O que é AML? Como o Anti-Money Laundering impacta o mundo cripto?

o que é AML

Quem é entusiasta do mundo das criptos precisa saber o que é AML, sigla para Anti-Money Laundering, que, em tradução literal para o português, significa “contra a lavagem de dinheiro”.

Neste momento você deve estar se perguntando: “Mas por qual motivo preciso saber sobre isso?” Segue a leitura que você vai entender!

De forma bem resumida, AML é um conjunto de procedimentos, regulamentos e leis que visam impedir a lavagem de dinheiro, estratégia utilizada por golpistas e criminosos para transformar recursos ilícitos em lícitos.

Ok, mas onde as criptomoedas entram nessa história?” A resposta é relativamente simples.

A ausência de regulamentações específicas, a impossibilidade de reverter operações e a privacidade característica das transações com ativos digitais se tornam um cenário ideal para a prática desse tipo de crime.

Eu corro algum risco ao comprar e vender criptos por conta disso?” Diretamente, nenhum. 

Porém, para garantir a confiabilidade do mercado, as exchanges precisam adotar uma série de medidas que impeçam esse tipo de ação por parte dos criminosos. Dessa forma, protegem os chamados usuários legítimos e reduzem o risco reputacional do negócio.

Gostaria de saber mais sobre isso? Então, continue neste artigo e confira o que é AML, como funciona, qual a importância para o universo dos ativos digitais e muito mais sobre o assunto!

O que é AML (Anti-Money Laundering)?

Em inglês, a sigla AML significa Anti-Money Laundering, ou “Antilavagem de Dinheiro”, em tradução para o português. A estratégia consiste em uma série de regulamentos, ações e políticas que visam impedir os processos de lavagem de dinheiro, os quais são aplicáveis a qualquer moeda fiduciária ou ativo.

Trazendo isso para o contexto das criptomoedas, são requisitos de segurança que devem ser seguidos pelas corretoras (exchanges) a fim de aumentar a segurança dos seus clientes, reduzir seu risco reputacional (danos à reputação da instituição) e contribuir para o combate aos crimes financeiros.

Nesse cenário, o AML também ajuda a evitar o financiamento ao terrorismo, o contrabando internacional e a fraude fiscal. 

Quer entender mais sobre essas conexões? Siga conosco!

O que é lavagem de dinheiro?

Lavagem de dinheiro é nome dado ao processo criminoso de executar atividades que deem ares de legitimidade a uma quantidade de dinheiro oriunda de fontes ilegais, como se estas fossem lícitas. Para exemplificar, podemos citar o tráfico de drogas, a venda de armas e o financiamento ao terrorismo.

O nome vem do fato de que, na lavagem de dinheiro, a quantia considerada “suja” passa por um processo que o “lava”, fazendo com que ele pareça limpo, ou seja, legal. 

A prática da lavagem de dinheiro é conhecida no cenário político e corporativo, quando os chamados “criminosos do colarinho branco” usam artimanhas para inserir quantias elevadas de dinheiro ilegal no fluxo de caixa de instituições que funcionam segundo os preceitos da Lei. 

Para evitar que essas práticas aconteçam, as instituições financeiras passaram a adotar as chamadas políticas AML, com o objetivo de detectar atividades suspeitas e impedir que o dinheiro criminoso passe pelo fluxo de “limpeza”. 

Qual é a principal forma de lavar dinheiro? 

Em geral, os criminosos usam negócios que geram fluxo de caixa (como estabelecimentos comerciais, postos de gasolina etc). A partir daí, inflacionam faturas e notas fiscais simulando transações comerciais de valor acima daqueles que, de fato, foram negociados, para “inserir” parte do montante a ser lavado.

Com isso, ganham uma justificativa aparentemente legítima para justificar a posse do valor.

Etapas da lavagem de dinheiro

Existem 3 etapas envolvidas no processo de lavagem de dinheiro. Elas são conhecidas como colocação, ocultação e integração. 

A colocação é a inserção do “dinheiro sujo” no sistema financeiro reconhecido como legítimo. Já a ocultação, também chamada de estruturação, é a realização de diversas transações e truques contábeis que ajudam a camuflar a origem do dinheiro. A emissão de notas fiscais “frias” é um desses exemplos. Por fim, a integração representa o saque e reuso do dinheiro lavado. 

Como funciona o AML?

Os procedimentos de AML são específicos para cada setor econômico, e consideram as principais características de cada um dos segmentos. Além disso, eles diferem de um país para o outro.

Ainda assim, a ideia é que as medidas definidas para evitar a lavagem de dinheiro permitam monitorar o caminho percorrido pelo dinheiro ou ativo que está sendo investigado. Com isso, possibilitam a comprovação ou não de eventuais fraudes.

No caso das aplicações do AML no setor das criptomoedas, há a questão de as transações nesse mercado serem anônimas (uma vez que ocorrem no âmbito da tecnologia blockchain). E, uma vez que uma operação é feita, ela não pode ser revertida. 

Considerando isso, como as exchanges podem colocar o conceito de Anti-Money Laundering em prática?

Uma possibilidade é o uso de softwares específicos de Anti-Money Laundering, que possibilitam analisar o comportamento do usuário automaticamente e, caso algo “fora do comum” seja constatado, indicam à corretora uma potencial fraude. Logo, essas empresas podem trabalhar de maneira proativa, antecipando-se aos fatos. 

Nos próximos parágrafos, você conhecerá algumas das boas práticas adotadas. Continue lendo!

Analisando atividades e transações duvidosas

Imagine que um determinado cliente tenha o hábito de fazer três compras de criptomoedas por mês. No entanto, em certa época, ele realizou mais de 20 operações deste tipo, seguidas de vendas e saques em curto período.

Por meio de sistemas próprios de identificação de comportamento, a corretora fica ciente desta atitude anormal e, como medida de segurança contra uma possível ação de lavagem de dinheiro, tem a chance de tomar as medidas cabíveis.

Interrompendo as operações do usuário em análise

Uma dessas medidas pode ser o bloqueio temporário das operações desse cliente, isto é, impedi-lo de continuar comprando e vendendo ativos digitais.

Esse impedimento se mantém durante todo o período de investigação, até que seja comprovada, ou não, a fraude financeira.

Informando às autoridades competentes

Mesmo que o Brasil ainda não tenha uma regulamentação específica para as transações com criptoativos, caso uma exchange constate a suspeita de lavagem de dinheiro, é preciso reportar às autoridades competentes.

Denúncias desse tipo devem ser feitas diretamente ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf. 

Aliás, o Coaf não é um órgão fiscalizador, mas um canal de denúncia que centraliza e encaminha o ocorrido às devidas entidades, como Ministério Público, Polícia Federal e Receita Federal.

Qual a diferença entre AML e KYC? 

Agora que você sabe o que é AML, é bastante válido entender também o que é KYC — sim, são mesmo muitas siglas. Por isso, conhecer o dicionário cripto pode ajudar você a compreender todas elas!

E, voltando ao nosso tema, KYC é a abreviação de Know Your Customer, que, traduzindo para o nosso idioma, significa “conheça seu cliente”.

O KYC é uma medida de verificação que obrigatoriamente precisa ser atendida por todas as instituições financeiras e empresas prestadoras de serviço desse segmento. Consiste na exigência do envio de dados pessoais por parte dos usuários das soluções, a fim de comprovar suas identidades.

Com base nesses dados, todas as operações e transações financeiras realizadas são atribuídas a essa pessoa.

No que se refere às criptomoedas, ainda que as negociações não precisem dos dados pessoais — tudo é feito por meio de chaves — o KYC viabiliza que as exchanges saibam quem está por trás da movimentação, contribuindo para o rastreamento, se for necessário.

Basicamente, a principal diferença entre AML e KYC é que o primeiro é um conjunto de medidas e regulamentos, enquanto o segundo é uma atividade proativa desse conceito.

Qual a importância do AML para o mundo da criptos?

Agora que você sabe o que é AML, deve ter ficado um pouco mais claro porque ele é tão importante para o mundo das criptos, certo? Mas, para enfatizar, essa medida é uma forma de mitigar o crime de lavagem de dinheiro nesse setor.

A adoção da prática é essencial por conta das características desse mercado, sendo uma delas a questão da privacidade que norteia as operações.

Quando você compra e vende criptomoedas, sua identidade não é revelada, concorda? Tudo é feito utilizando as chaves, que são os códigos que permitem a realização das transações. Isso leva os criminosos a entender que estão “protegidos”, visto que seus nomes e demais dados não são revelados e eles permanecem no anonimato.

Somado a esse ponto, as operações de compra e venda de ativos digitais são irreversíveis. Ou seja, após a confirmação, não há como resgatar os fundos — a não ser que a pessoa que o recebeu devolva. Por conta disso, as autoridades não têm como recuperar os valores roubados.

As medidas de AML adotadas pelas exchanges são uma forma de conferir ainda mais segurança às operações de criptoativos e proteger as corretoras de terem seus nomes relacionados a crimes desse tipo. 

Como resultado, os clientes também ficam muito mais seguros e tranquilos, pois sabem que estão se relacionando com uma empresa idônea e totalmente transparente.

Protocolos de segurança Bitso

A Bitso é confiável tanto no que se refere a essa camada de segurança quanto em outras necessárias. Aplicamos diversas estratégias para manter seus fundos protegidos e sem exposição a riscos. 

Além de protocolos AML, a Bitso implementou, como medidas de cibersegurança, processos como: 

  • resposta rápida a incidentes;
  • padrões de segurança de acordo com a GPDR (General Data Protection Regulation);
  • vigilância 24h para detecção precoce de golpes e incidentes;
  • verificação em duas etapas;
  • programa de recompensas para valorizar quem contribui com a detecção e correção de eventuais brechas de segurança;
  • treinamento constante dos times de suporte. 

Conheça todas as nossas medidas de segurança, além dos certificados e licenças que tornam a Bitso uma das exchanges mais confiáveis do mercado. 

E, se ainda tiver dúvidas sobre como escolher uma exchange de criptomoedas, assista a este vídeo e confira quais pontos não podem faltar na sua análise.

Venha para a Bitso e faça parte do universo que já conta com mais de 6 milhões de usuários! E mais: você pode utilizar nossos serviços via aplicativos – disponíveis para Android e iOS

O Time Bitso é formado por especialistas em criptomoedas, garantindo informações seguras e precisas sobre o mundo cripto.