Quando se trata de investimentos, apostar todas as suas fichas em um tipo só pode limitar seus potenciais rendimentos. Mas aí surge uma dúvida para muitas pessoas: como diversificar os investimentos?
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) realiza anualmente a pesquisa ‘Raio X do Investidor Brasileiro’ e a 5ª edição trouxe dados interessantes como a diversificação de investimentos.
Um terço dos mais de 5 mil entrevistados é investidor de algum produto financeiro. A maioria (23%) continua fiel à poupança, porém fundos de investimentos (3%), ações na bolsa de valores (2%), títulos privados (2%) e criptoativos (2%) são utilizados.
Além de ter algum objetivo associado aos investimentos, como comprar a casa própria (29%), muitas pessoas investem para manter o dinheiro guardado ou aplicado (20%) e, consequentemente, rendendo mais.
A vantagem é que para cada objetivo existem condições de investimento que se encaixam melhor, o que torna a diversificação tão estratégica.
Se você também quer criar uma carteira com investimentos estratégicos e vantajosos, está no artigo certo. Entenda o que é diversificação, porque é importante e dicas de como diversificar investimentos.
O que é diversificação de investimentos?
A diversificação de investimentos é uma estratégia que consiste em dividir o capital disponível entre diferentes tipos de produtos financeiros com rentabilidade e prazos variados.
Imagine que seu objetivo é dar entrada em um carro até o fim do ano para reduzir o valor das parcelas e já tem um valor acumulado.
Ao invés de manter esse valor na poupança que, apesar de ser muito utilizada, não rende tanto, você pode estudar outros tipos de investimento que possuem uma rentabilidade anual melhor.
O objetivo da diversificação também é uma questão de segurança financeira para que seu dinheiro não fique alocado em um único produto. No caso de uma reviravolta do mercado, você pode perder tudo, mas se o dinheiro tiver espalhado, a perda não será total.
Qual a importância de variar investimentos?
Diversificar os investimentos é importante porque serve para equilibrar três fatores que são essenciais quando se trata de produtos financeiros:
- rentabilidade;
- liquidez;
- risco.
Equilibrando esses três fatores, é possível selecionar quais são as aplicações mais adequadas ao seu perfil de investidor, que possuem um nível de risco considerado aceitável e que atende aos seus objetivos financeiros.
As principais categorias são renda fixa e renda variável. Combinando as duas, é possível maximizar os ganhos e não ficar vulnerável a uma perda total do seu patrimônio financeiro caso aconteça alguma variação desfavorável.
Por isso, investimentos com comportamentos opostos são vantajosos para criar uma carteira forte, proporcionando a estabilidade financeira tão desejada pela maioria das pessoas.
Como diversificar os investimentos? 5 dicas
Agora que você sabe o que é e a importância da diversificação, vamos falar de como diversificar os investimentos na prática.
A organização é a chave do sucesso para que seu dinheiro “trabalhe” para você e ajude a ter mais educação financeira, conquistar objetivos, ter segurança, entre outros objetivos.
Confira as dicas para começar:
1. Defina seu perfil de investidor
O perfil de investidor é o primeiro passo para diversificar os investimentos porque vai estabelecer critérios que são pessoais e importantes para guiar as escolhas no mercado.
Um detalhe importante que o perfil evidencia é o grau de risco que você está disposto a tomar. Os três principais perfis são: conservador, moderado ou agressivo.
Também existem testes online que ajudam a identificar o seu perfil e a conhecer as situações do mercado e opções de solução possíveis.
2. Tenha metas financeiras com prazos
Outra informação relevante para diversificar os investimentos estrategicamente e maximizar seus ganhos e ter metas financeiras com prazos.
Via de regra comece definindo metas de curto, médio e longo prazo. Existem diversos investimentos para cada período.
Outra definição que contribui para definir boas metas é saber qual a sua necessidade financeira. Por exemplo: se você não tem uma reserva de emergência e precisa acumular dinheiro, então, sua fase é de acumulação.
Caso já exista uma reserva que você queira trabalhar, a fase é de rentabilização. Ou seja, investimentos com alta rentabilidade poderão ter prioridade no mix de investimentos.
Por fim, existe a fase de preservação na qual o objetivo é proteger o patrimônio financeiro, evitando riscos e mantendo a qualidade de vida.
3. Selecione os tipos de investimento
Alguns exemplos de categorias de investimento são:
- renda fixa;
- renda variável;
- multimercado;
- previdência privada;
- fundo imobiliário;
- cambial;
- criptomoeda, entre outros.
A proporção para diversificar os investimentos vai depender do seu perfil. Alguns aspectos econômicos gerais ajudam a orientar as decisões como taxa de juros, inflação, expectativas políticas, etc.
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4. Diversificar e pulverizar são ações diferentes
Outra atitude importante para diversificar os investimentos corretamente é entender a diferença de pulverizar suas aplicações.
Pulverizar significa investir um pouquinho de dinheiro em um número alto de aplicações. Essas decisões acabam sendo bastante aleatórias e não seguem nenhuma estratégia, portanto, as chances de obter ganhos são mínimas.
Já a diversificação de investimentos, por outro lado, é feita de forma estratégica e planejada, considerando metas financeiras e perfil de investir como mencionamos nas dicas acima.
Então, cada tipo de ativo na carteira vai contribuir para chegar nos objetivos e maximizar os ganhos.
5. Acompanhe sua carteira de investimentos
Uma carteira montada com uma diversificação de investimentos correta e bem alinhada não precisa de tanta manutenção. Porém, vale a pena estabelecer uma frequência para monitorar o andamento dos ativos de tempos em tempos.
Assim, caso seja necessário algum ajuste, é possível identificar e tomar uma decisão para que a carteira se mantenha lucrativa.
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