Muitos profissionais que fazem uma organização financeira, planejam tanto o presente quanto o futuro. Para isso, apostam em diferentes produtos financeiros, especialmente os que têm bom rendimento a longo prazo. E já pensou incluir nos planos o Bitcoin com aposentadoria?
Isso mesmo. O Bitcoin, a criptomoeda mais conhecida e valorizada do mercado cripto atualmente.
Via de regra, a compra de criptomoedas não é classificada como um investimento e, pois não é uma aplicação que possui garantias. Por mais que uma moeda tenha uma boa cotação hoje, não é possível fazer previsões quanto a manutenção desse status.
Quando se trata de aposentadoria, cada país tem uma legislação e períodos diferentes. No Brasil, por exemplo, para se aposentar por tempo de contribuição é preciso ter, no mínimo, 15 anos.
Um período de tempo longo, a volatilidade e a não regulamentação do Bitcoin levantam discussões pelo mundo quanto a sua utilização como um ativo de longo prazo.
Neste artigo, vamos falar de algumas novidades recentes sobre o uso do Bitcoin com aposentadoria, entender se é viável e alguns prós e contras dessa escolha.
Previdência privada com Bitcoin: novidade nos EUA
Em junho de 2022, a Fidelity Investments, uma empresa norte-americana que gerencia 1/3 do mercado de previdência privada do país, anunciou que incluiu o Bitcoin no portfólio de investimentos dos planos de aposentadoria 401(k).
O plano 401(k) é um tipo de plano de previdência com contribuição definida no qual o funcionário paga por mês um valor específico debitado na folha de pagamento e a empresa tem a opção de depositar um valor igual ou parte do valor original.
Quem escolhe as opções de investimento é o funcionário e, agora, os trabalhadores terão a possibilidade de colocar até 20% dos recursos em criptomoedas como o Bitcoin.
Por ser uma empresa relevante no mercado de previdência privada, a notícia mexeu com o mercado financeiro e até com os órgãos governamentais do setor do Trabalho dos Estados Unidos.
Os principais argumentos giram em torno da pouca regulamentação, da alta volatilidade e do pouco tempo de existência das criptomoedas.
A MicroStrategy, empresa do setor de Business Intelligence e Analytics, é uma das empresas que anunciou que vai aderir à nova proposta da Fidelity e oferecer o Bitcoin entre as opções de seu fundo de previdência privada.
Essa opção seria viável no Brasil?
Comparando a novidade do mercado norte-americano ao brasileiro, atualmente, ainda existem questões normativas a serem resolvidas para que a inclusão de criptoativos em fundos de previdência privada seja considerada.
Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) em entrevista à revista Valor, essa possibilidade ainda não é viável.
As empresas seguradoras do país seguem o que está estabelecido na Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 4.993, que permite apenas as seguintes opções de investimentos tradicionais:
- renda fixa;
- renda variável;
- imóveis;
- investimentos sujeitos à variação cambial, entre outros.
Vale destacar que entre outras opções mencionadas não constam criptoativos.
Como se aposentar mais cedo com Bitcoin?
Por meio de fundos de previdência privada não é possível alocar recursos em Bitcoins ou outras criptomoedas, mas de forma independente, é possível criar um plano para comprar o ativo com o objetivo de longo prazo.
Para isso, é necessário ter um planejamento financeiro organizado, objetivos bem definidos e conhecimento sobre criptoativos.
Como os ativos são voláteis, sem uma estratégia e um bom acompanhamento para fazer uma progressão de aquisição de moedas digitais, o plano de ser um aposentado com Bitcoin, pode não ter sucesso.
Alguns pontos importantes que devem ser considerados são:
- uma meta de aquisição em criptomoedas (Bitcoin e outras);
- o valor em moeda fiduciária que se pretende alocar;
- a periodicidade das compras (mensal, semanal, etc.);
- o prazo para a meta ser alcançada.
Existe uma estratégia chamada de DCA (Dollar Cost Averaging) por meio da qual o usuário define um montante fixo para converter na criptomoeda de interesse mensalmente.
Um investidor europeu chamado Bitster Money Mustache tem como objetivo acumular 1 milhão de euros para se aposentar e, utilizando o DCA, ele converte 500 euros por mês em frações de Bitcoins.
A estratégia é agressiva, mas o planejamento é viável para o europeu e faz parte da sua estratégia para alcançar a meta estabelecida.
Com o DCA, a constância da aplicação é mais importante que o preço do Bitcoin em si. Independentemente da cotação, o valor definido é alocado.
A estratégia se popularizou justamente por isso, pois é possível definir uma estratégia e valor compatível com as possibilidades financeiras individuais e comprar frações da criptomoeda.
Prós e contras do Bitcoin com aposentadoria
Antes de colocar em prática uma estratégia de Bitcoin com aposentadoria, é fundamental ponderar prós e contras. Para auxiliar nessa análise, citamos alguns pontos de cada lado do argumento:
Prós do Bitcoin com aposentadoria
Alguns prós de incluir o Bitcoin na estratégia de aposentadoria são:
- processamento rápido das operações;
- ausência de burocracias;
- maior liquidez e, consequentemente, maior possibilidade de movimentação;
- ferramentas e protocolos de segurança que evitam golpes e roubos de ativos.
Contras do Bitcoin com apresentadora
Na lista de contras do Bitcoin como ativo para aposentadoria estão:
- volatilidade dos preços das criptomoedas;
- valor totalmente especulativo (muito da expectativa de valorização do Bitcoin é baseada em análises que especulam o seu crescimento);
- é preciso investir em conhecimento para atuar no mercado cripto de forma estratégica;
- existe um alto risco de perda ao operar com ativos voláteis.
Mantenha suas moedas seguras
O recomendado para quem decide colocar o Bitcoin com aposentadoria é cautela, planejamento e diversificação. Não aloque todo o capital que você possui em criptomoedas.
A diversificação com opções tradicionais ajuda a estabilizar e a ter um plano consistente para o futuro. E como segurança é fundamental, é importante escolher as ferramentas certas.
Procure uma exchange de criptomoedas (ou corretora) que é a responsável por possibilitar a compra, venda e armazenamento de criptoativos.
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