A história das criptomoedas poderia, facilmente, começar assim:
“Era uma vez, em um tempo não tão distante, uma pessoa (que também pode ser um grupo de pessoas) que idealizou a criação de uma moeda que fosse 100% virtual e livre da intervenção de qualquer órgão regulador ou banco central. Dessa ideia, nasceu o Bitcoin”.
Sim! Aqui, estamos falando de Satoshi Nakamoto, o pseudônimo que, em 2008, tornou pública essa proposta por meio da divulgação do whitepaper da rede Bitcoin.
Mas sejamos justos! Dessa época até agora, diversos outros nomes se tornaram parte da história das criptomoedas, e continuam acrescentando muito a essa jornada.
Para se ter uma ideia, estamos no começo de 2022, e temos mais de 16 mil ativos digitais, incluindo criptomoedas e tokens, segundo aponta o site CoinMarketCap.
Isso quer dizer que muitas, mas muitas outras pessoas, tiveram pensamentos semelhantes aos de Nakamoto e desenvolveram as suas próprias criptomoedas, seja em uma rede blockchain nativa, seja atuando como um “inquilino” em uma já desenvolvida.
E quais seriam esses nomes que, até hoje, escrevem a história das criptomoedas? Como a lista é realmente muito extensa, trouxemos alguns para você conhecer, separados por quatro grupos distintos, que são:
- quem iniciou essa trajetória;
- quem impacta esse mercado;
- quem traz mudança;
- quem influencia a comunidade.
Bateu a curiosidade? Continue neste artigo e confira quem são essas pessoas tão importantes para o mundo dos criptoativos!
Quem escreveu (e continua escrevendo) a história das criptomoedas?
Quem iniciou
Tudo tem um ponto de partida, certo? Com as criptomoedas, isso não seria diferente. Esse mercado com alto potencial de crescimento foi formado a partir da ideia de algumas pessoas em especial, que são:
Eric Hughes (Cypherpunks)
Existem nomes na história das criptomoedas que vieram antes de Satoshi Nakamoto, e um deles é Eric Hughes, matemático e programador de computador norte-americano.
Hughes não participou efetivamente da criação da primeira moeda digital do mundo, mas foi ele quem escreveu, em 1993, o manifesto do movimento Cypherpunks, grupo de hackers do bem que defendia a criptografia como forma de garantir a privacidade das pessoas.
A proposta deles era a aplicação dessa camada de segurança em assinaturas digitais, envio de comunicações digitais e de dinheiro eletrônico. E foi justamente esse conceito que embasou a criação de Nakamoto anos depois, o Bitcoin.
Satoshi Nakamoto
Sim! Já citamos ele (ou ela, ou eles, ou elas) diversas vezes. Mas é praticamente impossível falar da história das criptomoedas sem citar a entidade até então desconhecida Satoshi Nakamoto.
Até os dias atuais, ninguém sabe quem está por trás desse pseudônimo, mas o fato é que a ideia de um ativo totalmente digital e descentralizado deu certo, e abriu caminho para a criação de diversas criptomoedas alternativas, tornando o ecossistema mundial e gigantesco.
Quem impacta esse mercado
Existe um grupo no universo das moedas digitais de pessoas ou empresas que são denominadas baleias. As baleias de criptomoedas são pessoas, bancos, empresas ou organizações que detêm e movimentam um número alto de ativos digitais — acima de mil unidades de BTC.
A questão é que esses “seres do oceano” impactam fortemente o mercado das criptos cada vez que fazem operações de compra e venda, afetando consideravelmente sua oferta, demanda e preço.
Por isso, não tem como não citar as baleias quando se fala sobre a história das criptomoedas. Alguns dos nomes que fazem parte desse grupo são:
Cameron Winklevoss e Tyler Winklevoss
Ex-remadores olímpicos, os gêmeos Winklevoss são titulares de mais de 100 mil unidades de BTC. Por conta disso, ocupam um dos lugares do pódio das maiores baleias de criptomoedas.
Barry Silbert
CEO e fundador do Digital Currency Group, Barry Silbert arrematou 40 mil BTC no leilão realizado pela justiça dos Estados Unidos da Silk Road, comércio online de drogas ilegais.
Quem traz mudanças
Uma reportagem do site E-Investidor destacou que 75% dos detentores de criptomoedas são homens, ainda que esse mercado tenha sido criado com a proposta de fomentar a equidade financeira.
Apesar dessa disparidade, há algumas mulheres que estão vencendo as diferenças e, com isso, gravando seus nomes na história das criptomoedas. Dois bons exemplos são:
Kinjal Shah
Sócia-sênior da Blockchain Capital e investidora do Coletivo Komorebi, programa voltado para mulheres e fundadores de criptomoedas não binários, Kinjal também é programadora, analista e fundadora de outras empresas de blockchain que têm como propósito transformar as criptos em um ativo inclusivo.
Julia Rosenberg
Julia Rosenberg é uma das raras mulheres que fundou uma empresa de blockchain. Seu caminho se cruzou com o de Kinjal quando precisou de recursos para a abertura da sua companhia, momento em que perceberam a necessidade de aumentar o quadro de mulheres participantes desse mercado.
Quem influencia a comunidade
O site Cointelegraph montou um ranking com as personalidades mais relevantes do mundo das moedas digitais, denominado Cointelegraph Brasil Top 50.
Com base na percepção da comunidade, foram listadas personalidades, profissionais e especialistas da área que colaboram com o crescimento do setor.
Os três primeiros lugares foram ocupados por:
Edilson Osório
CEO da startup OriginalMy, Osório já foi premiado por sua atuação nesse mercado pelo Google e pela ONU.
Entre os seus feitos, estão a participação como membro do Observatório Europeu para Blockchain, e a autoria do Hääl, que foi o primeiro protocolo open-source público para voto secreto em blockchain.
Tatiana Revoredo
Membro-fundadora da Oxford Blockchain Foundation, o currículo de Tatiana Revoredo conta com as seguintes especializações:
- Blockchain Strategies na Saïd Business School – University of Oxford;
- Blockchain Business Applications no MIT;
- Cybersecurity – Cyber Risk Mitigation, na Harvard University.
Ela também é participante convidada do Parlamento Europeu para a Intercontinental Blockchain Conference.
Fernando Ulrich
O diretor da Liberta Investimentos e conselheiro da Casa da Moeda, Fernando Ulrich foi o primeiro economista brasileiro a “validar” o Bitcoin por aqui.
Autor do livro “Bitcoin – a moeda na era digital”, Ulrich fomentou a entrada de muitas pessoas nesse mercado com sua obra.
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