Quando a organização financeira escala do individual para o coletivo, seja em casal ou com filhos no contexto, uma dúvida frequente é como fazer o orçamento familiar.
Como não existe apenas uma variável para considerar em relação a gastos, objetivos e investimentos para o futuro, é importante estudar as melhores formas para adequar a realidade financeira e conseguir ter uma vida confortável.
Com a instabilidade financeira dos últimos anos, o tópico dinheiro passou a ser a maior preocupação de 74% dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa da fintech Onze para o portal de notícias G1.
Esse contexto é vivenciado tanto por quem é CLT quanto por profissionais autônomos. Por isso, ter uma conversa aberta em casa sobre gastos, objetivos e maneiras de poupar nas contas mensais é tão importante.
Para te ajudar a ter um diálogo saudável em casa, reunimos neste artigo algumas dicas de como fazer o orçamento familiar. Continue lendo e confira!
Como fazer o orçamento familiar em 7 passos
O orçamento familiar ajuda a moldar hábitos e a alcançar um conforto financeiro, afinal, apenas gastar, sem ter um plano b ou um “pé de meia” para os momentos de urgência criam situações muito difíceis de lidar.
As dicas abaixo valem tanto para fazer a dois quanto para colocar em prática quando já se tem filhos, o que agrega mais um desafio na organização financeira. Confira!
1. Normalize a conversa sobre dinheiro
O dinheiro é um assunto tabu para muitas pessoas, o que dificulta o acesso à educação financeira que, muitas vezes, só vem depois de um grande aperto e de ter que lidar com as consequências no bolso.
Se você mora com um companheiro(a), converse sobre como será a divisão das contas fixas da casa, objetivos em comum e como poupar dinheiro escolhendo uma alternativa compatível com o perfil de investidor de cada um.
Também é importante destacar que os lados envolvidos devem ter e compartilhar (se quiserem) seus objetivos pessoais, no que querem investir, entre outros detalhes.
Já para famílias com filhos, os pais podem conversar entre si e contextualizar os filhos sobre os objetivos conjuntos, valor de mesada e também ensinar sobre educação financeira, o valor do dinheiro e consumo consciente.
2. Entenda seu padrão de vida
O padrão de vida está associado à renda e poder de compra, o que proporciona um nível de bem-estar e acesso a bens e serviços. Então, quando se trata de orçamento familiar, é fundamental entender qual é esse parâmetro.
O principal objetivo é analisar de forma realista se o estilo de vida a dois ou em família está compatível com a renda atual. Afinal, a meta é ter um orçamento familiar dentro desse limite e, se possível, com planos para melhorar de padrão.
Então, a parceria e dedicação a esse exercício de autoconhecimento é bastante importante para aprender a priorizar o que é importante para a família e abrir mão de algumas coisas para se dedicar a um objetivo maior.
3. Mantenha uma planilha de gastos
O próximo passo para fazer um orçamento oficial é definir um meio para acompanhá-lo. A melhor maneira de fazer isso é usando uma planilha de dados ou um aplicativo de celular para essa função.
Para facilitar o gerenciamento, divida os gastos mensais entre custos fixos e custos variáveis. Os custos fixos são os gastos essenciais como aluguel, condomínio, conta de luz, plano de internet, serviços de tv a cabo ou streamings assinados. E os custos variáveis são lazer, saídas para restaurante, cinema, supermercado, etc.
Outra definição importante da planilha é a data de pagamento das contas fixas. Tentar agrupá-las em datas de vencimento próximas ajuda na organização.
Ter uma conta conjunta só para as contas em comum também é uma solução interessante para que o casal mantenha a individualidade e seus investimentos e gastos pessoais separados.
4. Faça a divisão do orçamento familiar
Para quem está começando a fazer o orçamento familiar, é válido ir com calma e não ser radical na hora de estabelecer limites e hábitos para uso do dinheiro dentro do mês.
Uma dica para dar o primeiro passo, é fazer a divisão da renda familiar da seguinte forma:
- 50%: para pagamento dos custos fixos;
- 30%: para pagamento dos custos variáveis;
- 20%: para poupar e investir.
Em uma família que é apenas o casal, por exemplo, e as contas são divididas meio a meio, cada um fica com 25% do valor dos custos fixos, 15% dos custos variáveis e 10% do investimento.
A ideia é que a divisão ajude na disciplina, parceria e no compromisso entre a família. Dessa forma, cada pessoa pode incluir o montante pelo qual é responsável no seu planejamento financeiro pessoal.
No futuro, a divisão do orçamento familiar pode evoluir de forma que 70% do orçamento seja dedicado para contas fixas e variáveis e 30% seja alocado em tipos diferentes de investimento.
5. Escolham investimentos em conjunto
Apesar de a poupança ser a forma mais comum e popular entre os brasileiros para guardar dinheiro, os investimentos financeiros se tornaram alternativas acessíveis, permitindo começar com valores pequenos.
Ter metas para a família como fazer uma viagem todo fim de ano ou nas férias, comprar uma casa, trocar de carro ou comprar um presente desejado no aniversário ajuda a definir um objetivo que vai pedir a dedicação de todos os envolvidos.
Na hora de escolher o tipo de objetivo, é válido estudar opções de curto, médio e longo prazo e as condições de rendimento para que o investimento atenda o objetivo proposto.
Leia também: Como escolher o investimento certo? 5 dicas que podem ajudar você a tomar essa decisão!
6. Analise em quais contas é possível economizar
Outra dica para fazer o orçamento familiar ficar mais enxuto é analisar em quais contas é possível economizar tanto eliminando excessos e gastos desnecessários quanto reduzindo o valor de algumas contas fixas ou buscando opções mais baratas. Algumas estratégias são:
- definir um número de pedidos por delivery por mês;
- reduzir tarifas bancárias, migrando para um conta digital ou solicitando uma conta de serviços essenciais no seu banco (ambas isentas de tarifas);
- rever a quantidade de serviços de streaming que você assina e se todos são realmente utilizados;
- mudar o plano de internet ou celular para um mais barato;
- implementar hábitos para economizar energia elétrica na casa;
- eliminar cartões de crédito que tenham um limite muito superior à renda, entre outros.
Leia também: 5 dicas de como evitar o desperdício de energia elétrica.
7. Realize um balanço mensal do orçamento
Por fim, é importante saber se o orçamento familiar está sendo realmente efetivo. Para isso, é importante fazer um balanço mensal para avaliar se as medidas de economia foram alcançadas.
Além disso, os membros podem avaliar juntos onde será aplicado o dinheiro que foi economizado, incentivando o hábito de pensar antes de gastar.
Gostou das dicas? Então, agora é o momento de colocar a mão na massa e convocar seu companheiro(a) para a missão de melhorar a qualidade de vida da família no presente e no futuro, evitando os erros do passado. Boa sorte!
Este artigo foi escrito pela Esfera Energia, empresa referência nacional em gestão de energia no Mercado Livre de Energia e Geração Distribuída.