Você sabe como se proteger contra o roubo de criptomoedas? Se você tem ativos digitais, precisa ficar atento na hora de fazer transações, armazenar seus dados e até clicar em links pela web.
Na prática, as blockchains são redes bastante seguras, protegidas por vários protocolos de segurança, autenticação de dois fatores e criptografias e, na maioria das vezes, os deslizes do próprio usuário deixam vulneráveis às informações de suas carteiras digitais.
De acordo com o site Comparitech, o ano de 2021 bateu recorde em valor roubado desde o início da análise em 2011. No total, um montante de mais de 2 bilhões de dólares foi subtraído.
Por isso, é importante ficar atento às vulnerabilidades na movimentação e armazenamento de moedas digitais para evitar ataques.
Quer melhorar a segurança das suas criptomoedas? Continue lendo e aprenda dicas para proteger seus ativos.
5 dicas de como se proteger contra o roubo de criptomoedas
Vamos abordar nos tópicos abaixo ações que vão te proteger contra o roubo de criptomoedas. São dicas simples, mas que cobrem os principais pontos para garantir a segurança dos seus ativos digitais. Confira!
1. Seja criterioso na hora de escolher onde criar sua carteira digital
Para estar protegido, é essencial começar de um local seguro. Existem várias empresas que oferecem o serviço de hot wallet, ou seja, carteira de criptomoedas conectadas a internet.
Então, pesquise as referências sobre cada potencial parceiro que você encontrar ou for indicado por um amigo. Acesse o site oficial, pesquise o tempo de mercado, países em que atua, tamanho da equipe, como funciona o suporte ao cliente, protocolo de segurança, entre outros detalhes.
É fundamental confiar no serviço escolhido para evitar riscos em relação à segurança dos seus criptoativos.
2. Use autenticação de dois fatores ou chave de hardware
Outra forma de garantir a segurança das criptomoedas é utilizar recursos de segurança adicional como autenticação de dois fatores ou chave de hardware.
A autenticação de dois fatores inclui mais uma etapa na verificação de acesso, além da senha padrão. Para acessar a conta, é necessário ter um código que é enviado por e-mail, SMS ou gerado por um aplicativo de autenticação.
Já a chave de hardware ou hardlock é um dispositivo USB que evita a pirataria de softwares. É útil se você fizer o download do programa da carteira digital para utilizá-lo no computador ou invés de no navegador.
3. Aprove todas as transações da sua conta
Alguns provedores de carteira digital permitem que os usuários aprovem todas as transações antes que elas sejam realizadas. Outro recurso de proteção é ter uma lista de contatos aprovados para receber transações da sua conta.
Dessa forma, qualquer tentativa de transferir suas criptomoedas para desconhecidos é barrada por este processo.
4. Divida seus fundos de criptomoedas
O fato de sua carteira digital ficar conectada à internet é uma vulnerabilidade. Para proteger contra o roubo, divida seus ativos entre uma hot e uma cold wallet.
Na hot wallet fica armazenada uma quantidade menor para transações de rotina e na cold wallet, que recebe este nome porque são dispositivos físicos que só são conectados a internet quando são utilizados, fica a maior parte dos ativos nos quais você investiu.
As cold wallets são acessadas por meio de uma chave privada, criada no momento da configuração do dispositivo e deve ser guardado fora da web, de preferência, e ficar disponível apenas para contatos seguros.
Saiba mais em >>> Hot, warm e cold wallet: em qual carteira guardar suas criptomoedas?
5. Tenha cuidado com o phishing
O phishing é um crime em que o golpista envia mensagens com links falsos que simulam, por exemplo, a empresa na qual você tem sua carteira digital. Quando o usuário clica no link é redirecionado para um endereço falso e as informações de acesso são roubadas.
Então, nunca clique em links para acessar algo que você não solicitou e fique atento a mensagens alarmantes e urgentes do tipo “Atualize seu cadastro agora mesmo” ou “Nova versão da plataforma. Atualize para não perder seu acesso”.
Por links falsos, sites infectados e extensões de navegador também podem chegar malwares que infectam o computador e roubam dados confidenciais. Fique atento e utilize apenas as plataformas oficiais para fazer contato.
Quais foram os principais roubos de criptomoedas?
Os roubos de criptomoedas atingem usuários e grandes empresas. Saiba quais foram os principais acontecimentos no mundo cripto nos últimos anos.
O roubo de US$ 620 milhões da Ronin Network
Em março de 2022, a Ronin Network, empresa sidechain do jogo Axie Infinity, foi hackeada e perdeu US$ 620 milhões. Esse foi o maior roubo de criptomoedas já registrado.
Os hackers levaram 173.600 em Ether (ETH) e 25,5 milhões em dólares. O ataque comprometeu os nós validadores da rede de criptografia da Ronin e Axie DAO e os golpistas conseguiram roubar o montante em duas transações.
Em uma investigação, a autoria do roubo foi atribuída ao grupo Lazarus, da Coreia do Norte. Em julho, a empresa anunciou que reabriria suas operações.
Primeiro grande roubo de 2022 na Wormhole
Antes da Ronin, a Wormhole teve um prejuízo de US$ 326 milhões em criptomoedas roubadas da sua plataforma em fevereiro de 2022.
A Wormhole é uma plataforma que serve de ponte de comunicação entre a Solana (blockchain que rivaliza com a Ethereum) e outras redes financeiras descentralizadas (DeFis).
Os hackers encontraram uma vulnerabilidade no sistema que, ao ser encerrado para investigação, viabilizou o roubo de 120 mil em Ethereum.
Ataque a hot wallet da Coincheck
Em 2018, um ataque resultou no roubo de mais de US$ 532 milhões da Coincheck, empresa japonesa de carteira digital para criptoativos.
Os criptoativos estavam em uma hot wallet, o que permitiu o acesso dos hackers. Os desenvolvedores do token NEM da plataforma conseguiram identificar e marcar as moedas roubadas.
Porém, o fato dos ativos estarem em mercados em mercados obscuros e a queda no valor após o ataque, não geraram o retorno que os golpistas esperavam, pois o token perdeu mais de 80% do seu valor.
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