Fusão do Ethereum: o que muda e como afeta o mercado cripto?

fusão do ethereum

A fusão do Ethereum, que vem sendo chamada de “Merge“, foi concluída no dia 15 de setembro e teve como objetivo mudar a maneira como a Ether, criptomoeda nativa da plataforma, é minerada.

A ideia é que a mineração da ETH passasse a ser realizada em um modelo operacional bem mais ecológico, reduzindo consideravelmente o consumo de energia elétrica que comumente é aplicado a esse processo.

A verdade é que desde 2014, ano em que essa cripto foi lançada, essa proposta já estava no radar da Ethereum, mas devido à complexidade técnica, foi necessário todo esse tempo até que fosse realmente colocada em prática.

Mas, assim como todas as mudanças, essa também gera uma série de impactos — os quais se esperam serem positivos para o mundo cripto. A pergunta que fica é: quanto isso afetará o mercado das moedas digitais, outras criptos ou mesmo a própria ETH?

Você também quer saber essa resposta? Então siga a leitura deste artigo e confira tudo sobre a fusão do Ethereum, considerada a maior revolução das criptomoedas!

O que é fusão do Ethereum? 

A fusão do Ethereum é uma mudança operacional nessa rede que modifica a maneira como a Ether, moeda digital nativa da plataforma, é minerada.

Desde a sua criação, a verificação da ETH era feita pelo processo Proof of Work (PoW), que em português significa “prova de trabalho”.

A mesma metodologia utilizada até agora pelo Bitcoin (BTC), pela altcoin Litecoin (LTC) e pela memecoin Dogecoin (DOGE), por exemplo, consiste no uso de poder computacional para a resolução de problemas matemáticos que validam as operações realizadas na rede e fecham seus blocos.

Ou seja, isso significa que os mineradores “emprestam” suas máquinas para as redes, em troca do pagamento de uma recompensa em criptomoedas pelo trabalho realizado — desde que esse seja validado pelo restante da comunidade.

Acontece que isso demanda de muita energia elétrica, impactando consideravelmente o meio ambiente, gerando a necessidade urgente de mudança.

Agora, com a fusão do Ethereum, o processo de mineração da ETH passa a ser feito pelo modelo Proof of Stake (PoS), na tradução, “prova de participação”.  

Quais são as principais características da fusão do Ethereum? 

É justamente essa mudança de PoW para PoS a principal característica da fusão do Ethereum. A ideia com essa alteração é que o consumo de energia para mineração da Ether reduza 99,9%, ou seja, é uma redução bastante significativa.

Para você entender como isso funciona, enquanto a Proof of Work requer computadores extremamente potentes para o processo, a Proof of Stake apenas exige que o interessado em entrar na mineração bloqueie uma quantidade específica das suas criptomoedas por um período determinado.

Dessa forma, a figura do minerador é substituída pela do validador, que processa as transações que acontecem na rede Ethereum, armazena as informações e adiciona os blocos nas redes. 

O modo como são remunerados por isso também muda: na prova de participação a recompensa é uma espécie de juros calculados sobre o valor que foi bloqueado no período.

Isso significa que, quanto mais criptomoedas são bloqueadas para conseguir participar do processo de validação dessa rede, maior será o retorno recebido (também em criptomoedas).

Quando foi a fusão do Ethereum?

Como dissemos logo na abertura deste artigo, a Ethereum Merge aconteceu em 15 de setembro de 2022. Em seu perfil no Twitter, Vitalik Buterin, cofundador da criptomoeda, publicou:

“E finalizamos! Feliz Merge a todos. Este é um grande momento para o ecossistema Ethereum. Todos que ajudaram a fazer a fusão acontecer devem se sentir muito orgulhosos hoje”.

Essa modificação causa uma grande e significativa na rede Ethereum, pondo fim a uma era na qual o processo de mineração exigia poderosos computadores para solucionar os problemas matemáticos e, com isso, validar as operações, por um muito mais ecológico.

Além de reduzir drasticamente o consumo de energia que, até então, era necessário nessas operações, a tendência também é aumentar o poder de escalabilidade da ETH, o que pode refletir diretamente no seu valor e participação no mercado cripto.

Qual a importância da fusão do Ethereum? 

Não se pode negar que mudar a forma como a mineração da Ether é feita causa um forte impacto nessa moeda digital e em todo o mercado cripto. Afinal, essa modificação chama a atenção para a necessidade de outras redes cogitarem alterações desse tipo, a fim de serem ecologicamente mais corretas.

Assim, entre os pontos que podemos destacar sobre a importância dessa fusão tanto para a rede blockchain Ethereum quanto para mundo das criptomoedas como um todo estão:

  • adoção de um processo de mineração mais ecológico, reduzindo consideravelmente o consumo de energia elétrica e, consequentemente, o reflexo que isso causa no meio ambiente;
  • democratização da entrada de novos mineradores (validadores), visto que não é mais necessário ter computadores potentes para entrar nesse processo, apenas saldo em criptomoedas;
  • melhora na escalabilidade da ETH, contribuindo para aumentar o espaço que ocupa no mercado de criptoativos.

Ainda que existam todos esses pontos positivos, não podemos deixar de destacar que esse foi, e continua sendo, um processo bastante complicado e complexo. Em uma comparação até meio insana, digamos assim, essa fusão é como querer mudar um prédio inteiro de vários andares de lugar sem afetar absolutamente nada da sua estrutura.

Entretanto, o que acontece é que qualquer detalhe que for esquecido pode afetar toda a rede Ethereum, provocar mais volatilidade a essa moeda digital e refletir negativamente em todo o mercado de criptomoedas.

O que acontece após a Merge?

Apesar de já ser oficial e estar implementada, a Merge ainda passará por mais três ou quatro etapas até que esteja 100% implementada. O processo inteiro está previsto para demorar entre dois e três anos, por conta disso, pode haver boas ou más surpresas nesse caminho.

A Bitso apoia fortemente a mudança do Ethereum para Proof-of-stake (PoS), processo que unirá duas camadas: a execução e o consenso. 

Aqui, vale destacar que quem tem ETH ou tokens ERC-20 na carteira não precisa fazer nenhum movimento, já que a função não afeta o que já foi minerado.

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