O universo cripto possui literalmente milhares de projetos em operação, a imensa maioria deles com mudanças que acontecem o tempo todo. Algumas dessas mudanças envolvem a criação de novos projetos e, no caso do SushiSwap, personagem principal deste artigo, vimos acontecer justamente isso.
Tendo saído do projeto original do UniSwap para se tornar uma ideia autônoma (processo que é conhecido como hard fork), SushiSwap é um desdobramento que busca servir como alternativa adicional ao mercado de liquidez em criptos.
Considerando todo o universo das Finanças Descentralizadas (ou DeFi), quando falamos nas corretoras/exchanges descentralizadas (ou DEX, como são conhecidas) a quantidade de recursos envolvida ainda é reduzida em relação ao total, mas temos nesse projeto que vamos apresentar agora uma possibilidade para quem pensa em ter algum retorno com criptomoedas.
Dentro de DeFi, essa geração de liquidez serve para um motivo: gerar mercados de empréstimo e remuneração. Isso acontece porque, em mercados como esse, a “negociação” não acontece entre partes, mas entre uma ponta e um pool de liquidez. E são dentro de plataformas como a que veremos neste artigo que esse encontro entre liquidez e demandas financeiras em cripto acabam acontecendo.
Vamos então entender o que essa iguaria popular da culinária japonesa tem a ver com cripto, combinado? Bora lá!
O que é o SushiSwap?
Originado de um hard fork do UniSwap, como já comentamos, SushiSwap é uma exchange descentralizada que serve para, por meio de pares de criptomoedas, gerar liquidez e com isso remunerar quem participa dessa geração de liquidez. Projetos que apresentam atuação parecida são Curve DAO (CRV) e, claro o próprio UniSwap.
Surgiu em setembro de 2020 e tem como criador uma figura anônima de nome Chef Nomi, além de dois outros co-fundadores também anônimos conhecidos como sushiswap e 0xMaki (este último conhecido também como Maki).
Aqui não tivemos revelação de quem são os criadores de projeto: como Bitcoin, do qual até hoje não sabemos quem é ou quem são Satoshi Nakamoto, a situação permanece assim até hoje. Porém, atualmente temos uma “cara representativa”, que é a de Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da exchange FTX. Inclusive além de não ser uma figura oculta, SBF, como gosta de ser conhecido, aparece diversas vezes comentando sobre criptomoedas na mídia.
Quando temos um hard fork, geralmente as motivações são conhecidas no novo projeto, logo que ele é apresentado. Não é o caso aqui: não se sabe até hoje por qual motivo Chef Nomi e seus co-fundadores decidiram sair do UniSwap, a única coisa que sabemos é que, em se tratando de uma saída “das costelas” daquele projeto, a intenção deste novo é justamente ir na mesma direção de atuação.
Na verdade, para não dizer que não exista função definida para o projeto, temos no white paper do SushiSwap, que é o que poderíamos chamar de “local onde o projeto se apresenta”, que a ideia é ser uma DEX que inclui diversos instrumentos financeiros descentralizados que envolvem o mercado de empréstimos, yield farming e até mesmo derivativos de staking.
Outro aspecto curioso a respeito da história do SushiSwap é o fato de que, embora seja outro projeto, tem no UniSwap uma espécie de figura controladora – quase como se as duas fossem um mesmo grupo de atuação. Com isso, temos que SushiSwap acaba servindo para aumentar as possibilidades de UniSwap em termos de negociação.
Você já deve estar se perguntando: mas e a criptomoeda? Não esquecemos: SUSHI é o token nativo dessa exchange descentralizada e serve para que ocorram tomadas de decisão e gerenciamento por parte das pessoas que utilizam a plataforma. Então, quando falamos do SushiSwap como criptomoeda, estamos falando de um utility token.
Como funciona o SushiSwap?
O nome mais conhecido deste tipo de ferramenta é formador de mercado automatizado (da sigla em inglês AMM, Automated Market Maker). Isso porque o que se passa aqui é que através de mecanismos de automação basta ter esse pool de liquidez e pessoas interessadas em interagir com ele (o aumentando ou diminuindo) que ele passa a funcionar.
Quem se aproxima para interagir com essa plataforma faz isso da seguinte maneira: deposita dentro dela um par de criptomoedas em uma certa proporção que estiver definida naquele momento e, pelo tempo que deixar os recursos ali depositados, receberá rendimentos.
Essa DEX funciona dentro da rede Ethereum, o que significa que os tokens que podem ser depositados são os de tipo ERC-20. Tendo pares de tokens desse tipo, você consegue realizar os depósitos nessa exchange descentralizada.
A partir do momento em que você faz os depósitos, acaba por gerar tokens SUSHI. Então, na prática, todas as vezes que as pessoas participam da plataforma de modo a aumentar o pool de liquidez ali presente, estão minerando novas unidades da criptomoeda SUSHI, no processo conhecido como mineração de liquidez.
A criação da criptomoeda SUSHI acontece na seguinte proporção: são 100 tokens criados a cada novo bloco dentro da rede. Nos primeiros 100.000 blocos da rede Ethereum utilizados para isso, a recompensa era de 1.000 unidades de SUSHI por bloco, mas acabou sendo diminuída essa relação de remuneração para apenas 100.
As pessoas que deixam seus recursos em cripto depositados recebem de volta uma parte pequena das transações que são realizadas e essa remuneração acontece justamente por unidades da criptomoeda SUSHI.
Os recursos que são depositados pelas pessoas ficam nos chamados cofres dentro da plataforma. Em caso de uma forte oscilação nas cotações das criptomoedas que estiverem depositadas, pode ocorrer uma liquidação daqueles valores e a pessoa venha a perder todos os recursos que estiverem naquele cofre. Esse risco é importante de ser pontuado sempre que estivermos falando de meios de geração de liquidez em DEX.
Em termos de cotação, SUSHI começou próximo de US$1,20, subiu para quase US$9 poucos dias depois, depois caiu e ficou na faixa entre US$2~3 até o final de 2020. Em 2021 passou por um aumento considerável, chegando a ficar acima de US$22 em março daquele ano, tendo encerrado o mesmo abaixo de US$7. Da virada do primeiro para o segundo trimestre de 2022 é negociada abaixo de US$5.
Por que esse projeto apresenta polêmica?
Tudo que envolve criptomoedas passa por provas e testes o tempo todo. Trata-se de um mercado em pleno desenvolvimento de seus potenciais e, como todo mercado nesse estágio, precisa se provar útil, seguro e confiável antes de querer virar alternativa real e meio de escolha das pessoas.
No caso de SushiSwap, existem pelo menos três questões pontuais que levantam certa polêmica:
- Mineração vampírica: antes de virar de fato um projeto em separado, SushiSwap realizava suas adições a rede blockchain (o chamado staking) dentro dos meios do UniSwap e, assim que virou esse projeto novo, “sugou” aquela liquidez do local primário para gerar seus pools de liquidez própria (agora em SUSHI);
- Não saber quem toca os processos pode custar caro: ainda sob o comando do anônimo Chef Nomi, certa vez 38.000 unidades de ETH foram retiradas do SushiSwap, o que gerou certa briga com os usuários e depois foi devolvido, com pedido público de desculpas de Nomi, que chamou essa operação de “erro”;
- Presença na mídia de um representante importante: se por um lado comunicação pode ajudar bastante, por outro pode acabar servindo de geração de ruído para os preços da cotação; a cada vez que SBF aparece para uma nova entrevista, as pessoas que tem SUSHI em carteira podem querer tomar decisões baseadas no que ele vier a falar.
Repare que, com exceção ao segundo caso, as polêmicas não são tão complexas assim. Mas, novamente: com algo que luta diariamente para se provar alternativa, a ocorrência de polêmicas certamente não contribui para que essa aceitação vire uma realidade.
Vantagens e desvantagens da criptomoeda SUSHI e do SushiSwap
Não se esqueça jamais de, antes de tomar a decisão de adquirir alguma cripto para sua carteira, verificar os pontos positivos e aqueles outros que talvez não sejam tão atrativos assim. Vamos primeiro para as vantagens, depois para os problemas de SushiSwap e a criptomoeda SUSHI.
Falando primeiro sobre as vantagens:
- Facilidade de participar: quaisquer pares de criptoativos, contanto que sejam ERC-20 e respeitem determinadas paridades, conseguem gerar liquidez no caso dessa plataforma;
- Em sendo uma AMM, não há a necessidade de aguardar a posição de ordens de um lado ou de outro. Assim, esse projeto executa as tarefas que se propõe com mais rapidez e menor custo do que pelos meios tradicionais em cripto;
- Ligação com UniSwap, que é o maior projeto do tipo (cerca de ¾ da liquidez de todas as DEX está em UniSwap), faz com que esse projeto acabe ganhando destaque;
- Retornos interessantes podem vir desses depósitos, tornando útil aqueles recursos em cripto que estavam “parados” antes.
E agora, sobre as desvantagens:
- Projeto com polêmicas por perto: DEX já representam caminhos ainda em construção, quando dúvidas que vão além dos aspectos técnicos são colocadas na mesa a questão fica ainda mais complicada;
- Risco de perder os recursos em caso de grande oscilação (quando os cofres precisam fazer uma liquidação fechando o que tem neles);
- Mercado ainda bem pequeno em relação a todo o montante disponível de recursos em DeFi, com um grande projeto como concorrente ativo (o próprio UniSwap).
Apesar de todos os pesares, vale sempre lembrar que o mercado das DEX passa por mudanças que envolvem por exemplo uma aceitação maior por meios regulatórios de grandes economias, como a dos Estados Unidos. Os projetos mais eficientes certamente ganharão mais atenção e, estando presentes neles, você acaba se beneficiando junto.
Como comprar SUSHI criptomoeda na Bitso?
São bastante simples os passos que você tem de seguir para ter SUSHI em sua carteira, caso tenha tido interesse após ler nosso artigo. Vamos a eles:
- Abra sua conta na Bitso;
- Envie seus valores fiduciários para a conta na Bitso;
- Tendo os valores disponíveis, procure por SUSHI na aba de criptomoedas;
- Agora é só fazer a conversão e pronto!
É mais fácil do que você imagina participar dessa união entre culinária oriental e criptomoedas!
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