos de renda variáveis são modificações do mercado e cenário político.
Porém, é bem importante destacarmos que isso não quer dizer que os ativos de renda fixa sejam totalmente livres de risco.
Os que podem acontecer com esse tipo de investimento são:
- perdas financeiras decorrentes da incapacidade do emissor do título de arcar com suas obrigações, o tal do risco de crédito;
- flutuações de índices, como os de taxa de juros e câmbio, afetando a rentabilidade;
- diferença entre o preço de compra e o de venda (liquidez), no caso de venda antecipada.
Segurança
Comparados aos ativos de renda variável, a grande maioria dos ativos de renda fixa têm uma camada de segurança extra, vinda do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade privada, sem fins lucrativos, criado com o objetivo de garantir o pagamento de valores a credores de instituições financeiras.
Resumidamente, ele funciona assim: imagine que você tem uma quantia investida em determinado produto e o banco que o administra entra em falência. Se essa instituição for coberta pelo FGC, esse órgão paga a você até R$ 250 mil, o que pode compensar ou, ao menos, diminuir a sua perda financeira com aquele banco que quebrou.
Mas, como estamos falando qual a diferença entre renda fixa e renda variável, é fundamental destacar que esse é um ponto de diferenciação, já que os ativos de renda variável não têm a cobertura desse fundo.
Indicador de rendimento
Indicadores de rendimento são os parâmetros usados para definir o percentual de lucratividade de um investimento.
Por exemplo, os produtos de renda fixa tendem a se basear na taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), no CDI (Certificado de Depósito Interbancário), entre outros similares.
Quando uma pessoa deixa o dinheiro rendendo até a data de vencimento do ativo, ao resgatá-lo receberá o percentual de juros acordado no início do contrato, considerando o índice aplicado.
Se, porventura, retirar antes, o cálculo de rendimento costuma ser feito sobre as taxas e preços praticados no dia do saque/venda. Porém, ainda assim, há uma previsão de rentabilidade positiva, na grande maioria dos casos.
Os produtos de renda variável, por sua vez, sofrem impactos de critérios não tão previsíveis como os citados, a exemplo de uma mudança no cenário econômico.
No entanto, é preciso evidenciar que isso não é sinônimo de algo negativo: ao mesmo tempo em que pode “puxar” sua valorização para baixo, também pode elevá-la consideravelmente se olharmos em prazos mais longos, como acima de 3 anos, por exemplo.
O que é renda fixa e renda variável? 15 exemplos de investimentos
Para ficar mais clara qual a diferença entre renda fixa e renda variável, trouxemos alguns exemplos desses dois modelos de investimento:
- ativos de renda fixa:
- Poupança
- Fundos
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
- Tesouro Direto Prefixado
- Debêntures
- Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA)
- Letra de Câmbio
- Previdência Privada
- ativos de renda variável:
- Ações
- Opções
- Fundos Multimercado
- Fundos de Índices (ETFs)
- Fundos Cambiais
- Ouro
- Criptomoedas.
Como escolher o melhor investimento?
Agora você sabe qual a diferença entre renda fixa e renda variável, certo? Espera! Ainda tem dúvidas sobre qual a melhor opção para a sua carteira de investimentos? Sem problema! Vamos dar a você “uma luz” quanto a isso.
A escolha do melhor tipo de investimento depende do seu perfil de investidor e dos seus objetivos em curto, médio e longo prazo.
Para saber qual o seu perfil de investidor, a sugestão é fazer o chamado teste de suitability. Trata-se de um questionário que deve ser disponibilizado por bancos e instituições financeiras que oferecem aos seus clientes produtos de investimento.
Ao responder perguntas como “Por quanto tempo pretende deixar o seu dinheiro investido”, ou “Qual porcentagem pode aplicar mensalmente”, é possível identificar se você é uma pessoa conservadora, moderada ou arrojada no que se refere a aplicações financeiras.
Feito isso, pode relacionar o seu perfil aos ativos de investimentos disponíveis — por exemplo, se for conservador, os ativos de renda fixa podem ser uma boa opção; se moderado ou arrojado, as ações e moedas digitais tendem a ser interessantes para compor a carteira.
Somado a esse ponto, não deixe de considerar quais são os seus objetivos e quanto eles impactam no tempo que pode deixar o dinheiro aplicado.
O motivo desse cuidado é que vários investimentos requerem que o valor fique “parado” nele por determinado período para gerar lucratividade. Assim, se você precisa do valor em seis meses, por exemplo, precisa considerar um produto que permita saque/venda nesse intervalo sem grandes perdas.
Vale a pena diversificar a carteira de investimentos?
Diversificar a carteira de investimentos pode ser uma prática bem interessante, visto que você terá a chance de colher os benefícios de diferentes ativos simultaneamente.
Porém, é bem importante conhecer um pouco mais sobre as diferentes opções de produtos financeiros antes de tomar a sua decisão.
No caso das moedas digitais, por exemplo, é fundamental que você saiba que a volatilidade característica desse mercado impede de dar à pessoa que está comprando lucros no momento da venda.
Mas, ao conhecer melhor esse universo, você aprende como fazer as suas negociações da melhor forma possível!
Sobre isso, convidamos você para ler o artigo “Como e onde estudar sobre criptomoedas? 5 formas de saber mais sobre ativos digitais!”.
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