A dupla redes sociais e blockchain pode ainda não ser uma realidade por aqui. Mas, ao que tudo indica, é uma parceria bastante promissora.
Quanto a isso, precisamos lembrar que a tecnologia blockchain não se aplica apenas à criação e movimentação de criptomoedas. Como assim? Você não sabia disso? Pois então vai saber agora!
Ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, a blockchain pode (e já está sendo utilizada) nos mais variados setores além do mercado de criptoativos.
Por exemplo, na moda ela é usada no combate à falsificação de peças, na logística para aprimoramento das soluções de rastreamento, e na saúde para compartilhamento de histórico médico de maneira mais segura.
Mas o que faz a aplicação dessa tecnologia ser tão abrangente? Uma das razões é a segurança que ela oferece, visto que os dados armazenados nela são criptografados e validados antes de serem inseridos na rede.
Além disso, trata-se de um banco de dados descentralizado. Isso quer dizer que, ainda que haja um possível ataque hacker, seria preciso atingir todos os computadores que formam a rede, já que as informações não estão armazenadas em um único local.
Agora, voltando para a “dobradinha” redes sociais e blockchain, o que podemos esperar dessa parceria no futuro? É sobre isso que vamos falar agora!
Como redes sociais e blockchain podem convergir?
Unir redes sociais e blockchain pode ser uma maneira de resolver diversos problemas e brechas ainda existentes nesse universo. Um bom exemplo de aplicação seria evitar quedas, como as que já aconteceram com o Facebook e com o Instagram.
Em outubro de 2021 o Facebook sofreu a maior paralisação da sua história. De acordo com uma matéria publicada no portal G7 News, Santosh Janardhan, vice-presidente de engenharia e infraestrutura da empresa, fez um post explicando que um comando errado durante uma manutenção de rotina foi a razão da queda da rede:
“Fizemos um amplo trabalho de proteção de nossos sistemas para impedir o acesso não autorizado e foi interessante ver como essa proteção nos deixou mais lentos enquanto tentávamos nos recuperar de uma interrupção causada não por atividade maliciosa, mas por um erro de nossa autoria.”
Esse é um problema que pode acontecer em sistemas centralizados. Entretanto, quando se une redes sociais e blockchain, as chances de situações como essa acontecerem são quase nulas.
O motivo é que a tecnologia blockchain é descentralizada, assim como dissemos logo na abertura deste artigo. Isso significa que caso surja um problema em um dos computadores, os demais seguirão operando sem qualquer prejuízo para o projeto.
Outras aplicações possíveis entre redes sociais e blockchain
Mas além da questão da descentralização, há outras aplicações bem promissoras da blockchain nas redes sociais, tais como:
- recompensas por criação de conteúdos;
- tokenização passiva.
As duas possibilidades seguem o mesmo princípio, que é monetizar os usuários da rede com tokens nativos. No primeiro caso, a recompensa seria decorrente do desenvolvimento e postagem de conteúdos próprios na plataforma.
O segundo conceito seria uma forma de receita passiva, derivada da simples interação das pessoas com o conteúdo, a exemplo do que acontece atualmente com o navegador Brave e o token BAT.
O que já existe nesse cenário?
Dissemos no início deste artigo que a aplicação da tecnologia blockchain nas redes sociais ainda não é uma realidade por aqui, se lembra? No entanto, é bem importante destacarmos que já existem projetos iniciados quando a esse conceito.
Viblos
Uma rede social em blockchain chamada Viblos teve a sua versão beta lançada em março de 2022. Segundo esclarecimentos dados no próprio site da empresa:
“A Viblos está focada exclusivamente na criação de riqueza através do empreendedorismo empresarial ou talento artístico. A vantagem é que o Viblos permite que você tenha seu próprio token e ganhe dinheiro se a comunidade gostar de você. A novidade é que as transações dentro da plataforma são feitas com criptomoedas e tokens”
Em outras palavras, a proposta dessa rede social é ser uma plataforma de interação social tokenizada com conteúdos por vídeos. A ideia é que os usuários ganhem o token nativo VIBLO de forma passiva (ou seja, apenas usando a rede), por meio de postagens, ou por interagir com os anúncios.
DeSo
A Descentralized Social, DeSo, visa tornar a mídia social monetizável e acessível para qualquer pessoa, ao contrário do que acontece hoje com as demais redes sociais.
Nessa plataforma, cujo token nativo é o DESO, uma das estratégias é apoiar desenvolvedores, criadores menores de conteúdo, artistas de NFT e outros.
E se lembra que falamos que a relação entre blockchain e redes sociais era muito promissora? Pois bem, uma publicação no The Block revelou que, em setembro de 2021, a Descentralized Social recebeu um financiamento de US$ 200 milhões, que teve como garantia a venda do token DESO.
Ou seja, esse pode ser um indicativo que essa rede social baseada em blockchain ainda tem muito para crescer, assim como as outras que estão por vir.
Outras mídias sociais baseadas em blockchain
Mas além dessas duas que acabamos de citar, há outras com abordagens distintas, mais ainda com o mesmo conceito. Alguns exemplos são:
- Sapien: plataforma interativa de informação baseada na rede Ethereum;
- Sttemit: rede de notícias que remunera os produtores de conteúdo;
- Florestamento: gera recompensa para cada curtida;
- Choon: serviço de streaming de música que recompensa a criação de playlists;
- Steepshot: rede social de fotos que paga criptos de acordo com a popularidade da imagem.
Quais as vantagens da tecnologia nas redes blockchain?
Assim como nas demais aplicações da tecnologia blockchain, para as redes sociais as vantagens que podem ser obtidas são:
- aumento da segurança dos dados transacionados;
- descentralização, o que evita quedas com as que citamos;
- remuneração por produção de conteúdos por tokens nativos;
- escalabilidade.
Achou este tema interessante e quer saber mais sobre ele? Então confira outros conteúdos aqui, no blog da Bitso, sobre blockchain e suas aplicações.