Você tem interesse no mundo das criptomoedas? Então precisa conhecer todos os termos e conceitos que o compõe e, um deles, é a criptoeconomia.
Neste exato momento você deve estar se perguntando: “Criptoeconomia, o que é isso?” Relaxa que aqui explicamos tudo direitinho!
A criptoeconomia pode ser definida como uma combinação entre economia, tecnologia, mercado financeiro e, claro, criptografia.
Basicamente, a criptoeconomia é uma forma de mostrar para a área econômica que há um mercado específico para as criptos que requer estudos, direcionamentos e descobertas próprias e voltadas para esse nicho.
Esse termo ganhou destaque durante o evento “DevCon NEO 2019 — Developers Conference”, que aconteceu em Seattle, no dia 17 de fevereiro daquele ano.
Na ocasião, Nolan Bauerle, diretor de pesquisa do portal Coindesk, disse que:
“Criptoeconomia é a economia de escolha e uma variedade de dados comuns mostram como a economia descentralizada está crescendo […] Redes sociais, redes, desenvolvedores, preços e exchanges coletam dados sociais juntos para medir a economia das criptomoedas”
Assim, se criptoeconomia é um conceito que fala sobre a economia das criptomoedas, é bem importante que você conheça mais sobre ele. Afinal, as resoluções e mudanças desse setor podem afetar os preços desses ativos, suas formas de uso, regulamentações, aplicações e diversos outros pontos relacionados.
Por isso, continue a leitura deste artigo para conferir mais sobre criptoeconomia, o que é, como funciona, o que difere da economia tradicional e muito mais!
O que é criptoeconomia?
Afinal, criptoeconomia, o que é? A palavra é até um pouco estranha, mas já dá uma ideia sobre ao que ela se refere, concorda?
De uma maneira bem simplória de explicar — e até mesmo óbvia —, podemos dizer que criptoeconomia é a economia das criptomoedas. Mas para que isso fique mais fácil de ser entendido, vamos esclarecer cada um desses termos.
Se procurar no dicionário a palavra “economia”, verá a seguinte definição:
“Ciência que analisa e estuda os mecanismos referentes à obtenção, à produção, ao consumo e à utilização dos bens materiais necessários à sobrevivência e ao bem-estar”
Considerando que criptomoedas são moedas digitais criptografadas, criadas e transacionadas em um ambiente descentralizado, chegamos à conclusão que criptoeconomia é uma vertente econômica que estuda as aplicações, evoluções e mecanismos específicos desse setor.
Nesse contexto estão inseridas todas as soluções, tecnologias e produtos que formam o ecossistema dos ativos digitais, tais como:
- o comportamento de todas as moedas digitais, indo desde o Bitcoin até às altcoins e tokens;
- a relação entre das pessoas envolvidas nesse universo, ou seja, seus criadores, detentores, compradores e vendedores, além dos incentivos existentes para que o sistema funcione conforme o esperado;
- volumes de compras, vendas, negociações, preços e fatores que impactam nas suas cotações;
- a tecnologia que viabiliza a sua criação e movimentação dessas moedas digitais, que é a blockchain;
- todas as mudanças financeiras que as criptos podem causar que tendem a afetar outros mercados, a exemplo da sua crescente aceitação como meio de pagamento e de forma de transferência de recursos entre pessoas e fronteiras.
Qual a diferença entre criptoeconomia e economia tradicional?
Ficou compreensível o conceito sobre criptoeconomia, o que é e o que envolve? Então já podemos fazer um comparativo entre esse tipo de economia e a tradicional.
A principal diferença entre criptoeconomia e economia tradicional é que a primeira diz respeito a soluções descentralizadas.
Em outras palavras, quer dizer que os ativos financeiros que fazem parte desse setor não estão subordinados a nenhum banco central, entidade, empresa ou organização fiscalizadora. Todas as suas normas e definições são escolhidas, determinadas e implementadas pela comunidade que a forma.
Essa característica nos leva a outra explicação sobre o que é criptoeconomia: não se trata de um subconjunto de diretrizes e mecanismos da economia tradicional, mas, sim, do entendimento necessário para facilitar e potencializar o uso de redes financeiras descentralizadas.
Quais os impactos, vantagens e desvantagens da criptoeconomia?
Esse complemento à explicação sobre criptoeconomia, o que é e qual a sua finalidade, nos leva diretamente ao impacto que ela pode causar sobre a economia tradicional, bem como aos pontos positivos e negativos quando comparamos uma com a outra.
Para entender todos esses pontos, siga esta linha de raciocínio:
- Quando Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin, em 2009, uma das suas propostas era oferecer às pessoas um ativo financeiro mundial, 100% digital, que pudesse ser controlado pela comunidade que o forma, e não por bancos centrais ou órgãos reguladores.
- Ou seja, a ideia era uma moeda digital que não pertence a um país especificamente e que tivesse regras de criação, circulação e valorização independentes das definidas e aplicadas pela economia tradicional.
- Isso deu origem a um sistema financeiro das criptomoedas que conhecemos hoje, o qual tem a segurança garantida por meio da criptografia, e por conta da validação dos seus dados e informações transacionados que é feita pelos próprios membros da comunidade, denominados mineradores.
Tudo isso mudou por completo a maneira como os ativos financeiros eram vistos e tratados até então, considerando que comprovou que é totalmente possível criar e manter um ecossistema desse tipo livre de bancos centrais e órgãos reguladores — olha o grande impacto aí!
Por sua vez, também levou à necessidade de uma definição econômica própria, que é a criptoeconomia que estamos destacando neste artigo, a fim de estudar todos os mecanismos e potenciais desse novo universo financeiro.
Vantagens e desvantagens
E quais as vantagens e desvantagens que tudo isso que acabamos de citar gerou? Entre os pontos positivos que se destacam estão:
- fomentou o processo de digitalização do dinheiro;
- criou ativos digitais que podem ser usados em diferentes partes do mundo, mantendo a mesma valorização;
- a tecnologia blockchain, que é usada para o desenvolvimento das criptos, passou a ser usada em diversos outros setores, tais como logística e saúde, gerando e mesmo nível de segurança e aumentado a qualidade dos negócios.
Quanto aos pontos negativos, é necessário falar sobre:
- a falta de regulamentação em diversos países, condição que tende a levar muitas pessoas a não entrarem para o mundo das criptomoedas por acreditarem que falta segurança nas transações;
- ainda que as criptos possam ser vistas como moedas mundiais, ou seja, que podem ser usadas em diferentes países, muitos governos proibiram o uso e as negociações, como é o caso da China, Egito, Iraque, Tunísia, entre outros.
Percebe quanta coisa está envolvida no imenso mar das criptomoedas? Para não perder nenhum assunto relacionado a esse tema, confira os outros artigos disponíveis aqui, no blog da Bitso!