Provavelmente, a palavra “inflação” não é tão estranha aos seus ouvidos, não é mesmo? Alguns minutos no jornal ou lendo algum post sobre economia nas redes sociais e ela aparece. Mas você sabe o que é exatamente e quais são as causas da inflação?
Se a resposta é não, este artigo vai te ajudar a entender o conceito, o que causa a inflação e como ela afeta o mercado. Continue lendo e confira!
Boa leitura!
O que é inflação?
A inflação ou taxa de inflação é um indicador econômico que mostra o aumento do valor dos bens de consumo e serviços em um determinado intervalo de tempo.
No Brasil, acompanhamos os resultados da inflação por meio de dois índices:
- o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): mede a inflação de produtos e serviços do varejo, relacionados ao consumo das famílias; e
- o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): calcula a inflação da cesta de consumo da população com baixo rendimento.
Os dois índices são monitorados e divulgados mensalmente pelo IBGE.
O Brasil já passou por um período econômico crítico durante os anos 80 e até quase metade dos anos 90, o que fez a inflação subir muito, resultando em uma hiperinflação.
Nesse período, os preços dos produtos nos supermercados mudavam de uma dia para o outro e até dentro do mesmo dia. A estabilização da economia e, consequentemente, da inflação aconteceu com a chegada do Plano Real em 1994.
Quais são as causas da inflação?
Afinal, o que causa a inflação? Essa é uma dúvida frequente, já que o indicador afeta tanto a vida das pessoas em um país. Listamos abaixos as principais causas:
1. Oferta e demanda desalinhadas
A interação entre oferta e demanda é fundamental para o equilíbrio do mercado e o descompasso nessas variáveis é o que faz a inflação subir.
De forma direta, quando a demanda por itens e serviços é alta e os meios de produção não dão conta de atendê-la, a tendência é que o preço aumente.
Afinal, haverá pouca disponibilidade (oferta), afetando o poder de compra da população que fica sem poder consumir determinados itens. Essa é uma das causas da inflação mais destacadas.
2. Aumento da emissão de papel-moeda
Outra das causas da inflação é o aumento na emissão de papel-moeda. Isso porque se o dinheiro injetado no mercado é maior que o valor da quantidade total de produtos circulando, o indicador da inflação dispara e os preços de compra também.
Quando um governo tem gastos superiores ao que foi arrecadado com os impostos pagos pelos contribuintes, a Casa da Moeda acaba imprimindo mais dinheiro e isso também interfere na inflação.
3. Repasse de custos para o consumidor
Quando as indústrias têm um gasto alto para manter suas operações como matéria-prima mais cara, por exemplo, esse custo é repassado para o consumidor na forma de preços mais altos. O mesmo acontece com a prestação de serviços.
Esse cenário também é uma das causas da inflação porque aumenta o dinheiro necessário para o consumidor adquirir um determinado item. Porém, muitas vezes os salários não acompanham esse aumento, prejudicando o poder de compra e o mercado.
4. Imprevisibilidade nas projeções para o futuro
A impossibilidade de fazer projeções assertivas sobre preço e custo do que é consumido é outra das causas da inflação.
Essa incerteza sobre os resultados da inflação pode puxar os preços para cima. Países com crises políticas, envolvidos em guerras ou em conflitos internacionais passam por esse tipo de cenário econômico.
Um exemplo recente é a Rússia. O conflito com a Ucrânia afetou não só a economia interna do próprio país, como a de todos os seus parceiros comerciais.
5. Reajustes feitos por indexação
Para fechar a nossa lista de causas da inflação, temos os reajustes que são feitos baseados em índices de períodos anteriores, uma prática chamada de indexação.
Essa decisão faz a inflação do momento subir ainda mais, aumentando os preços de itens essenciais como aluguel de imóvel e serviços em geral.
Principais consequências da inflação na economia
As principais consequências da inflação é que ela cria um cenário de muita incerteza no país. Isso prejudica tanto o cidadão quanto a imagem do país diante dos seus parceiros comerciais.
Principalmente, porque passa a ideia de que o país está instável e, portanto, não é confiável.
Outra consequência grave é que a população, especialmente a mais pobre, perde poder de compra, pois o salário fica desvalorizado e sem reajustes diante de uma alta inflação. Tudo encarece, porém, o trabalhador continua ganhando X, mas passa a pagar 2X por produtos no supermercado.
Esses efeitos foram visíveis nos últimos anos no Brasil e gerou outra perda importante que foi a desvalorização do real diante de outras moedas como o dólar e o euro.
Considerando que as compras internacionais são negociadas em dólar, o que é produzido a partir desses insumos que chegam de fora tem um preço final muito elevado. Consequentemente, o consumidor gasta mais para adquiri-los.
Como reduzir a inflação?
Depois de uma pandemia e um cenário político tenso nos últimos anos para muitos países, a economia mundial passa por um momento de recuperação.
A inflação, com certeza, não é uma preocupação apenas do Brasil e vários governos também se movimentam para tentar reduzir o indicador em suas economias, alguns mais e outros menos.
Entretanto, as medidas não têm efeito de curto prazo. Ajuste na taxa de juros e nos prazos seguidos pela estrutura produtiva são algumas alternativas para reduzir a inflação.
Nesse cenário, as criptomoedas estão sendo consideradas um ativo que pode contribuir para o controle da inflação.
Apesar da volatilidade das moedas digitais gerar desconfianças, a característica deflacionária de alguns ativos é vista como meio de driblar a alta dos preços e combater as desigualdades entres os consumidores do mercado.
No vídeo abaixo, você confere como funciona a inflação e como o Bitcoin pode te proteger dela. Dá o play!
O governo da cidade do Rio de Janeiro é um dos que mais aposta na inclusão das criptomoedas na economia local. Existem propostas para pagar IPTU com moedas digitais e a criação de uma moeda nativa da cidade, seguindo o exemplo de Miami.
Leia também: O futuro das criptomoedas e o impacto no cotidiano.
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