O que é hash? Como impacta o universo das criptomoedas?

Imagem representando três olhos com criptomoedas dentro.

Saber o que é hash é uma maneira de garantir a integridade da segurança de informações. Afinal, juntamente à confidencialidade, essas características são pilares importantes para evitar falhas na proteção dos dados que podem resultar em acidentes gravíssimos.

O código hash tem mais do que uma funcionalidade e é indispensável para quem quer conhecer a fundo o mercado de criptomoedas.

Ao longo deste artigo, você entenderá os detalhes e a importância desse código para a computação e, também, para o universo dos ativos digitais. Vamos nessa?

O que é hash? 

O hash (resumo) nada mais é do que um algoritmo matemático utilizado na criptografia. É nele que acontece a transformação de um dado, seja qual for, em um grupo alfanumérico, que tem um comprimento fixo de caracteres. Achou confuso? Calma que explicaremos de outra forma!

De maneira simplificada, a criptografia hash é usada para resumir, analisar e gerar integridade de dados, garantindo a segurança das senhas, das informações e dos arquivos utilizados dentro de determinado servidor.

Qual a relação entre hash e criptografia?

Antes de partirmos especificamente para as aplicações da função hash, vale falarmos quais são suas principais características e, também, as da criptografia de dados. Isso facilitará o entendimento sobre a relação entre ambos os conceitos.

Principais características da criptografia de dados

Criptografia de dados é um processo tecnológico usado para codificar informações e dados, com o objetivo de dificultar (e muito) que indivíduos não autorizados tenham acesso ao que está registrado neles.

As principais características da criptografia são:

  • unidirecionalidade: aplicada ao hash, essa propriedade indica que é quase impossível pegar o valor de um hash e executar uma função contrária para obter o valor do dado de entrada (o chamado input);
  • resistência à segunda pré-imagem: esse atributo quer dizer que não podem existir dois valores de entrada com o mesmo valor de saída (chamado output). Isto é, mesmo que os dados sejam semelhantes entre si, cada registro é único;
  • resistência à colisão: basicamente, é a reafirmação da característica acima, ou seja, é impossível encontrar dois algoritmos hash (registros na rede) iguais. Neste caso, quanto mais criteriosa for a análise para verificar se dados distintos de entrada (input) geram uma saída igual (output), maior é a confiança para afirmar que a função é resistente à colisão.

Principais características do hash

Hash pode ser definido como um algoritmo usado para mapear dados, a fim de verificar a integridade dos arquivos que os detêm. As principais características do algoritmo hash são:

  • saída de tamanho fixo: não importa o que foi informado no valor da entrada (arquivo ou informações), a saída sempre terá o mesmo tamanho de números e letras;
  • eficiência no processo de operação: “tempo é dinheiro”, o que quer dizer que o hash deve ser capaz de desenvolver respostas rápidas e sem qualquer dificuldade;
  • determinística: o valor de entrada (input) sempre será o mesmo que o valor de saída (output). 

O que é o hash no blockchain? 

Hash no blockchain é a aplicação desse recurso de segurança nos processos realizados em redes embasadas nessa tecnologia.

Sobre isso, é bem importante que você saiba que as funções hash são amplamente utilizadas em blockchain. Mas, para falarmos sobre isso, vale explicar brevemente o que contempla essa tecnologia. 

Blockchain é uma cadeia de blocos, como também são chamados, no qual cada um é formado por outras inúmeras peças que guardam informações criptografadas.

Na blockchain, os dados são transmitidos por meio de uma rede que não tem uma unidade central e nenhum componente dela é priorizado em relação aos outros. 

Por serem bastante eficientes, rápidas e até mesmo exclusivas, as funções dos algoritmos hash são muito utilizadas pela tecnologia blockchain para registros, incluindo a verificação de transações realizadas.

Fora isso, as funções hash também são usadas para diferentes aplicações dos contratos inteligentes — que são contratos digitais programáveis e autoexecutáveis —, a fim de criar novos endereços de criptomoedas e, também, para o processo de mineração.

Quais são os algoritmos hash? 

Atualmente, os algoritmos hash mais usados são:

  • Message Digest ou MD: que tem seu foco principal voltado para a verificação da integridade dos arquivos. Entre as versões mais comuns, estão MD2, MD3, MD4 e MD5;
  • Secure Hash Function ou SHA: utilizado na transmissão dos dados entre os servidores e clientes;
  • Ripemd: uma versão atualizada das funções Message Digest. Suas saídas têm 160 bits de tamanho, ao contrário das MD que têm 128 bits;
  • Whirlpool: um algoritmo de criptografia de código livre, criado por dois professores, um brasileiro e um belga. Esse algoritmo é utilizado pela ISO – Organização Internacional de Padronização e pela IEC – Comissão Eletrotécnica Internacional.

Apesar das diferenças, o algoritmo hash é definido e conhecido como funções matemáticas criptográficas, nas quais os dados de entrada apresentam valores de saída combinados, depois de passarem pelas criptografias. 

Ou seja, eles apresentam o mesmo tamanho — em torno de 128 e 512 bits — e a mesma quantidade de caracteres.

Qual o papel dos mineradores no código hash? 

No mundo das criptomoedas, os mineradores são os responsáveis por validar os blocos que compõem a tecnologia blockchain.

De forma geral, as funções hash utilizadas no processo de mineração fazem parte de um estágio importante para a tecnologia blockchain. Isso acontece porque os mineradores realizam o cálculo de milhões e milhões de hashes para criar novos blocos de criptomoedas.

O processo de mineração também serve para verificar quais são as transações realizadas na rede. 

O esforço computacional durante a mineração de dados é mensurado via hashrate, que, resumidamente, é a velocidade com a qual os mineradores conseguem processar os dados — quanto maior a quantidade de máquinas trabalhando, melhor será o processamento.

Além disso, o hashrate é um dos principais indicadores de saúde da rede, apesar de existirem outros indicadores essenciais, como o número de nós ativos na rede, o nível de utilização da capacidade de cada bloco e as recompensas pagas aos mineradores.

E é por isso que os equipamentos utilizados na mineração são tão caros.

Mesmo que o cálculo seja feito muito rapidamente, o uso contínuo dificulta bastante o processo como um todo. Apenas para você ter uma ideia, a competição pela mineração aumentou tanto nos últimos anos que, atualmente, é preciso utilizar um equipamento específico para fazer isso, cujo valor gira em torno de R$ 10 mil.

Onde o código hash pode ser encontrado no nosso dia a dia? 

O código hash está presente em diversas situações da nossa rotina. Entre as atividades que estão diretamente ligadas a ele, encontramos:

  • recuperação de senha;
  • download de arquivos diversos;
  • sistemas antivírus.

Recuperação de senha

Os servidores mais confiáveis e seguros armazenam as senhas das pessoas de maneira criptografada. Desse modo, elas não ficam expostas em um banco de dados. 

Por isso, quando você faz a solicitação para trocar de senha, o servidor envia um código para redefini-la, porque é muito difícil descriptografar o hash utilizado em sua senha.

Download de arquivos diversos

Quando você baixa um arquivo na rede, o aparelho utilizado, seja um computador ou celular, está pedindo ao banco de dados do servidor um arquivo que tenha um algoritmo hash interligado. 

Já reparou que esse download acontece quase que imediatamente? Isso porque o armazenamento do arquivo, dentro do servidor, é realizado por meio de funções criptográficas.

Sistemas antivírus

O trabalho de um sistema antivírus é proteger o aparelho, celular ou computador, e fazer a verificação da integridade de determinado arquivo por intermédio do hash. 

Quando você faz um download, por exemplo, o antivírus verifica se esse arquivo contém o mesmo hash que o servidor ofereceu. Se sim, o download é considerado seguro e, se não, é tido como inseguro e pode indicar que o arquivo foi corrompido por algum invasor.

Qual a função do hash no mundo cripto?

O que é hash deve ter ficado claro, certo? Agora, resta saber qual sua importância e aplicação no mundo cripto.

A relevância do código hash para criptomoedas e para a segurança da rede — ou seja, ​​função hash criptográfica — é que, por ser um registro alfanumérico indecifrável, ele garante a segurança durante diversas transações digitais, incluindo as realizadas com criptomoedas. 

O motivo você já deve saber: como essas operações são altamente complexas, é praticamente impossível obter ou reverter o valor de um dado criptografado em uma rede blockchain. Logo, as funções do hash têm um nível de segurança elevado, servindo como um “sistema anti-hacker”.

Dessa forma, se alguém perguntar para você o que é hash e para que serve, pode responder dizendo que é um algoritmo responsável por resumir e mapear dados e verificar a integridade do arquivo no qual eles estão inseridos. Simples, não é mesmo? 

Qual a importância do hash no universo das criptomoedas? 

Como foi apresentado neste artigo, a função hash é utilizada, geralmente, para concentrar um grande volume de informações em arquivos.

Também ficou claro como ele é importante tanto para a tecnologia blockchain quanto para as criptomoedas, sendo muito presente até mesmo como parte do nosso dia a dia, para baixar um arquivo ou trocar a senha da rede social, por exemplo.

Em resumo, podemos dizer que um algoritmo de dispersão, como também pode ser chamado o algoritmo hash, usa a criptografia para cifrar e manter a integridade de dados. Com isso, pode-se ter mais segurança nos processos que acontecem virtualmente e usam esse recurso com camada de proteção.

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