Você sabe o que é conexão criptografada? De forma resumida, conexão criptografada é quando uma solução tecnológica é protegida por criptografia. Isso significa que todos os dados que são tramitados por essa ferramenta estão devidamente protegidos contra furto, acesso por pessoas não autorizadas ou modificações indevidas.
Sites, aplicativos de troca de mensagens, aplicativos bancários e de exchanges de criptomoedas são alguns exemplos de soluções que recebem essa camada de segurança.
Para identificar se um site tem conexão criptografada, por exemplo, basta verificar se o endereço eletrônico (URL) começa com “https”. Se começar, significa que aquela página da internet conta com o chamado Certificado SSL (Secure Sockets Layer), que é um protocolo que garante navegações web seguras.
Mas por que você precisa saber o que é conexão criptografada? O principal motivo é que esse conhecimento ajuda a identificar se os sistemas e plataformas que utiliza no seu dia a dia estão realmente protegendo os seus dados.
Devido ao uso cada vez mais amplo da internet para a realização de diversas transações e operações diariamente, inclusive as financeiras, a criptografia se transformou em uma forma de proteção de informações primordial.
Ela evita, principalmente, que dados sejam acessados por golpistas e/ou pessoas de má índole para serem usados nos mais variados tipos de fraudes — em especial os que envolvem dinheiro, seja diretamente (como saques em contas bancárias e carteiras digitais), seja indiretamente (obtenção de empréstimos, compras, entre outros).
Ficou claro por que é importante que você saiba o que é conexão criptografada? Então continue a leitura deste artigo para conferir tudo sobre essa camada de segurança.
O que é conexão criptografada?
Como dissemos na nossa explicação inicial sobre o que é conexão criptografada, trata-se de conexões web que são protegidas por criptografia. Isso indica que, para entender melhor o que abrange esse conceito, é preciso primeiro explicarmos o que é criptografia, certo?
A criptografia é um processo que codifica dados e informações. A ideia é impedir que pessoas não autorizadas entendam o que está registrado ali e usem a seu favor — prejudicando seus verdadeiros titulares.
Explicando de uma maneira bem simples, é possível dizer que criptografar uma mensagem é como embaralhar as letras utilizadas, de modo que se alguém ler não conseguirá compreender o que está escrito.
Para decifrar a mensagem é preciso de uma chave específica, a qual vai descriptografar a mensagem e permitir que seu conteúdo seja conhecido.
Com base nessa explicação, uma conexão criptografada é aquela que usa a criptografia para proteger as informações e dados que estão sendo tramitados.
Esse recurso é utilizado nas mais variadas operações que acontecem via internet, por exemplo, transferências bancárias, movimentação de criptomoedas, proteção de dados de cartão em plataformas de e-commerce, entre muitas outras.
No uso diário dessas ferramentas você não consegue ver a codificação acontecendo, já que tudo isso é feito nos “bastidores” dos sistemas instantaneamente. Porém, há algumas maneiras de identificar sua utilização.
No caso dos sites, por exemplo, basta verificar se a URL se inicia com “https”, conforme explicamos logo na abertura deste artigo. Aplicativos de mensagem comumente têm um aviso: “as mensagens e chamadas são protegidas com a criptografia”, princípio que também pode ser utilizado por aplicativos de serviços e produtos financeiros.
Quais tipos de criptografia existem?
Em linhas gerais, existem dois principais tipos de criptografia, que são a chave simétrica e a chave assimétrica.
Chave simétrica
Também chamada de “chave privada”, consiste em um modelo criptográfico mais comum e simples. Nele é utilizado uma única chave para codificar e para decodificar os dados.
Chave assimétrica
A chave assimétrica, por sua vez, usa duas chaves distintas: uma somente para fazer a codificação e outra apenas para a descodificação. Por essa característica, esse tipo criptográfico é considerado mais seguro.
Desses dois modelos principais derivam vários protocolos, que geralmente têm como base o número de bits usados para codificar os dados. Alguns exemplos são:
- IDEA (International Data Encryption Algorithm): chave simétrica criada para ser utilizada em blocos de informações de 64 bits e chaves de 128 bits. Utiliza três grupos algébricos distintos para “embaralhar” os dados ou informações
- AES (Advanced Encryption Standard): considerado um dos protocolos mais seguros da atualidade, a criptografia é feita em blocos de 128 bits, permitindo também aplicação de chaves com 192 e 256 bits. Isso torna a sua codificação extremamente difícil de ser quebrada.
Qual a melhor criptografia?
Agora que você sabe o que é conexão criptografada e como isso funciona, deve estar se perguntando qual a melhor criptografia, ou seja, aquela que realmente garante a proteção dos dados que transaciona via internet, não é mesmo?
Para respondermos essa pergunta é bem importante destacarmos que o fato de uma solução utilizar esse recurso não significa 100% de garantia de segurança.
A verdade é que as chaves podem, sim, ser quebradas. Porém, o principal objetivo da criptografia é justamente dificultar a vida dos criminosos — lembrando que sem ela o acesso a dados e informações é praticamente livre, o que é muito pior!
Sendo assim, a melhor criptografia é aquela compatível com o nível de proteção e de sigilo que se pretende dar ao que é tramitado.
Inclusive, você pode utilizar soluções com essa finalidade no seu dia a dia. Por exemplo, existem ferramentas próprias para criptografia de arquivos (como o GNU Privacy Guard), e programas para criação de redes virtuais privadas, VPN (como o Hotspot Shield).
Por que a criptografia se tornou tão importante nos dias atuais?
Como você movimenta o seu dinheiro hoje em dia? Muito possivelmente pelo aplicativo bancário ou pelo internet banking, certo? Compras online, faz também? Usa cartão de crédito? É bem provável que sim.
O que queremos dizer aqui é que são inúmeras as atividades que uma pessoa faz rotineiramente pela web que envolve seus dados pessoais, bancários, entre outros.
A criptografia se tornou essencial nos dias atuais justamente por esse motivo: o número de transações e processos que são realizados via internet cresce mais a cada dia. Por conta disso, é primordial adotar camadas de segurança para proteger o que está sendo tramitado.
Por exemplo, esse recurso é essencial para resguardar:
- dados de navegação web;
- informações contidas em e-mail;
- dados pessoais e financeiros digitais em formulários de sites;
- informações armazenadas em nuvem;
- arquivos de acesso restrito.
Percebeu quanto a criptografia é importante? Para ter acesso a outras percepções como essa, confira outros artigos do blog da Bitso que abordam temas tão relevantes quanto este!