É muito provável que você já tenha esbarrado por aí com o termo ativos digitais, mas não ligou o nome a alguma coisa especificamente. Afinal, qualquer arquivo virtual entra nessa classificação?
Neste artigo explicamos o que é um ativo digital, os principais tipos existentes e como mantê-los protegidos. Continue a leitura e confira!
O que são ativos digitais?
Os ativos digitais são a representação virtual de valor que pode ser negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para a realização de pagamentos ou com o propósito de investimento, como define a Lei nº 14.478, chamada de Marco Legal dos Ativos Virtuais no Brasil.
A nova lei foi sancionada em dezembro de 2022 e estabeleceu as diretrizes sobre a prestação de serviços de ativos digitais e a regulamentação das prestadoras desses serviços. As regras valem definitivamente a partir de junho de 2023.
A partir da definição, fica claro que só itens digitalizados que tenham algum tipo de valor financeiro entram nessa classificação. Ou seja, um arquivo que não possui direito autoral não é um ativo digital.
A tecnologia de ponta está revolucionando vários setores e a indústria financeira não está de fora, apresentando soluções cada vez mais sofisticadas. As novidades não só são bem recebidas, mas adotadas e integradas cada vez mais rápido pelas pessoas e empresas.
Quais são os tipos de ativos digitais?
Os tipos de ativos virtuais incluem materiais digitais de empresas com copyright em diferentes formatos (fotos, vídeos, apresentações, textos), contas em redes sociais, códigos de software, além de ativos financeiros como criptomoedas (gamecoins, stablecoins, memecoins), NFTs (tokens não fungíveis) e tokens ou ativos tokenizados.
Explicamos a seguir cada um desses itens e seu valor.
Materiais digitais de empresas com copyright
Os materiais digitais de empresas com copyright são ativos digitais, pois são itens exclusivos e utilizados para gerar valor financeiro por meio de ações de marketing digital como anúncios e conteúdos promocionais, que tem o objetivo de gerar vendas.
Dessa forma, fotos, vídeos, apresentações e textos produzidos têm “todos os direitos reservados” e não podem ser copiados e/ou reproduzidos por terceiros para gerar ganhos financeiros.
Por isso, as empresas investem pesado em segurança digital para que o acesso às criações seja apenas de pessoas autorizadas. Outro recurso utilizado é o bloqueio dos materiais online, impedindo que eles sejam copiados ou salvos.
Contas em redes sociais
As contas em redes sociais também são ativos digitais, afinal, são meios que as empresas usam para divulgar o nome da marca e aumentar o potencial de promoção da sua imagem e das vendas.
Não à toa, as plataformas sociais verificam os perfis de empresas para evitar que terceiros se apoderem de nomes conhecidos para enganar ou aplicar golpes virtuais.
A verificação é feita com o envio de dados que comprovem o trademark, ou seja, o direito sobre uma marca registrada, um ativo intangível, mas com valor financeiro.
Códigos de software
Os códigos de software entram na categoria de ativos virtuais, pois são criados para fins comerciais, ou seja, é um produto com proposta e funções exclusivas para atender a demanda de um setor.
Um exemplo conhecido são os Softwares as a Service, chamados de SaaS, que funcionam online, e são comercializados em planos com acessos a diferentes funcionalidades.
Por isso, a posse do direito autoral desses ativos digitais é exclusiva da empresa desenvolvedora.
Ativos financeiros
Como tudo que é financeiro possui valor, às criações com propósitos monetários também são ativos digitais. Veja quais são os principais:
Criptomoedas
Uma criptomoeda é um ativo 100% digital que recebe esse nome, pois tem valor monetário. Ou seja, as pessoas pagam por ela e utilizam para comprar produtos e serviços.
As moedas digitais operam dentro de uma rede descentralizada e criptografada, chamada de blockchain, que é uma cadeia de blocos interligados onde as decisões e transações dos usuários ficam registradas.
A cripto principal e mais famosa do mercado é o Bitcoin (BTC). Outras altcoins (classificação dada as moedas digitais criadas depois do BTC) são:
Também existem moedas nativas de jogos, chamadas de gamecoins, como a Axie Infinity Shard (AXS), Enjin e Sand. Outra categoria é a de stablecoins, que são criptomoedas pareadas com moedas fiat como o dólar ou euro, na proporção de 1:1. Alguns exemplos são a TrueUSD, USD Coin, Binance USD e DAI.
Encerrando a lista de criptomoedas estão as memecoins, que apostam no efeito viral para gerar valor financeiro. Os principais projetos são Apecoin, do ecossistema Bored Ape, Shiba Inu e Dogecoin.
NFTs
Os tokens não fungíveis, mais conhecidos como NFTs, são ativos digitais criptografados com valor monetário alto, pois são itens originais e exclusivos.
Isso significa que duas pessoas nunca terão o mesmo NFT. Isso faz com que o proprietário de um item dessa categoria consiga lucrar, principalmente se possui um item raro ou requisitado no mercado.
Tokens ou ativos tokenizados
Os tokens são ativos digitais desenvolvidos em uma blockchain já existente. A principal rede para este tipo de criação é a Ethereum. Um token é criado para funcionar dentro do ecossistema de um projeto específico.
Assim, os desenvolvedores criam tokens de acordo com a função que desejam para o ativo (segurança, equidade, utilidade ou pagamento), que será comprado ou ganho como recompensa pela execução de tarefas, como passar de fase em um jogo no metaverso.
Os ativos tokenizados são aqueles que passam pelo processo de tokenização, ou seja, a divisão em porções digitais menores, que são criptografadas pela rede blockchain utilizada e, que depois podem ser negociados.
Além de ser possível ‘tokenizar’ um ativo digital, um ativo financeiro físico também pode ser tokenizado.
A validação desse processo é feita por meio de smart contracts (contratos inteligentes) que são programas que validam uma transação de compra automaticamente ao serem atendidos os requisitos da operação como, por exemplo, o pagamento da quantia estabelecida.
Como proteger os principais ativos digitais?
Um dos principais cuidados com os ativos digitais é em relação à segurança. Desde o armazenamento, passando pelo controle de acesso até às transações, é imprescindível ter a atenção necessária.
O recomendado tanto para empresas quanto para pessoas físicas é ter um processo de gestão eficiente. Por exemplo, usar um serviço na nuvem para armazenar os materiais institucionais ou hospedar o código de software criado, além de criar barreiras para acesso de pessoas estranhas com login e senha.
Já para as criptomoedas e outros ativos digitais, deve-se utilizar plataformas confiáveis e seguras para garantir que o pagamento seja para fontes confiáveis e o armazenamento protegido por ferramentas robustas.
Pelo site da Bitso, você pode abrir uma conta empresarial ou uma conta pessoal e usar as soluções da plataforma para criar sua estratégia de compra e proteger seus ativos digitais com os recursos de segurança mais avançados.