Automated Market Maker: o que é e como funciona esse protocolo?

Automated Market Maker

E vamos para mais um termo que você pode facilmente encontrar em um dicionário cripto: Automated Market Maker, que é representado pela sigla AMM.

Considerando uma tradução literal para o português, Automated Market Maker significa criador de mercado automatizado. Ok, em um primeiro momento isso pode não dizer muita coisa para você. Então, nós vamos explicar esse conceito!

AMM é um modelo de protocolo utilizado por exchanges descentralizadas (DEX) que se baseia em uma fórmula matemática para determinar os preços dos ativos digitais.

Isso quer dizer que, na prática, ao invés de considerar os livros de ordem — que são listas das ordens abertas de compra e venda de um determinado ativo, organizadas de acordo com seus preços — a cotação desses bens é baseada em um algoritmo de precificação.

Se neste exato momento você está se perguntando até onde isso é bom, e até onde isso é ruim, nós explicamos também! 

Um dos maiores pontos positivos é que o protocolo AMM torna possível que qualquer pessoa atue como um market maker, que é um formador de mercado, pessoa física ou jurídica responsável por assegurar ofertas de compra e venda de um determinado ativo durante a sua negociação.

Quanto aos pontos negativos, para saber se existe algum, basta você continuar a leitura deste artigo, que também explicará em detalhes o que é Automated Market Maker e como funciona.

O que é Automated Market Maker?

Automated Market Maker é um modelo de protocolo utilizado por exchanges descentralizadas (DEXs) que tem por objetivo definir a precificação de ativos digitais — e caso você ainda não conheça, as exchanges descentralizadas são corretoras que facilitam a negociação desses ativos entre duas partes interessadas.

Esse tipo de exchange faz parte do mercado de DeFi, abreviação do termo em inglês decentralized finance, que em português significa finanças descentralizadas. A proposta dessas corretoras é oferecer produtos e serviços financeiros facilitados, livres da intermediação de órgãos centralizadores e de regulamentações limitantes.

Dentro da maneira como as exchanges descentralizadas funcionam, está o protocolo AMM, que considera algoritmos para definir a forma da avaliação de um ativo, com isso, a sua cotação.

Como funciona o Automated Market Maker?

Como dissemos, o protocolo AMM se baseia em uma fórmula matemática, e não em um livro de ordens, para determinar os preços dos ativos. Alguns AMMs, inclusive, usam fórmulas simples, como é o caso do Uniswap, que tem a seguinte base de cálculo: x * y = k.

Nesse caso, o x representa o valor de um determinado ativo na pool de liquidez, e o y o valor de outro. A letra k, por sua vez, é tratada como uma constante, o que indica que a liquidez total apresentada em uma carteira precisa se manter sempre a mesma.

Outros AMMs podem ser utilizados, inclusive alguns com fórmulas bem mais complexas. Entretanto, o ponto em comum de todos eles sempre será a utilização de algoritmos para determinar os preços dos ativos que estão sendo negociados.

Ainda sobre o funcionamento do Automated Market Maker, é bem importante destacarmos que esse protocolo funciona de maneira similar a uma exchange que utiliza o livro de ordens como sua base, no sentido de considerar pares de trading.

Explicando de outra forma, nada mais é que a comparação entre duas criptomoedas distintas, por exemplo, Ether e Litecoin.

Porém, a vantagem de trabalhar com market makers automatizados é que ele dispensa a necessidade de outro trader na operação. Isso acontece porque esses “robozinhos” criam um mercado para a sua trading por meio de um contrato inteligente, ou smart contract.

Por essa característica, o protocolo AMM é considerado um peer-to-contract (P2C), ou seja, transação entre pessoa e contrato. 

No entanto, mesmo eliminando uma parte da operação, a criação de um mercado ainda se faz necessária. Para isso, é preciso que a liquidez do smart contract seja definida pelos usuários chamados “provedores de liquidez” ou LPs, sigla para o termo em inglês Liquidity Providers.

Qual o papel dos LPs no protocolo AMM?

Os liquidity providers são usuários que aplicam fundos nas pools (piscinas) de liquidez. Em troca dessa “ajudinha”, eles ganham juros sobre as transações realizadas em suas piscinas.

Por conta desse tipo de ação que viabiliza o protocolo AMM, é que qualquer pessoa pode se tornar um market maker, visto que o processo para aplicar fundos em uma pool é relativamente simples e, em troca, gera uma rentabilidade passiva.

No caso, estamos falando em estratégias como yield farming que, basicamente, consiste em você emprestar as suas criptomoedas, para aumentar a liquidez de ativos digitais, em troca do pagamento de juros por esse empréstimo.

E por qual motivo a participação dos LPs é tão importante no protocolo AMM? Bem, um dos motivos é o risco de slippage, o qual está mais propenso a acontecer em ordens com valores elevados. 

Esse termo é usado para descrever a diferença entre o preço apontado para um ativo e o valor que ele realmente foi executado. Situações como essa afetam diretamente as operações, principalmente de day trade, pois podem puxar o preço tanto para cima quanto para baixo em questão de segundos. 

As pools de liquidez, por sua vez, ajudam a mitigar esse risco, visto que permitem que as negociações possam ser feitas baseadas nos fundos depositados.

Como usar um market maker automatizado?

O uso do market maker automatizado é relativamente simples. Para isso, basta visitar o site do protocolo AMM ou alguma plataforma relacionada e conectar a carteira habilitada para DeFi. 

Feito isso, é só escolher o ativo que pretende comprar ou vender e seguir com a transação para realizar a operação.

Para quem pretende fornecer liquidez para o protocolo, o processo é basicamente o mesmo. A principal diferença é que, ao entrar na plataforma, é preciso escolher a opção “provedor de liquidez”.

Quais são as vantagens e desvantagens do AMM?

Como você pôde ver, o AMM automatiza o processo de troca de ativos em exchanges descentralizadas. Um dos seus pontos positivos é que, pelo fato de a negociação não depender de uma contraparte (ou seja, outro usuário), há a eliminação de terceiros, o que tende a tornar as transações muito mais rápidas e com menos custos.

Apesar de ainda ser considerado algo novo no mercado DeFi, esse protocolo abre oportunidade para quem pretende obter lucratividade com as criptomoedas que tem paradas — lembra dos liquidity providers? Pois então!

E sabe as possíveis desvantagens que logo no início deste artigo comentamos que podem existir? Para quem vai “embarcar” nessa como LP, é preciso ter em mente que as criptos emprestadas ficam um tempo presas. Ou seja, durante o período acordado é impossível utilizá-las.

Assim, se uma boa oportunidade de venda surgir nesse intervalo, infelizmente, ela é perdida. Dessa forma, é preciso considerar bem antes de “travar” suas moedas digitais nessa estratégia e calcular se os juros que serão pagos realmente valem a pena.

O outro ponto negativo é que o AMM não faz a custódia dos ativos. Por isso, você precisa ter uma carteira à parte para guardar suas criptomoedas.

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