O aumento do uso de canais digitais trouxe praticidade ao dia a dia de pessoas e empresas, mas também exige que se tenha conhecimento sobre os tipos de cibersegurança, para garantir uma navegação segura pela internet.
Esse crescimento no uso da internet e na conectividade das pessoas fizeram crescer os riscos de invasão de dispositivos e sistemas, prática que causa prejuízos financeiros e de reputação. Os criminosos (ou hackers) estão atentos aos dados coletados online e o universo de criptomoedas é um dos alvos preferidos.
Neste artigo, você vai entender um pouco mais sobre cibersegurança, os tipos de defesa com um monte de exemplos práticos e o que isso tudo tem a ver com criptomoedas. Vamos lá!
O que é Cibersegurança?
Tem aumentado o uso de aplicativos, sistemas, softwares e ferramentas, tanto por pessoas quanto por empresas. Em meio à comodidade trazida pelo acesso à internet, a transformação digital ganhou ainda mais força com a pandemia no ano de 2020.
Diante das restrições à circulação de pessoas, ocorreu um crescimento no uso de meios digitais, que foi acompanhado de um aumento expressivo no volume de dados armazenados nas plataformas online.
Em contrapartida aos avanços da tecnologia, um dos efeitos desse cenário foi o constante risco de invasão aos bancos de dados onde constam as informações indivduais.
Nesse sentido, a cibersegurança é basicamente um conjunto de ações e métodos que combatem ataques a equipamentos e sistemas. Além disso, essas ações incluem também medidas preventivas, que envolvem pessoas, tecnologias e processos.
Uma parte importante do conceito de “segurança da informação” é entender o que é a cibersegurança e como treinar nosso olhar para identificar golpes e evitar vazamento de dados. Vale destacar que a prevenção é sempre a melhor opção.
A boa notícia é que os exemplos de sucesso de cibersegurança também aumentam a cada dia, nos dando mais opções de defesa.
Conheça algumas ameaças à cibersegurança
As ações maliciosas normalmente tem como objetivo danificar ou roubar seus dados pessoais e financeiros, para aplicar golpes ou fraudes com as informações adquiridas.
Conheça alguns tipos de ameaças cibernéticas comuns:
- Malware: esse tipo de ataque vem do download de programas não-oficiais ou mal intencionados que instalam no seu computador ou celular um tipo de vírus. Esse vírus rouba informações e pode prejudicar o funcionamento dos sistemas, tornando o computador mais lento ou até instalando e desinstalando programas sem sua permissão.
- Phishing: essa estratégia serve para roubar dados e senhas por meio de uma mensagem, que pode chegar via e-mail, SMS ou aplicativos (WhatsApp e Telegram, por exemplo). Ela costuma solicitar que você faça uma operação ou visite um site, disponível por um link. Ao clicar nesse link ou executar outra ação solicitada, é instalado no seu dispositivo um sistema que recolhe dados pessoais e financeiros, que serão usados por criminosos.
- Ransomware: esse golpe é uma variação do malware; nesse caso, o software criptografa ou bloqueia seu acesso, impossibilitando que você use o computador ou celular, “sequestrando” suas informações e seus arquivos. Ao final, normalmente o atacante solicita um resgate para não vazar publicamente os arquivos e liberar o acesso.
Principais Tipos de Cibersegurança
A importância da cibersegurança tem crescido a cada dia. Isso porque o aumento do poder de processamento dos equipamentos e o uso de ferramentas digitais e tecnológicas trouxeram praticidade para o dia a dia, mas ampliaram também os riscos.
A saída, portanto, é proteger os dados pessoais e as informações armazenadas, utilizando vários tipos de cibersegurança, inclusive no universo de criptomoedas. No caso das criptomoedas, elas empregam a tecnologia blockchain, que apresenta alto nível de confiança e transparência. Ainda assim, alguns cuidados devem ser reforçados.
Transferências de valores por meio de criptomoedas
Um dos golpes com criptomoedas mais comuns envolve transferências. Por isso, a dica é sempre checar antecipadamente se as informações do destinatário estão corretas.
Isso porque os malwares podem modificar alguns caracteres das chaves usadas em operações e os hackers usam páginas falsas de transferências, algumas com depoimentos relatando ganhos astronômicos, por exemplo.
O combate a essas fraudes envolve pelo menos duas frentes. A primeira passa pelo cuidado com os dispositivos, sejam celulares, notebooks ou computadores. Por isso, acesse somente sites e páginas de confiança, utilize sempre um bom antivírus e mantenha ele atualizado.
A segunda frente de combate às fraudes reforça a necessidade de saber o que é cibersegurança.
Especificamente no caso das criptomoedas, conhecer a tecnologia empregada no processo ajuda na prevenção, assim como escolher plataformas e exchanges confiáveis, se informar sobre o assunto e manter sempre os aplicativos atualizados.
As carteiras offline (também chamadas de cold wallets) também ajudam nesse sentido. Elas são dispositivos em hardware que, quando acessados com uma senha forte e criptografada, ampliam a segurança das moedas digitais.
Veja os principais tipos de medidas adotadas na segurança cibernética!
Segurança da informação
Um levantamento da Varonis, plataforma mundial de cibersegurança, aponta que, em média, apenas 5% dos arquivos das empresas globais são devidamente protegidos. Por isso, boas práticas de segurança da informação podem ajudar a melhorar esse cenário mundial.
No entanto, esse número se contrapõe ao cenário encontrado no Brasil, onde a implantação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em 2020, impõe multas pesadas para empresas que descumprirem regras ao armazenar dados de clientes, fornecedores e de colaboradores.
Em linhas gerais, a segurança da informação pode ser entendida como um conjunto de práticas para garantir que as informações sigilosas sejam acessadas somente pelas pessoas responsáveis ou pelas pessoas para quem as informações foram enviadas.
O objetivo é que a circulação de dados e informações em empresas, por exemplo, seja segura e controlada. A ação deve ser supervisionada pelo departamento de TI, que adota ferramentas digitais para o rastreamento da confidencialidade.
No caso de quem usa a internet para conversar com amigos ou acompanhar as redes sociais, a segurança da informação também deve estar presente. Isso porque a exposição de dados como nome completo e documentos pessoais abre espaço para hackers.
Um dos casos mais citados nessa área de segurança envolve o roubo de dados sobre o projeto do pré-sal na Petrobrás, em 2008. O material estava em notebooks e discos rígidos, levantando dúvidas também sobre o armazenamento físico.
Em relação ao armazenamento de criptomoedas em dispositivos, o uso de antivírus, gerenciadores de senhas e softwares ampliam a segurança desses dados.
Segurança de rede
Os ataques cibernéticos tiveram um crescimento exponencial nos últimos anos, por conta das vulnerabilidades encontradas na rede. Por isso, as medidas de segurança cibernética devem ser tomadas independentemente do porte da empresa ou das ações que se costuma executar online.
Uma das medidas de segurança de rede que ajudam as empresas é a estratégia “camadas de segurança”, em que cada etapa tem ações específicas.
Por exemplo, a camada de instalação de firewall (um programa ou equipamento físico que aplica uma política de segurança a determinado ponto da rede) protege de ataques externos na borda da rede.
Já o IDS/IPS complementa o firewall, identificando uma atividade incomum na rede e comunicando o IPS (“Endereço de Protocolo da Internet”, um rótulo numérico atribuído a cada dispositivo conectado à rede de computadores), que bloqueará a ação estranha.
Outra camada de segurança é o webfilter, que determina os sites autorizados para acesso por cada máquina na rede. Já a camada VPN permite que apenas pessoas autorizadas acessem dados da empresa em dispositivos remotos.
Vale dizer que antivírus, anti-spam e backup são outras formas de camadas de segurança para evitar ataques que prejudiquem a integridade dos dados.
Segurança de aplicações
As práticas de segurança de aplicações buscam a redução da vulnerabilidade de sites, aplicações e serviços da internet, como as APIs (ou “interfaces de programação de aplicações”) que são um conjunto de definições e protocolos para criar e integrar softwares de aplicações.
As APIs são cada vez mais utilizadas em transações bancárias, compras online ou consumo de conteúdo. Os desenvolvedores utilizam códigos de computador na criação e, nesse momento, devem considerar a segurança, para evitar a exposição de dados e o acesso de hackers às funcionalidades do sistema.
A maioria dos ciberataques busca explorar vulnerabilidades na aplicação, inclusive no universo financeiro. Por isso, é importante ressaltar que nenhuma aplicação é 100% segura e todas demandam máxima atenção das pessoas que as utilizam.
No entanto, pensar na segurança desde o desenvolvimento, corrigir continuamente as vulnerabilidades e atualizar a criptografia do sistema reduz as chances de sucesso nos ataques a aplicativos.
Os conteúdos que vão deixar você mais seguro
Ficou claro que a prevenção é a etapa inicial para ampliar a cibersegurança de pessoas e empresas, não é mesmo? Evitar cliques em sites suspeitos e links maliciosos reduz a chance de ataques. Dotar máquinas e dispositivos de ferramentas com proteção também é fundamental.
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