Ano após ano, mais pessoas interessadas em criptomoedas estão surgindo e, com tantos tópicos para dar atenção, pode ficar um pouco difícil saber por quais conceitos começar a estudar.
Um dos temas mais importantes, por exemplo, é a segurança nos ativos financeiros, sendo necessário entender como funciona a tecnologia por trás do Bitcoin e das criptomoedas, tal como o conceito do Hashrate.
Ainda não sabe o que é Hashrate? Sem problemas! Iremos explicar o que é e como ele fala da velocidade de mineração do Bitcoin, sendo um importante indicador. Vamos começar?!
O que é Hashrate
Hashrate é uma taxa. Aliás, “rate” em inglês quer dizer taxa, mas não no sentido de cobrança, e sim no sentido de “razão” ou “proporção”: a taxa de hash é a velocidade com que as operações aritméticas usadas para minerar podem ser calculadas.
Os hashes, essas operações, são usados para proteger informações, processando dados em código. O hashrate é um indicador medido em unidades de hash/segundo. Em outras palavras, representa a quantidade de cálculos que as máquinas podem processar a cada segundo.
Basicamente, ele mostra o poder computacional utilizado durante o processo de mineração do Bitcoin. O hashrate é de extrema importância por dois motivos:
- para quem compra Bitcoin, porque a criptomoeda depende do blockchain para existir e ser transacionada, e ele “roda” com o poder computacional da rede, ou seja, conforme a capacidade de processamento de hash por segundo (a chamada de taxa de hash ou hashrate). Isso impacta a velocidade das transações;
- pela importância analítica para os Masters Nodes, que monitoram o desempenho da rede blockchain, levando em consideração o nível de dificuldade ajustável e o tempo durante a mineração.
Por que o hashrate é importante?
Além de ser uma medida para a “saúde” da rede, o hashrate também é um indicativo essencial da atividade e da velocidade de mineração de Bitcoin. Por esse motivo, dar atenção ao hashrate de Bitcoin vale para entender sua influência na segurança e na sustentabilidade da rede.
Isso acontece porque o ganho dos mineradores do Bitcoin, que recebem recompensas após cada bloco minerado, está relacionado à taxa de hash. O motivo é que, quanto maior o hashrate, mais blocos estão sendo minerados.
E se você está se perguntando como pode descobrir a taxa de hash da rede, saiba que é simples! Essa taxa é feita da razão de hashes resolvidos por segundo, o que indica a soma do poder computacional de todos os mineradores que compõem a rede Bitcoin.
O cálculo dessa soma é feito como uma estimativa com base no número de mineradores e na dificuldade de mineração na rede. Pelo fato de o algoritmo usado ser extremamente complexo, a única maneira conhecida é a tentativa e erro. Portanto, não é possível saber com exatidão – mas o indicador está ali.
Dessa forma, quanto maior o número de computadores conectados à rede, melhor o hashrate e, assim, maior sua descentralização, bem como sua segurança e a velocidade das transações.
Conflitos e políticas estatais também interferem no hashrate
Você já deve ter ouvido falar do banimento do Bitcoin em alguns países, certo? Desde que o Bitcoin surgiu, em 2009, sempre houve o receio de que ele poderia ser banido por governos ao redor do mundo.
O Bitcoin é constantemente acusado de ser uma ameaça ao sistema monetário tradicional, justamente por conta do seu potencial de diminuir o poder dos Bancos Centrais.
Outro ponto de críticas governamentais é a alegação de que existem preocupações quanto à moeda facilitar práticas ilícitas, como o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Isso por conta da privacidade e da natureza “pseudo anônima” da rede. Na Bitso, inclusive, temos práticas exigentes de diligência prévia contra esses atos.
De todos os países que tomaram medidas totais ou parciais em relação ao Bitcoin até o momento, a mais notável foi na China, que proibiu qualquer prática com criptomoeda, sendo uma das medidas mais agressivas envolvendo o assunto.
O ponto é que a China era um país responsável por grande parte da mineração da moeda e, consequentemente, também pelo hashrate do Bitcoin. Sozinha, ela chegou a representar cerca de 75% da atividade.
Apesar de o hashrate do Bitcoin ter sido abalado momentaneamente com o proibição, a rede, por sua classe algorítmica, se reajustou em pouco tempo, não comprometendo, portanto, sua segurança. Mais uma vez, a moeda descentralizada mostrou sua eficiência.
Como é feita a mineração de Bitcoin?
A mineração é o processo pelo qual a criação e as transações de algumas criptomoedas são verificadas e registradas no blockchain. No caso da mineração do Bitcoin, o índice de hashrate é fundamental para avaliar a atividade e a velocidade de mineração.
Os mineradores são as pessoas ou empresas que usam a força computacional das máquinas para calcular os hashes da rede e recebem recompensas em Bitcoin por cada bloco minerado.
A cada dez minutos, em média, surge um novo bloco de Bitcoin. Esses blocos registram as transações realizadas no blockchain, e cabe aos mineradores verificar a validade das informações contidas em cada novo bloco. Apenas um minerador pode fazer isso, e é aí que entra o hash.
Só recebe a recompensa em Bitcoin o primeiro minerador a resolver o problema numérico contido naquele bloco (hash), num processo que é conhecido como “prova de trabalho” (PoW). Essa resolução pode envolver trilhões de tentativas, por isso demanda muitos recursos energéticos e o hardware utilizado deve ter grande potencial computacional.
À medida que a quantidade de mineradores aumenta, esse grupo consegue resolver mais hashes por segundo, e isso melhora a taxa, ou seja, o hashrate – o que impacta na velocidade de novos blocos na rede.
Por ser descentralizada, sem os mineradores esta rede de criptomoedas simplesmente não funcionaria. São eles que mantêm a integridade da rede e que introduzem novos Bitcoins no sistema, ao resolver cálculos sequenciais complexos.
Os mineradores são validadores das informações, porque, no Bitcoin, não existe uma autoridade central que diz que uma pessoa tem certa quantia de dinheiro na conta, ou que ela pode transferir certa quantia de dinheiro para outra pessoa.
Agora que você entendeu um pouco como funciona a mineração, vamos entender como funciona a velocidade da mineração Bitcoin e como isso afeta todo o sistema.
Como é a velocidade de mineração do Bitcoin?
Para minerar Bitcoin, é preciso ter um computador com alta capacidade de processamento. Diante dessa dificuldade, não é possível executar o processo com um computador caseiro. Os mineradores compram máquinas que foram feitas especialmente para minerar Bitcoin, como as ASICS.
Para descobrir a sequência que torna o bloco de transações de Bitcoin compatível com o bloco anterior, ou seja, minerar, a máquina precisa efetuar milhares de tentativas por segundo para ter a combinação perfeita. Sendo assim, elas precisam ser de enorme potência.
Por ser impossível uma pessoa só descobrir um bloco, existem pools (“piscinas” ou grupos) de mineração que aplicam poder computacional para obter a recompensa por bloco. Segundo o site Decrypt, em 2020, um minerador que contribuía com 1% da taxa total do pool (cerca de 205 petahashes por segundo) ganhava cerca de 1,494 BTC por dia.
E como ocorre a velocidade de mineração de blocos na rede? Tem regra?
Sim! A cada dez minutos, um novo bloco é minerado e seus mineradores (“resolvedores do problema matemático”) são recompensados com Bitcoin. É como uma corrida para resolver esse quebra-cabeça criptográfico, que é cada vez mais difícil e requer uma quantidade significativa de energia.
Pronto para começar?
Agora que você já sabe tudo sobre o hashrate do Bitcoin e o quanto ele é importante para a saúde do sistema, vale continuar acompanhando o preço do Bitcoin também, que é seu principal indicador.
Aproveite e acompanhe pelo aplicativo da Bitso as flutuações do Bitcoin e de várias outras moedas, como Chainlink, Bitcoin Cash e Litecoin, em tempo real e pela tela do seu smartphone!
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