Sabe aquela oportunidade imperdível de comprar criptomoedas que um amigo que você conheceu pela internet te ofereceu? As chances da “oferta” ser boa demais para ser verdade são reais e, provavelmente, é o novo golpe da web: o golpe do ‘abate do porco’.
Quando se trata de armadilhas online, os golpistas são muito perspicazes para convencer as vítimas de que as oportunidades são legítimas.
Até quem tem mais conhecimento e sabe como manter suas criptomoedas em segurança está vulnerável a cair nesse tipo de golpe.
Nesses casos, a melhor solução é conhecer o tipo de golpe, suas características e, assim, poder evitá-lo.
Neste artigo, vamos explicar como funciona o golpe do ‘abate do porco’. Continue lendo e entenda como ele funciona.
O que é golpe do ‘abate do porco’?
O golpe do ‘abate do porco’ (pig butchering, no inglês) é uma armadilha na qual um golpista se passa por um especialista em cripto, amigo virtual ou até um potencial interesse amoroso e propõe investimentos envolvendo criptomoedas por meio de uma solução que ele conhece.
O nome ‘abate do porco’ vem do fato de que o investimento proposto até gera um retorno no início, o que encoraja a vítima a continuar, até que quando acumula um valor satisfatório o golpe acontece e a pessoa perde tudo.
É uma analogia ao processo de engorda utilizado na criação de porcos, em que os animais só são abatidos depois de alcançar a meta de engorda.
Dessa forma, golpistas estão dando prejuízos milionários aos donos de criptomoedas.
Nos Estados Unidos mais de 4 mil casos foram reportados ao FBI e, segundo uma matéria da BBC, as perdas equivalem a R$ 2,2 bilhões.
Quais são as características do golpe do abate do porco?
Uma das características do golpe do abate do porco é o canal onde as pessoas são abordadas. A matéria da BBC que citamos acima destaca que o LinkedIn é uma das redes muito visada pelos golpistas.
O motivo é que por meio do perfil profissional das pessoas, os responsáveis pelo golpe conseguem pegar algumas informações e saber se ela está envolvida ou se interessa por criptomoedas promissoras do mercado.
Munidos dessas informações, o contato começa com um interesse em oferecer consultoria financeira particular ou serviço de aconselhamento para a compra de criptoativos.
Mas o golpista também utiliza aplicativos de relacionamento, onde a abordagem segue um viés de criar confiança por meio de um possível envolvimento amoroso, e redes sociais em geral.
Outra característica é que o golpe não se desenrola em curto prazo. Quem pratica esse tipo de golpe usa técnicas de engenharia social por dias, semanas ou meses para criar confiança, usando técnicas de manipulação sutis.
Até porque uma vez que a vítima topa a proposta de investir em criptomoedas, é necessário aguardar um tempo até que aconteça um primeiro retorno e a pessoa continue investindo até chegar em um valor interessante para o golpista dar a “cartada” final.
A oportunidade oferecida é sempre imperdível. Lembra do ditado “quando a esmola é demais, o santo desconfia”? É exatamente esse o caso aqui.
Então, se conhecer alguém pela internet, nunca o viu pessoalmente e não conhece a empresa dona da oferta, fique atento, pois essa é outra característica do golpe do abate do porco.
O golpista vai tentar convencê-lo de que é um tipo de investimento legítimo, afinal ele vai demonstrar total conhecimento e vai usar a confiança criada na relação para convencê-lo.
Porém, é fundamental não se deixar levar. O mercado cripto é marcado pela volatilidade dos ativos e não existe oportunidade isenta de riscos ou que ofereça retorno altos com ações simples.
É fundamental ter conhecimento para atuar estrategicamente nesse mercado. Saiba mais características de golpes virtuais no vídeo abaixo:
Quem é o alvo desse tipo de golpe?
Uma especialista destaca na matéria da BBC que os principais alvos do golpe do abate do porco são pessoas que entendem de finanças e são graduadas — 80% têm diploma e possuem mestrado ou doutorado.
O tipo de profissão é bastante diversificado e a idade das pessoas que foram vítimas variam de 24 até 40 anos ou mais.
Os golpistas adaptam a abordagem e linguagem de acordo com a faixa etária e conhecimento da vítima e explora justamente suas vulnerabilidades para aplicar o golpe.
O golpe do abate do porco foi registrado inicialmente na China, em 2019, migrou para os Estados Unidos e já fez vítimas na América Latina.
Como evitar o golpe do abate do porco?
Agora que você sabe o que é, as características e quem é alvo do golpe do abate do porco, vamos dar algumas dicas para passar longe dele:
1. Desconfie de oportunidades extraordinárias
Quem conhece o mercado cripto sabe que não existe oferta boa demais sem um risco igualmente proporcional. Então, esse é um sinal vermelho para o qual você deve estar atento.
Esse ponto é importante, pois uma vez que uma transação com criptomoedas é realizada, ela não pode ser desfeita e o prejuízo é irreversível.
2. Evite expor informações financeiras online
Outra dica para passar longe do golpe do abate do porco é evitar ao máximo expor ganhos financeiros online. Essa informação pode chamar a atenção de golpistas, colocando você no alvo desse tipo de ação.
Então, não divulgue números que você conseguiu faturar, quanto você já tem na sua wallet ou qual exchange usa, por exemplo. Quanto mais sigilo mantiver, melhor.
3. Pesquise a fundo as propostas que receber
Para se proteger de qualquer golpe cibernético, pesquise quem é a empresa responsável. Busque pelo site oficial e perfis em redes sociais, pesquisa em sites de avaliação online e por comentários de outras pessoas.
A falta de informações é outro sinal vermelho que deve gerar desconfiança, por mais que a pessoa que está oferecendo a solução afirme que é segura.
Leia também: 9 dicas de segurança digital para transações financeiras.
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