Crypto as a Service em transferências internacionais: como esse recurso pode ajudar?

Crypto as a Service em transferências internacionais

O Crypto as a Service em transferências internacionais pode ser um recurso bastante útil nesse processo de transferência de dinheiro entre países. 

Aqui, partimos do princípio que o CaaS, como também pode ser chamado, é uma tecnologia que permite a bancos, fintechs, instituições financeiras e empresas dos mais variados segmentos a oferecerem serviços relacionados ao universo cripto, como a compra e venda de criptomoedas e a custódia de valores..

“Quer dizer que eu vou poder comprar, mandar e receber Bitcoin e outras criptos diretamente do app do meu banco?” Veja bem, se o banco com o qual se relaciona implementar a infraestrutura CaaS, sim, poderá. 

Se atentou que usamos os verbos no futuro para explicar isso? O principal motivo é que o conceito Crypto as a Service é algo ainda muito novo aqui no Brasil — na verdade, é uma das tendências esperadas para o decorrer de 2022.

No entanto, juntando a maneira como o CaaS funciona, o aumento da adesão às criptomoedas no Brasil e no mundo, bem como o crescimento do volume de transferência de valores realizadas, tudo indica que essa tecnologia será bastante útil nesse processo.

Somente para você ter uma ideia, uma matéria apresentada no site Época Negócios destacou que as remessas do exterior para o Brasil bateram recorde em 2021. Tendo como base dados do Banco Central, a reportagem informou que apenas entre janeiro e setembro do ano em questão as transferências destinadas para o nosso país somaram US$ 2,84 bilhões.

Essa quantia é a maior da série histórica que iniciou em 1995, e representa uma alta de 18% em comparação ao mesmo período de 2020.

Por outro lado, não é segredo para ninguém que enviar e/ou receber valores de outros países é um trâmite que gera cobranças de taxas e é bem burocrático. Além disso, há a questão da conversão da moeda para o real que, dependendo da origem, pode resultar em uma significativa desvalorização.

Nesse cenário, as criptomoedas estão sendo vistas como uma alternativa de baixo custo e de operação mais rápida. Atrelando isso ao conceito CaaS, a expectativa é que esse processo seja facilitado.

Quer saber como isso pode funcionar? Então continue a leitura e confira tudo sobre a implementação do conceito Crypto as a Service em transferências internacionais.

Qual o papel do Crypto as a Service em transferências internacionais?

Para falarmos sobre o possível papel do Crypto as a Service em transferências internacionais precisamos, primeiro, explicar o que significa essa solução, concorda? Então, vamos lá!

Crypto as a Service, ou simplesmente CaaS, é uma solução tecnológica em nuvem que viabiliza para que bancos, fintechs, instituições financeiras e empresas de variados segmentos possam oferecer aos seus clientes também o serviço de compra e venda de criptoativos.

Ainda que não sejam nativamente uma corretora de criptomoedas, negócios como os que acabamos de citar terão a chance de agregar ao seu portfólio os ativos digitais e, com isso, permitir que os clientes se beneficiem dessas negociações diretamente de suas plataformas.

Trazendo essa explicação para o mercado de remessas internacionais de valores significa, por exemplo, que diretamente da sua conta digital será possível comprar e enviar criptomoedas para uma pessoa que está em outro país — e o contrário também — desde que a instituição bancária tenha aderido ao CaaS.

Isso tornaria esse processo muito mais fácil? Certamente que sim. Porém, entretanto, todavia, para ele se tornar uma realidade, alguns desafios ainda precisam ser enfrentados.

Quais são os principais desafios do CaaS no uso em processos de transferência?

Basicamente, os principais desafios da utilização do Crypto as a Service em transferências internacionais são:

  • implementação;
  • regulamentação;
  • volatilidade;
  • segurança.

Implementação

Assim como dissemos logo no início deste artigo, o CaaS ainda é algo novo aqui no Brasil. Por conta disso, as companhias interessadas em adotar essa infraestrutura podem ter certa dificuldade para encontrar um parceiro que ofereça essa solução.

Entretanto, com um número crescente de pessoas que estão aderindo às criptomoedas e de empresas aceitando os ativos digitais como meio de pagamento, a tendência (e expectativa) é que as fintechs trabalhem rapidamente para criar e oferecer novas soluções para esse mercado.

Regulamentação

Existem regulamentações bastante específicas no que se refere às remessas de moedas fiduciárias para outros países, mas com relação às criptomoedas ainda não.

Por esse motivo, pode ser que as companhias que adotarem o Crypto as a Service em transferências internacionais encontrem obstáculos na hora de definirem suas regras operacionais. Inclusive, a depender do que for determinado, isso pode ou não ser um diferencial que atrairá ou afastará os clientes.

Volatilidade

Nunca se esqueça: os ativos digitais são bens extremamente voláteis. Na prática, isso quer dizer que a cotação que estão recebendo neste exato momento pode não ser a mesma no final do dia — comumente, os preços mudam em intervalos bem menores que esse, ou seja, em poucas horas, minutos, segundos…

Sendo assim, por mais que o CaaS possa facilitar o processo de envio de criptos, isso não quer dizer que haverá a garantia de valor. 

O que estamos querendo explicar aqui é que ninguém pode dar a você a garantia de preço de um criptoativo. Se encontrar no caminho uma empresa que afirme isso, corra para longe dela, por mais que o serviço oferecido seja bastante atrativo e prático de ser usado.

Vale destacar também que essa volatilidade pode afetar na definição das taxas que serão cobradas pela intermediação das transações, principalmente se forem percentuais em cima do valor transacionado.

Segurança

Mesmo que o conceito Crypto as a Service faça com que qualquer negócio possa oferecer os mesmos serviços que uma corretora de criptomoedas, é essencial ter em mente que, em linhas gerais, essas companhias não são especialistas nesse mercado.

Isso quer dizer que essas empresas precisarão transmitir, e garantir, a segurança dos seus clientes, adotando diversas boas práticas que levem a esse resultado. Do contrário, podem ter dificuldade de atrair público para esse novo serviço.

Você, enquanto pessoa que utilizará esse recurso, deverá se atentar a pontos como uso de certificado digital SSL (“https” no início do endereço do site), autenticação em duas etapas, entre outros.

Cuidados como esses são essenciais para evitar que você sofra algum tipo de golpe com criptomoedas, principalmente considerando que o CaaS é um mercado novo e sem muitos direcionamentos.

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