Para saber quais são os países mais maduros em criptomoedas, é preciso analisar uma série de critérios que vão muito além de apenas a permissão governamental para a população comprar e vender esses ativos digitais.
Por exemplo, os governos precisam deliberar sobre regulamentações e regras que construam para as pessoas e empresas atuantes nesse setor um ecossistema seguro e propício para transações com ativos digitais.
Outra forma de identificar quais são os países mais maduros em criptomoedas é contabilizando quantos caixas eletrônicos para ativos digitais o local tem. Somado a isso, é fundamental considerar também o número de startups voltadas para esse segmento, bem como a implementação de um regime tributário adequado.
Todos esses pontos foram utilizados como base para a composição do relatório “Worldwide Crypto Readiness Report”, que identificou quais são os países mais preparados para receber o universo das criptomoedas.
No topo desse ranking está Hong Kong, que recebeu nota 8,6 de 10. Os Estados Unidos ocupa o segundo lugar, com 7,7 pontos e, em terceiro, a Suíça, com 7,5.
Somada a essa informação, o levantamento “The 2022 geography of cryptocurrency report”, da empresa de serviços de análises de redes descentralizadas Chainalysis, destacou que a América Latina tem se mostrado cada vez mais promissora para o crescimento do mercado cripto.
Conforme apontado na pesquisa, o Brasil é o principal polo de criptos do continente, se destacando, inclusive, devido às boas práticas de uso das moedas digitais como recurso de proteção monetária contra a inflação.
Com isso, nosso país ocupa o 4° lugar no pódio de transações com stablecoins, com 28% das operações criptos. Os outros países da América Latina nessa classificação são:
- Venezuela: 34%;
- Argentina: 31%;
- México: 19%
E quais seriam os outros países favoráveis às criptomoedas? Separando por critério de análise, quais mais se destacam? Pegue o seu passaporte e siga a leitura deste artigo para conferir!
Quais são os países mais maduros em criptomoedas?
A lista dos países mais maduros em criptomoedas é formada pelos seguintes nomes:
- Hong Kong: nota 8,6
- Estados Unidos: nota 7,7
- Suíça: nota 7,5
- Georgia: nota 6,2
- Emirados Árabes Unidos: nota 6,2
- Romênia: nota 6,2
- Croácia: nota 6,2
- Irlanda: nota 6,1
- República Tcheca: nota 6,1
- Eslováquia: nota 5,8
- Grécia: nota 5,8
- Panamá: nota 5,8
- Bulgária: nota 5,8
- Áustria: nota 5,7
- Países Baixos: nota 5,6
- Austrália: nota 5,6
- Canadá: nota 5,5
- Portugal: nota 5,4
- Israel: nota 5,2
- Alemanha: nota 5,2
Os três primeiros lugares se destacam pelos seguintes motivos:
Hong Kong
Esse país se destacou dos demais por ser o que tem maior número de startups de blockchain por 100 mil habitantes (3), e por ter um número de caixas eletrônicos (ATM) voltados para criptomoedas proporcional à população (7).
Além disso, Hong Kong também não cobra tributos sobre ganhos de capital, tornando as negociações de compra e venda de criptomoedas bastante interessante para seus habitantes.
Estados Unidos
Já os Estados Unidos estão no segundo lugar desse pódio por terem dez vezes mais ATMs de criptomoedas do que o primeiro lugar — no caso, são 3,6 unidades para cada 100 mil.
Com isso, o total apontado no relatório é de mais de 33 caixas eletrônicos de criptoativos na região.
Suíça
A quantidade de caixas eletrônicos de criptoativos também é o motivo pelo qual a Suíça ficou no terceiro lugar deste ranking: 152.
Os outros critérios que colocam este país nessa posição são o fato de não cobrar impostos sobre os ganhos de capital com transações de ativos digitais, e de ser o segundo local, entre todos os países, a ter o maior número de startups de blockchain (mais de 12 por 100 mil habitantes).
Quais são os países favoráveis às criptomoedas, por critério de avaliação?
Mas, como dissemos, são vários os critérios que precisam ser considerados para identificar quais são os países mais maduros em criptomoedas. Dessa forma, por mais que tenha se formado um ranking geral, alguns se destacam mais que outros em alguns pontos específicos, tais como:
- países com mais caixas eletrônicos:
- Estados Unidos: 10,1 para cada 100 mil habitantes
- Canadá: 6,5 para cada 100 mil habitantes;
- Hong Kong: 2,0 para cada 100 mil habitantes.
- países com menor área por caixa eletrônico criptográfico:
- Hong Kong: 7 quilômetros;
- Suíça: 260 quilômetros;
- Estados Unidos: 271 quilômetros.
- países com menores impostos sobre criptoativos:
- Hong Kong, Suíça, Panamá, Portugal, Alemanha, Malásia, Turquia: não há cobrança de impostos sobre ganhos de capital com criptomoedas;
- Indonésia: cobrança de 0,1% de imposto sobre ganhos de capital;
- Chile: 4% sobre quaisquer lucro obtido
- países com mais startups de blockchain:
- Suíça: 12,9 para cada 100 mil habitantes;
- Hong Kong: 3,0 para cada 100 mil habitantes;
- Emirados Árabes Unidos: 1,2 para cada 100 mil habitantes.
- países com mais interesse em criptomoedas:
- Austrália: 4.579 buscas pelo termo “criptomoedas”, em 2021, por 100.000 pessoas
- Irlanda: 3.472 buscas pelo termo “criptomoeda”, em 2021, por 100.000 pessoas
- Reino Unido: 3.409 buscas pelo termo “criptomoedas”, em 2021, por 100.000 pessoas
E quanto ao Brasil?
O Brasil, até o momento, não entrou na lista de países mais maduros em criptomoedas. Entretanto, isso não significa que esse mercado não esteja em crescimento por aqui — na verdade, é bem o contrário disso.
Segundo dados apresentados em uma matéria da Forbes, o Brasil está entre os cinco países do mundo com o maior número de detentores de criptoativos. No total, são mais de 10 milhões de brasileiros no universo dos ativos digitais, o que representa, aproximadamente, 5% de toda a população.
Esses números colocam o nosso país atrás somente da Índia, dos Estados Unidos, da Rússia e da Nigéria.
Para se ter uma ideia do quanto o mercado de criptomoedas está crescendo por aqui, a mesma reportagem citou que já está bem à frente do de ações, que conta com cerca de 4 milhões de investidores.
Mas há um ponto que pode fomentar a entrada de mais pessoas no mundo das criptos aqui no Brasil, que é a regulamentação específica para essa área que está em tramitação.
Regulamentação das criptos no Brasil
O PL 3.825/2019, projeto de lei que visa a regulamentação do mercado de criptomoedas no nosso país, foi aprovado em abril de 2022 pelo Senado Federal.
No momento, a PL aguarda análise e aprovação da Câmara dos Deputados para seguir rumo à implementação.
O objetivo desse projeto de lei é definir regras que deverão ser seguidas para as negociações com esses criptoativos, bem como diretrizes de proteção e de defesa dos detentores desse tipo de moeda digital.
A ideia é que, ao ter uma regulamentação específica, as operações com ativos digitais se torne mais transparente, contribuindo também para combater crimes e fraudes financeiras envolvendo esses ativos.
Mas mesmo que esse projeto de lei ainda não tenha sido implementado, saiba que comprar e vender criptomoedas é um processo totalmente seguro, especialmente na Bitso!
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