Juros simples e juros compostos: o custo do dinheiro pode ser calculado de formas diferentes!

Imagem de espaçonave com moedas em volta.

Leia com muita atenção cada frase da lista a seguir:

  • “O Banco Central decidiu manter a taxa de juros (…)”;
  • “Venda parcelada sem juro (…)”;
  • “Como aplicar a fórmula de juros simples e compostos (…)”;
  • “Investir para ganhar juros (…)”.

O que todas essas frases têm em comum? Além de aparecerem com frequência no nosso dia a dia, tanto direta como indiretamente, esses tipos de frases envolvem algo chamado juro. É o juro que sempre está tão presente nos noticiários, sendo cobrado por bancos e que sempre costuma ser destacado em propagandas de produtos vendidos em prestações – principalmente nas famosas vendas com juros zero.

Apesar dessa constante presença em nossas vidas, como acabamos de ver, por acaso você já parou para entender a relação entre juros e dinheiro? Independente da sua resposta, fique sabendo que entender de juros significa cuidar melhor do seu dinheiro, um grande passo para garantir a sua saúde financeira. 

Juro é o preço do dinheiro no tempo

O ponto fundamental começa em entender que dinheiro possui valor no tempo. Como exemplo, vamos imaginar que você pode escolher ganhar R$100,00 agora ou daqui a 1 mês. Qual seria a sua escolha? Desconsiderando eventuais questões extras, que na linguagem da economia – conhecido como  economês – significa considerar “tudo o mais constante”, com certeza você vai escolher R$100,00 agora!

Essa escolha vem de um cálculo, feito muitas vezes de maneira inconsciente, em que você sabe que dinheiro tem valor no tempo, com esse valor sendo maior agora do que no futuro. Por isso, você prefere receber R$100,00 agora do que esse mesmo valor daqui a um mês ou mais, por exemplo. E saber disso faz toda a diferença para controlar melhor o seu dinheiro.

A respeito disso, repare que você não estaria disposto a receber o mesmo valor em um momento posterior, mas com certeza poderia aceitar algum valor maior. Nesse caso, você até aceitaria deixar de receber R$100,00 agora, mas só no caso de receber esse valor base de R$100,00 acrescido de uma quantia extra, uma taxa, que geralmente é uma porcentagem do valor base.

O valor extra oferecido seria um pagamento feito para garantir uma compensação, algo que podemos chamar como um esforço pela espera no tempo.

Mesmo conseguindo fazer esse tipo de cálculo racional sem ter plena consciência disso, por falta de entendimento, graves erros podem ser cometidos, o que pode comprometer – e muito! –  sua saúde financeira. 

Imagine só estar o caso hipotético de não existirem taxas de juros; nesse cenário, as pessoas simplesmente gastariam grande parte do patrimônio no presente, uma vez que no futuro esse dinheiro seria equivalente ao que têm hoje. No fim das contas, a taxa de juro gera um incentivo para a poupança.

Por outro lado, você também poderia estar disposto a pegar um empréstimo, fazendo isso sem a correta consideração do custo envolvido nisso (da taxa de juros cobrada pelo dinheiro emprestado). A depender do valor e do tipo de juros, você pode comprometer seriamente as suas finanças. 

Então, para evitar essa situação – de grave risco a sua saúde financeira -, é de fato necessário entender bem o que são os juros.

O que são juros?

De maneira geral e simplificada, juros é o preço do dinheiro. Você recebe um valor no momento que empresta esse bem, o dinheiro, e paga um valor quando pega emprestado. Esses juros geralmente são utilizados como uma porcentagem do valor do empréstimo – do dinheiro emprestado -, com esse percentual recebendo o nome de taxa de juros.

Todas as taxas de juros expressam a remuneração pela alocação de capital. Com isso, a taxa de juro reflete o preço pago pelo sacrifício de poupar, isto é, a remuneração que alguém (algum agente econômico) exige para adiar o consumo, transferindo seus recursos a outro agente que é mais impaciente, ou seja, que precisa do dinheiro agora. Quem está transferindo esses recursos recebe o nome de poupador, enquanto quem está recebendo é o tomador.

Com base nessa ideia é que o poupador, ao invés de gastar, prefere “guardar” dinheiro. Só que esse “guardar” não é no estilo Tio Patinhas – célebre personagem de desenhos infantis conhecido por manter pilhas e pilhas de dinheiro trancados num cofre – mas no sentido de “alugar” o dinheiro, deixando de gastar no presente para aplicar em alguma atividade que retornará em um valor maior no futuro.

Um bom exemplo disso se encontra na compra e venda de criptomoedas. Você pode ter a intenção de comprar Bitcoin ou Ethereum hoje, por exemplo, pensando na valorização dessas criptos no futuro, momento em que seria realizada a venda – vendendo por um valor maior do que comprou. A motivação é deixar de consumir no presente a fim de conseguir um maior consumo no futuro, o mesmo objetivo que move poupadores em todo o mundo.

Mais do que isso, a taxa de juros também é uma expressão da confiança de agentes econômicos em relação a previsões sobre a economia. Em momentos de maior (menor) instabilidade do ambiente econômico, a tendência é que ocorra a elevação (redução) nas taxas de juros de mercado, como consequência da maior (menor) incerteza associada às decisões de seus agentes.

Atualmente, a taxa de juros é um dos principais instrumentos de política monetária de várias economias globais, usado principalmente como forma de conter a inflação. No caso do Brasil, a autoridade monetária é o BCB (Banco Central do Brasil) e o nível ótimo de juros se refere a um valor definido para a taxa Selic. 

Ficou confuso? Vamos seguir então a explicação!

O que é a taxa Selic?

De maneira bastante simples e direta, a Selic é a taxa que exerce influência sobre todas as taxas de juros do Brasil, a exemplo das taxas de juros de empréstimos, de financiamentos e de aplicações financeiras.

A taxa Selic causa impacto direto, no curto e no longo prazo, em vários indicadores econômicos de grande importância como: volume da dívida pública, oferta de crédito, nível de inflação, entre outros. O valor da Selic é definido por meio do Copom (Comitê de Política Monetária), órgão pertencente ao BCB, que se reúne a cada 45 dias para decidir se o valor da taxa é mantido ou modificado.

O que são juros simples?

A respeito dos juros, uma questão extremamente importante é saber como realizar o seu cálculo. Afinal, a depender do modo de calcular os juros, podemos ter resultados muito diferentes, algo que pode gerar muita confusão, não é mesmo?  

O método mais básico para calcular os juros é a partir dos juros simples, mas isso não significa que é o mais utilizado na economia como um todo. Em resumo, o juros simples é calculado a partir da porcentagem de uma quantia inicial, que recebe o nome de capital inicial, aplicada durante determinado período de tempo. Essa porcentagem é aplicada sempre sobre o valor do capital inicial, que é mantido fixo.

A partir dessa ideia podemos chegar na seguinte fórmula geral:

Juros = capital · taxa · tempo

O conceito de juros simples é bem importante, pois pode ser utilizado em casos de empréstimos de prazo curto, embora seja cada vez mais raro, 

Em um exemplo simples, se você pegar emprestado R$1.000, com uma taxa de juros simples de 1% ao mês e prazo de 12 meses, ao final do período terá pago a quem te emprestou a quantia total de R$1.120, sendo R$1.000 o principal e R$120 de juros. Note que o pagamento mensal era sempre R$10 e não muda conforme o tempo passa, ok?

O que são juros compostos?

Com os juros compostos é possível operar verdadeiras mágicas com os números. Coisas incríveis podem ser realizadas por meio desse método, algo retratado até mesmo em lendas, como na história que envolve a criação do jogo do xadrez. O suposto inventor do xadrez teria usado a ideia de juros compostos para ganhar uma enorme recompensa em grãos de trigo.

Agora, falando acerca da forma de realizar o cálculo dos juros compostos, diferente da ideia de capital inicial dos juros simples, nesse método de juros a ideia é de juros incidindo sobre juros. O cálculo dos juros compostos é exponencial, como podemos observar por meio da fórmula abaixo:

Montante = capital · (1 + taxa) ^ tempo

Entender a lógica dos juros compostos é extremamente importante, pois é a forma de cálculo predominantemente usada no sistema financeiro atual, geralmente com grande aplicação em contratos de empréstimos. Quem não entende a mágica do funcionamento dos juros compostos pode acabar tendo a saúde financeira seriamente afetada.

Voltando ao exemplo anterior, se você pegar emprestado R$1.000, com uma taxa de juros compostos de 10%, prazo de 12 meses e pagamento de parcelas mensais, ao final do período terá pago a quem te emprestou a quantia total de R$1.126,82, sendo R$1.000 o principal e R$126,82 de juros. 

O valor é maior, justamente porque os juros pagos na primeira parcela incidem sobre a segunda, e depois sobre a terceira e assim por diante, resultado num valor maior a pagar. Se tiver dúvidas de como calcular o valor de um empréstimo ou de um investimento realizado, sugerimos a Calculadora do Cidadão, criada pelo Banco Central do Brasil. 

Qual a diferença entre juros simples e compostos?

Pela fórmula de cada um é possível ver que a principal diferença está na velocidade. No regime de juros compostos, os valores crescem em uma velocidade muito maior – em crescimento exponencial – quando comparado ao regime de juros simples – que cresce de maneira linear.

O cálculo dos juros simples é realizado de acordo com o valor total da operação, com a sua utilização sendo mais comum em transações de curto prazo, embora sua utilização seja muito mais rara. Já os juros compostos são calculados sobre o valor total da operação somado ao valor do juros simples, tipo de operação muito adotada em investimentos de médio e longo prazo.

Lembrando que quando a sua posição é de poupador, os juros compostos jogam a seu favor pois o seu patrimônio vai aumentando ao longo do tempo, uma situação completamente diferente do caso de quando você é tomador de crédito, quando os juros podem provocar uma verdadeira bola de neve negativa na sua vida financeira.

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