Escalabilidade do Bitcoin: o que é e os principais desafios

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A escalabilidade do Bitcoin é um assunto muito discutido entre os desenvolvedores, pois atualmente existem fatores que limitam a expansão da criptomoeda.

Mesmo diante de um mercado tão promissor como os dos ativos digitais e o projeto de  fazer do Bitcoin um sistema de pagamento mundial, como é o dinheiro tradicional, existem alguns desafios.

Apesar disso, a expectativa não é nada pessimista, pelo contrário, mesmo que ainda não haja uma decisão final para a questão da escalabilidade, os desenvolvedores estão apostando que ela será uma realidade. 

Quer entender melhor o que é escalabilidade, os desafios que o Bitcoin enfrenta e quais soluções já foram levantadas? Continue lendo o artigo e confira.

O que é escalabilidade em criptomoeda?

A escalabilidade é a capacidade de crescer e continuar a atender uma demanda, sem perder as qualidades originais que agregam valor.

À medida que um produto ou solução ganha escala, mais pessoas conseguem utilizá-los e obter os benefícios prometidos pelo recurso adquirido.

Então, a escalabilidade em criptomoeda é a capacidade que um ativo tem de processar um grande número de operações, permitindo que mais usuários a utilizem e/ou minerem.

A escalabilidade do Bitcoin é uma questão que está em pauta, pois considera-se que, atualmente, a criptomoeda não tem essa característica.

Por que a escalabilidade do Bitcoin não existe hoje?

Para entender os problemas relacionados à escalabilidade do Bitcoin é preciso entender, primeiro, como funciona essa moeda digital.

A base para as transações de Bitcoin é a blockchain, que registra todas as movimentações que são feitas como valores negociados, local da transação, dia, horário, entre outras informações.

A blockchain, por sua vez, é estruturada em blocos que, segundo as diretrizes de criação do Bitcoin possuem um limite de tamanho e uma frequência de processamento específicos.

Em números, isso significa que cada bloco pode ter até 1 megabyte de tamanho e cada novo bloco leva 10 minutos para ser gerado. 

Isso limita a quantidade de transações de Bitcoin que podem ser realizadas, impedindo a escalabilidade nos moldes atuais.

Ou seja, cada operação na blockchain ocupa um determinado espaço, que vai preenchendo o bloco onde está baseada e, assim, o espaço vai sendo preenchido, gerando a necessidade de extrair um novo.

Para se ter uma ideia, cada bloco comporta, em média, 2.048 transações e, a cada 10 minutos (equivalente a 600 segundos), a rede do Bitcoin suporta 3.41 tps (transações por segundo).

Essa capacidade de operação para um sistema descentralizado é muito robusta, mas a escalabilidade do Bitcoin ainda não está em um nível que a levaria a se autossustentar em escala global.

Em comparação às operações da VISA, que processa as transações de cartão de crédito no mundo todo, mas é um sistema centralizado, são feitas, em média, 1.700 tps, processando 150 milhões de operações por dia.

Quais os desafios de escalabilidade do Bitcoin?

O principal desafio de escalabilidade do Bitcoin está relacionado ao tamanho dos blocos na blockchain e os requisitos para mantê-los e otimizar seu funcionamento.

Como cada bolo tem um limite (1 MB), quanto mais blocos atingem sua capacidade máxima, mais lento fica o processamento da rede. Além disso, o tempo de espera para finalizar as transações também fica maior à medida que é preciso esperar que um novo bloco seja criado para inserir a transação e confirmá-la.

E a resolução não se trata pura e simplesmente de “esticar” o tamanho máximo dos blocos, pois isso gera outras necessidades. Veja a seguir quais são:

Capacidade de armazenamento

O espaço ocupado pelo blockchain do Bitcoin já ultrapassou 380 gigabytes (GB). Então, aumentar o tamanho dos blocos significa ter mais transações sendo processadas e, consequentemente, mais capacidade de armazenamento necessária a cada 10 minutos.

Como a ideia é que a escalabilidade do Bitcoin cresça em larga escala para atender mais pessoas, a pergunta é: onde tantos dados de mineração e revisão serão armazenados? 

Um detalhe bastante levantado sobre esse aspecto é que isso pode gerar uma centralização das operações. Ou seja, quem puder bancar uma infraestrutura maior, conseguiria fazer e controlar a mineração.

Velocidade

Outra necessidade importante para obter a escalabilidade do Bitcoin é a velocidade com que as operações são processadas na rede blockchain. 

Mais transações vão exigir que a internet tenha uma velocidade de conexão robusta para que todos os usuários tenham a mesma possibilidade de desempenho.

Porém, a qualidade da internet é muito variável no mundo, o que também favorece a centralização em quem tem acesso a essa tecnologia.

Custos de energia

Já se deu conta de que sem energia a blockchain do Bitcoin não existiria? Por isso, o custo com eletricidade para manter a rede ativa é uma preocupação importantíssima para a escalabilidade do Bitcoin.

Quanto maior for o sistema da criptomoeda e mais operações existirem, mais computadores precisarão trabalhar para processar as operações. Para que seja uma solução global, a conta será igualmente alta. 

Também entra na fatura a quantidade altíssima de gás carbônico emitida na mineração de apenas 1 Bitcoin — que já alcançou uma projeção de 4.000 Kg de CO2 por BTC minerado.

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Quais as possíveis soluções para a escalabilidade do Bitcoin?

Mas tais desafios não acabaram com o otimismo dos desenvolvedores de encontrar soluções para os problemas de escalabilidade do Bitcoin (BTC). Destacamos três deles abaixo:

  • Lightning Network: é uma solução que cria um canal de pagamento paralelo a rede do Bitcoin, onde o usuário deposita suas moedas sem taxas e faz micropagamentos de forma instantânea, melhorando a escalabilidade. Porém é uma alternativa apenas para as blockchains baseadas em BTC;
  • Sidechain: são blockchains alternativas, mas ligadas a do Bitcoin que seriam acionadas em casos específicos, seguindo suas próprias regras. Assim, reduziria a carga de trabalho quando necessário;
  • Segregated Witness (SegWit): essa estratégia tem como objetivo reduzir o tamanho das operações para que elas ocupem menos espaço, otimizando o uso dos blocos. Ativa desde 2017, os novos blocos com SegWit conseguiram bons resultados, mas o impacto na escalabilidade do Bitcoin não é grande.

Aposte nos estudos do mercado cripto

A escalabilidade do Bitcoin é um detalhe que muitos participantes do mercado cripto não se atentam ou sabem que existe. E é importante entender porque é algo que pode impactar na volatilidade da moeda, por exemplo, e no mercado em geral.

Além disso, ter o suporte de uma exchange de criptomoedas (ou corretora), que é a responsável por possibilitar a compra, venda e armazenamento de criptoativos, ajuda a atuar de forma segura.

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