Podemos dizer que quem tem o perfil do investidor moderado é o tipo de pessoa equilibrada financeiramente. Isso porque sua carteira de aplicações financeiras mescla produtos de renda fixa e de renda variável.
Essa mistura de formas de investimento é justamente a sua principal característica, ou seja, não é nem o mar revolto, tampouco uma ‘piscina natural’ sem ondas.
Se você costuma ler os conteúdos aqui, do blog da Bitso, já deve ter visto outros artigos falando sobre o que é perfil do investidor — se ainda não fez isso, corre para conferir assim que terminar de ler este, beleza?
Mas para garantir um entendimento mais completo sobre esse conceito, vamos relembrar o que ele significa: perfil do investidor é a definição do nível de tolerância que uma pessoa tem quanto ao risco em que está correndo na sua carteira de investimentos.
Em outras palavras, podemos dizer que é a mensuração do quanto essa pessoa está disposta a arriscar os seus recursos em aplicações que podem, ou não, gerar lucros. Nesse contexto, existe o conservador, o agressivo, e o perfil do investidor moderado, que é o que vamos destacar agora.
Entre soluções que dão, previamente, os rendimentos a serem recebidos, e aquelas voláteis que tendem a dar certo “frio na barriga”, o investidor moderado tem a chance de montar uma carteira de maneira bastante diversificada, sem deixar de lado a sua busca por soluções seguras e a possibilidade de conseguir rendimentos significativos.
Essas particularidades são compatíveis com a sua estratégia financeira? Então confira agora o que é o perfil do investidor moderado e quais são os investimentos possíveis dentro desse conceito.
O que é o perfil do investidor moderado?
O perfil do investidor moderado é aquele no qual a pessoa não tem tanto medo de arriscar o seu dinheiro em aplicações financeiras, mas que, ao mesmo tempo, não abre mão de produtos de investimentos considerados seguros.
Falando de outra forma, ela nem é tão “desprendida” dos riscos quanto quem tem o perfil do investidor agressivo, nem tão “receosa” quanto o esperado do perfil do investidor conservador.
Assim, em linhas gerais, investidores desse grupo tendem a aceitar oscilações nas suas aplicações, desde que tenham pontos de segurança e de garantia para conseguir alcançar um bom equilíbrio financeiro.
Para atender essas características e necessidades, quem investe de forma moderada procura soluções de investimento que variam entre as alternativas de renda fixa e de renda variável.
A renda fixa, como o nome já indica, é aquela que dá uma definição prévia de quanto será possível ter de retorno financeiro em determinado período. Isso garante à pessoa que ela terá, sim, lucro com a sua aplicação, ainda que ele seja pequeno.
Já a renda variável é a que promete ganhos bem mais significativos. No entanto, isso pode ou não acontecer. Ou seja, não há a garantia de que haverá rentabilidade. Porém, quando há é consideravelmente maior que as geradas pela renda fixa.
Por todas essas características, pessoas que têm o perfil do investidor moderado já contam com um nível de conhecimento um pouco mais amplo desse mercado — considerando uma comparação com o perfil conservador.
Comumente, sua estratégia financeira tem como meta a obtenção de lucros em médio e longo prazo. Para isso, pondera sobre questões como rentabilidade, volatilidade e segurança para escolher onde investir o dinheiro.
Quais investimentos podem ser interessantes para o perfil do investidor moderado?
Após saber de tudo isso, acredita que o perfil do investidor moderado tem tudo a ver com você? Caso ainda tenha dúvidas, pode fazer o chamado teste de suitability, que basicamente é um questionário que ajudará a identificar qual é o seu real perfil de investidor.
Esse teste é fornecido gratuitamente por bancos, instituições financeiras e demais empresas que oferecem aos seus clientes produtos de investimento.
Dito isso, que tal conferir agora alguns dos investimentos que podem ser interessantes para quem quer investir, mas sem arriscar tanto os seus recursos? Entre as opções, mesclando renda fixa e renda variável, estão:
- CDB
- Debêntures
- Ações
- Tesouro IPCA
- LCI e LCA
- Criptomoedas
CDB
CDB é a sigla de Certificado de Depósito Bancário. Consiste em um produto de renda fixa com prazo e rendimento previamente definidos, que é oferecido por bancos e funciona, basicamente, como um empréstimo.
Na prática, você “empresta” o seu dinheiro para a instituição financeira durante um determinado período e, entre troca, recebe juros por isso.
O CDB é protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos, o FGC, que garante o pagamento de até R$ 250 mil por instituição na qual o investidor tenha aplicações, caso essa entre em falência.
O teto de pagamento é de até R$ 1 milhão para cada CPF ou CNPJ, considerando um período de 4 anos.
Debêntures
Os debêntures seguem o mesmo princípio de funcionamento do Certificado de Depósito Bancário. As duas maiores diferenças é que, no caso, os seus recursos serão emprestados para uma empresa.
Além disso, esse produto de investimento não tem proteção do FGC, o que tende a resultar em uma análise mais profunda de quem tem perfil moderado antes de tomar a decisão de investimento.
Ações
As ações fazem parte das soluções de renda variável. Elas são a menor parte do capital social de um negócio.
Quem adquire esse produto de investimento passa a ser sócio/acionista dessa empresa, recebendo lucros equivalentes à quantia aplicada e se beneficiando do crescimento do negócio em si.
Tesouro IPCA
O Tesouro IPCA, que significa Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é um título de renda fixa que paga aos seus investidores juros anuais, somado à variação inflacionária.
Mais voltado para quem busca rentabilidade em longo prazo, ele é um produto de investimento oferecido pelo Governo Federal pelo programa do Tesouro Direto, que visa a negociação de ativos públicos.
LCI e LCA
LCI é abreviação de Letras de Crédito Imobiliário, e LCA de Letras de Crédito do Agronegócio.
Ambas essas opções de investimento têm funcionamento semelhante ao CDB, ou seja, funcionam como um empréstimo. Porém, o que diferencia é que os recursos serão direcionados para esses respectivos setores e normalmente os prazos são mais longos e isso significa que o seu dinheiro pode ficar ‘preso’ por mais tempo. Então de olho nisso!
Criptomoedas
As criptomoedas são ativos digitais descentralizados e 100% virtuais. Isso quer dizer que eles não dependem de um banco central para existirem ou serem negociados, nem existem no mundo físico.
É preciso ter em mente que as criptos não são, necessariamente, uma forma de investimento. No caso, elas podem ser vistas e tratadas como uma reserva de valor.
Isso não quer dizer que, ao vendê-las, você não terá nenhum lucro. Na verdade, a rentabilidade na negociação dos ativos digitais é uma possibilidade. O que requer atenção é que seu mercado volátil não permite dar a ninguém garantia de lucratividade.
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