Com certeza você já deve ter se deparado com notícias na internet que sugerem que criptomoeda é uma pirâmide.
Porém, é muito importante deixar claro que essa acusação é totalmente equivocada, especialmente considerando que ambas as propostas são completamente diferentes.
Explicando de uma forma breve, as criptomoedas são ativos digitais descentralizados, de uso internacional, que podem ser utilizadas da mesma forma que as moedas fiduciárias — por exemplo, como meio de pagamento.
Já uma pirâmide financeira não é um ativo financeiro propriamente dito, mas, sim, um esquema fraudulento que promete ganhos rápidos por meio de aportes iniciais. Os ganhos prometidos pelo esquema seriam lastreados em ativos ou tipos de investimentos, mas que na realidade estão atrelados ao valor recebido na entrada de outros participantes. Quando esse fluxo de entrada de novas pessoas deixa de acontecer, o esquema desmorona e muita gente perde dinheiro.
Ainda que haja essa grande diferença, há dois momentos em que essas propostas se cruzam, o que acaba gerando a ideia que criptomoeda é pirâmide:
- quando as moedas digitais são tratadas como bens de retorno financeiro rápido, alto e garantido;
- quando as criptos são o ativo-base de recompensa de algum esquema fraudulento.
O que torna esses dois pontos irreais é que, devido à volatilidade característica desse mercado, se torna impossível dar a qualquer pessoa garantia de lucro com a compra, venda ou troca de criptos — se alguém prometer isso a você, fuja sem nem olhar para trás, combinado?
O que queremos dizer com tudo isso é que, na verdade, criptomoeda não é pirâmide. Mas para você entender essa afirmação de maneira mais completa, continue a leitura deste artigo e confira todos os motivos que levam a essa conclusão!
Qual a diferença entre criptomoeda e pirâmide financeira?
Não existe forma melhor de entender porque as moedas digitais não podem ser consideradas esquemas de pirâmide que conhecendo as particularidades de cada conceito. Então, vamos lá!
O que é pirâmide financeira?
Pirâmide financeira, esquema de Ponzi, ou pirâmide de Ponzi, é um modelo não sustentável que tem como principal característica a promessa de altos lucros.
Sua estrutura funciona, basicamente, da seguinte forma: uma pessoa é convidada para participar de um esquema que, supostamente, dará a ela significativo retorno financeiro. Porém, para entrar, ela precisa pagar uma taxa inicial.
Seu lucro ao longo do processo deriva da quantidade de pessoas que conseguir trazer para o esquema, considerando que esses novos participantes também pagarão a taxa de entrada e ela ficará com uma porcentagem desse pagamento — a outra parte é direcionada para quem idealizou o projeto.
As pirâmides financeiras não estão, necessariamente, vinculadas à venda de um produto ou serviço, mas, sim, ao aporte gerado por novos entrantes no sistema. Pode até haver produtos e serviços a serem vendidos; contudo, grande parte da remuneração dos participantes é derivada da entrada de novas pessoas.
Vale destacar que essa prática é considerada crime no Brasil, de acordo com o disposto na Lei nº 1.521 de 26 de dezembro de 1951, passível de pena de reclusão que pode chegar a 5 anos.
O que são as criptomoedas?
Já as criptomoedas são bens virtuais com valores financeiros, 100% digitais e descentralizadas.
Em outras palavras, isso quer dizer que são ativos digitais que independem da criação, distribuição, ou controle de um órgão regulamentador ou banco central. Suas regras, tais como de forma de obtenção e uso, são definidas pela comunidade que a detém.
O termo criptomoeda vem da junção das palavras “cripto”, derivada de criptografia; e de “moeda”, pelo fato de terem valor financeiro assim como o dinheiro tradicional.
A primeira criptomoeda do mundo é o Bitcoin, criada em 2009 por Satoshi Nakamoto — que não se sabe, até hoje, se é uma pessoa ou um grupo de pessoas.
Depois dela, várias outras criptos surgiram, as quais são chamadas de altcoin, a exemplo da Ether, ETH, a segunda mais popular e valorizada.
Além dessas, entram no grupo de criptomoedas as stablecoins, cujos valores são equiparados a uma moeda fiduciária como o dólar, como é o caso da Tether, e os tokens, que são ativos digitais desenvolvidos a partir de uma rede blockchain já existente, sendo a mais comum de ser usada para esse fim a rede Ethereum.
O que leva à suspeita que criptomoeda é pirâmide?
Com base nessas definições chega a um tanto incoerente dizer que criptomoeda é pirâmide, concorda? Mas, não podemos deixar de citar que existe, sim, pirâmide financeira de criptomoedas, infelizmente.
Por exemplo, em agosto de 2021 foi publicada, no site G1, uma matéria sobre uma pessoa que prometia a outras alta rentabilidade provenientes de transações com Bitcoin (BTC).
Na ocorrência em questão, eram prometidos lucros de 10% todos os meses. No entanto, o dinheiro aplicado pelas vítimas do golpe sequer era transformado em criptomoedas. Ou seja, as pessoas eram prejudicadas duplamente: perdiam o valor investido e não recebiam as criptos.
Ações como essas são um dos motivos pelos quais se vincula às moedas digitais às pirâmides financeiras. Porém, é bem importante ter em mente que essa prática não faz parte desse mercado, se tratando de ações isoladas de pessoas com más intenções.
O que comprova que criptomoeda não é sinônimo de pirâmide financeira?
Respondendo à pergunta: “Criptomoeda é pirâmide?” Bem, como você pôde ver com essas explicações, não, criptomoedas não são pirâmides financeiras! E há outros motivos que podemos destacar que respaldam essa afirmação, que são:
- você não depende de esquemas de recrutamento para comprar, vender ou trocar moedas digitais;
- as criptos não são promessa de faturamento e enriquecimento rápido e fácil;
- os ativos digitais são descentralizados, isso quer dizer que, além de não responderem a nenhum tipo de regulador, você não precisa dividir os ganhos que tiver com outras pessoas, como acontece nas pirâmides.
Fique sempre de olho nessas dicas para não cair em armadilhas, combinado?
É legal negociar criptomoedas?
Ainda que, até o momento, o Brasil não tenha uma regulamentação específica para as transações com criptomoedas, as negociações dos ativos digitais não são consideradas ilegais no nosso país — ao contrário dos esquemas de pirâmides financeiras.
Por isso, você pode comprar, vender e trocar criptos sem qualquer problema. Nossa dica é somente escolher uma exchange de confiança para intermediar as suas operações.
Critérios como tempo de atuação no mercado e camadas de segurança devem ser considerados antes de decidir com qual corretora se relacionar.
A Bitso, por exemplo, é uma exchange internacional com mais de 7 anos nesse mercado que conta com licença para a custódia de moedas digitais regulada pela Comissão de Serviços Financeiros de Gibraltar (GFSC), o que exige o cumprimento de rigorosos padrões de segurança.
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