Se a sua ideia é se aventurar, ou se aperfeiçoar, nas tradings, precisa saber agora mesmo o que é a Teoria de Dow.
Teoria de Dow é uma forma de análise técnica voltada para ativos de renda variável que tem como base o registro das variações de preços para visualizar cenários futuros.
Criada por Charles Henry Dow, jornalista americano influente e fundador da Dow Jones Company e do célebre jornal econômico The Wall Street Journal, a principal proposta dessa teoria é ser uma ferramenta eficiente de acompanhamento de cotações.
Em outras palavras, servir de instrumento para seguir o sobe e desce dos preços de um determinado ativo e, com isso, dar ao trade a chance de interpretar de maneira mais assertiva as movimentações e tendências do mercado em questão.
Bom, nem precisamos dizer que recursos como esse são uma “mão na roda” no mundo das criptomoedas, não? Afinal, se existe um ativo mais volátil que as criptos, ainda está para nascer!
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Entender essas mudanças é fundamental para analisar a propensão de crescimento de uma criptomoeda e, com isso, conseguir tomar decisões melhores sobre compra e venda.
Por isso, continue a leitura deste artigo e confira o que é Teoria de Dow, como funciona, quais são os seus princípios e muito mais sobre o tema!
O que é Teoria de Dow?
Teoria de Dow, que também é conhecida como chartismo, é uma análise focada totalmente nas oscilações de valores de um determinado ativo.
Criada por Charles Dow em 1884, é uma das formas de acompanhamento de preços mais marcante da história dos mercados financeiros de renda variável, e tem como principal objetivo dar a traders e investidores uma forma mais assertiva de seguir a volatilidade de um bem.
Dow criou a teoria que leva o seu nome quando percebeu a necessidade de um índice econômico que permitisse o registro mais preciso das variações dos preços das ações. Hoje, sua teoria é usada para além desse ativo, sendo aplicada para todos os que sofrem variações de valores consideráveis, como é o caso das criptomoedas.
Quais são os princípios da Teoria de Dow?
Dow usava os editoriais do seu jornal The Wall Street Journal para dar as diretrizes e divulgar conclusões sobre sua teoria. Mas ainda que não exista um livro sobre a Teoria de Dow, seus princípios foram definidos e têm como base estudos sobre tendências de mercado.
Desse modo, seus princípios são embasados em dados e eventos passados de determinado ativo, incluindo valores de fechamento, padrões gráficos e volume de negociações de certo período.
Assim, os princípios da Teoria de Dow são:
- os índices e preços já descontam tudo;
- o mercado se move em três tendências;
- princípio de confirmação;
- volume convergente;
- utiliza as cotações de fechamento para o cálculo das médias;
- a tendência acontece até que seja substituída por outra oposta.
Os índices e preços já descontam tudo
Segundo Dow, os índices e preços bastam para refletir o que está acontecendo em um determinado mercado. Isso porque, basicamente, eles são reflexo de acontecimentos, notícias, posicionamentos de pessoas e/ou empresas influentes, entre outros eventos que ajudam a puxar o preço de um ativo para cima ou para baixo.
O mercado se move em três tendências
O jornalista também constatou que as movimentações do mercado seguem apenas três tendências (ou ondas) principais, que são a:
- primária: a mais forte e mais movimentada (de longo prazo);
- secundária: consideradas como movimentos de correção e equilíbrio da primeira onda (de médio prazo);
- terciária: em menores proporções, com pequenas variações de preços que acontecem em decorrência da segunda onda (de curto prazo).
O princípio de confirmação
Para serem considerados válidos, Dow defende que os índices de preços de mercado devem caminhar juntos, de modo que um confirme o outro. Somente com esse alinhamento é possível confirmar uma tendência e trazer confiabilidade para um cenário.
O volume convergente
Aqui, parte-se do princípio que somente um bom volume de movimentações (negociações) consegue comprovar uma tendência.
Isso acontece porque, segundo o jornalista, volumes baixos podem ser apenas indicativos de algo pontual, ou de um comprador/vendedor mais agressivo. No sentido oposto, quando o volume aumenta, é sinal que realmente o mercado está sofrendo uma mudança significativa.
Utilização das cotações de fechamento para o cálculo das médias
Nessa teoria, os preços máximos e mínimos são desconsiderados. Desse modo, o cálculo resulta em uma média, a qual é definida considerando as cotações registradas no momento do fechamento do mercado.
A tendência é vigente até que seja substituída por outra oposta
Uma vez identificada, a tendência é considerada válida até que surja outra que siga um caminho oposto a ela, ou seja, que gere uma reversão.
Em outras palavras, é mais ou menos como a 1° Lei de Newton, que diz: “Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.”
Assim, enquanto outra mudança de preço clara — seja para cima, seja para baixo — não puxar a valorização de um ativo, a tendência atual se mantém.
Como usar a Teoria de Dow na análise técnica de criptomoedas?
Para usar essa teoria na análise técnica de criptoativos é preciso considerar os grandes movimentos desse mercado, e não seus indicadores e fundamentos. Por essa razão, saber como analisar gráficos de criptomoedas é essencial.
Somado a isso, é bem importante se atentar também às críticas atribuídas a esse conceito ao longo dos anos, tais como:
- trata-se de um tipo de análise tardio, visto que uma tendência só é considerada válida após sua confirmação, tempo que pode gerar perda de boas oportunidades de negociação;
- pode comprometer transações de curto prazo, pelo mesmo motivo de exigir a confirmação da tendência;
- os três tipos de ondas (primária, secundária e terciária) podem gerar dúvidas de quando termina uma para começar a outra.
Ou seja, esses são alguns pontos a serem considerados antes de usar essa teoria na sua estratégia de trading.
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