O que é fintech unicórnio? O que a criatura mitológica tem a ver com essas startups?

o que é fintech unicórnio

Podemos quase apostar que você já viu ou ouviu esse nome por aí. Mas saberia dizer, ao certo, o que é fintech unicórnio?

Uma fintech unicórnio é uma startup de serviços financeiros avaliada em mais de US$ 1 bilhão. Para chegar a esse valuation bilionário, muitos fatores estão envolvidos, e um deles é o reflexo dos aportes recebidos por essas empresas de tecnologia.

Apenas para você ter uma noção do tamanho desse mercado, dados do relatório “Report Retrospectiva 2021” da Distrito, plataforma de inovação para startups, empresas e investidores, revelaram que, em 2021, as startups brasileiras receberam 779 aportes, totalizando US$ 9,4 bilhões em investimentos. Muita grana, hein?

Em uma comparação para ficar mais claro o crescimento desse setor, em 2020 foram 563 aportes, resultando em US$ 3,5 bilhões investidos.

Especificamente para as fintechs, no ano de 2021, essas empresas receberam 176 aportes, número que representa US$ 3,7 bilhões aplicados nessa categoria de empresa nascente.

Tudo muito bom até aqui, afinal, saber o que é fintech unicórnio é relativamente fácil. Mas o que isso tem a ver com a sua vida especificamente? Um bom motivo de ter essa informação é que, quanto mais as startups de serviços financeiros crescem, maiores as chances de você ter acesso a soluções otimizadas, práticas, rápidas e desburocratizadas desse setor

Sabe aqueles produtos financeiros digitais que você usa no seu dia a dia, a exemplo das contas digitais? É bem provável que alguns deles sejam oferecidos por uma fintech.

Se você gosta de recursos nesse formato, então continue a leitura deste artigo e confira o que é fintech unicórnio, como surgiu esse termo, quais empresas estão nesse patamar e muito mais!

O que é fintech unicórnio e como surgiu esse termo?

Assim como citamos na breve explicação sobre o que é fintech unicórnio, trata-se de uma startup voltada para a área de serviços financeiros cujo valor de mercado é superior a US$1 bilhão. Ou seja, se alguém quisesse comprar essa empresa, teria que desembolsar essa quantia.

Isso é fácil de entender, concorda? A dúvida que fica é: por que a imagem de um ser mitológico foi vinculado a uma empresa desse porte?

O termo foi utilizado pela primeira vez em 2013, por Aileen Lee, fundadora da Cowboy Ventures, que é uma companhia de investimento que apoia negócios iniciantes com foco em tecnologia a expandir.

Em sua participação em um evento de empreendedorismo, Lee quis ressaltar como encontrar startups que gerem resultados lucrativos, e que atinjam o nível de avaliação de US$ 1 bilhão, era raro de encontrar, assim como os unicórnios.

Segundo ela própria, apenas 0,07% das empresas desse tipo, que têm capital de risco, haviam alcançado esse status na época. Para conseguir expressar de forma bastante clara esse conceito de raridade no mundo das startups, Lee procurou nomenclaturas que fizessem jus a isso. 

Em um primeiro momento, ela utilizou dois termos relacionados a jogos: “home run”, que são pontos conseguidos no beisebol, e “mega hit”, pontuação obtida no poker. Com nenhum foi “bem avaliado”, digamos assim, Lee utilizou unicórnio, e não é que o termo pegou?

Quais são as fintechs unicórnio no Brasil?

Mas saber o que é fintech unicórnio não basta. É interessante conhecer também quem faz parte dessa lista, concorda?

O relatório da Distrito, que citamos logo no início deste artigo, também trouxe uma lista com as 10 startups unicórnios de 2021, e o valor dos aportes recebidos que colocaram essas empresas nessa categoria. 

Separando apenas as fintechs, temos:

  • C6: aquisição de 40% da startup (venda);
  • Mercado Bitcoin: aporte de US$ 200 milhões;
  • CloudWalk: aporte de US$ 150 milhões

E quais startups podem se tornar unicórnios em 2022?

Uma matéria do portal CNN Brasil divulgou dados do relatório da Sling Hub, plataforma de inteligência de dados desse ecossistema, sobre os aportes recebidos no primeiro mês de 2022.

De acordo com o levantamento, em janeiro as startups brasileiras captaram US$ 591 milhões, quantia que representa 45% do total investido nessas empresas na América Latina. Ou seja, dá para ter uma ideia que muitas fintechs unicórnios estão chegando.

Uma comprovação disso são outros dados da Distrito, mencionados em uma publicação do site Fintechs Brasil, que aponta um total de 1.264 startups de serviços financeiros no Brasil, considerando o período de dezembro de 2020 a dezembro de 2021.

Dessas, 19 têm potencial para se transformarem nos próximos unicórnios, que são:

  • Omie;
  • Magnetis;
  • a55;
  • Asaas;
  • BizCapital;
  • Contabilizei;
  • Open Co;
  • Conta Azul;
  • Zoop;
  • Avenue;
  • Warren;
  • Guiabolso;
  • Vortx;
  • iugu;
  • Nelogica;
  • idwall;
  • Neon;
  • Rebel;
  • RecargaPay.

O que faz uma fintech?

E na prática, o que faz uma fintech e por que elas são tão valorizadas pelo mercado financeiro? Vamos começar explicando que fintech é a junção da abreviação dos termos em inglês financial e technology, que na tradução significa tecnologia financeira.

O propósito dessas empresas é criar as mais variadas soluções voltadas para o setor financeiro, de modo que essas facilitem a vida e a rotina de pessoas físicas e jurídicas.

Os produtos financeiros criados e oferecidos por uma fintech são 100% digitais, sendo o uso amplificado da tecnologia uma das suas principais caraterísticas.

Entre os diversos serviços e produtos que podem ser oferecidos por uma startup de serviços financeiros, alguns dos mais conhecidos são:

  • conta digital;
  • cartão de crédito;
  • cartão de débito;
  • empréstimos;
  • financiamentos;
  • câmbio;
  • finanças pessoais;
  • soluções para meios de pagamento.

Qual a importância das fintechs para o futuro do mercado financeiro?

Em uma visão geral, as fintechs criam soluções financeiras que desburocratizam os processos típicos desse setor — por exemplo, abrir uma conta bancária ou conseguir um empréstimo.

Por serem 100% digitais, seus custos operacionais tendem a ser menores, o que reflete nas taxas cobradas dos clientes. Isso contribui para que mais pessoas tenham acesso e usufruam de serviços bancários.

Essa característica também ajuda a diminuir o número de brasileiros desbancarizados e a impulsionar a digitalização do dinheiro, condição que tem facilitado a rotina financeira de empresas e pessoas físicas.

Por fim, e tão importante quanto os demais pontos, as startups de serviços financeiros também fomentaram a quebra do monopólio bancário, o que deu a todos mais opções de bancos e instituições para se relacionarem, além de impulsionar a competitividade desse setor, resultando em ofertas mais interessantes e até baratas.

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