Criptomoedas ou Tesouro Direto? Afinal, qual é o melhor investimento para você? A resposta para essa pergunta é: depende!
Depende, por exemplo, do seu perfil de investidor, de como pretende usar seu dinheiro no futuro, em quanto tempo pensa em utilizar suas reservas de valor, quais são seus planos de vida, entre alguns outros critérios.
Sobre isso, não sabemos se você já se deu conta, mas, atualmente, percebeu que estamos vivendo um momento único — e bastante benéfico — quando o assunto são alternativas de investimento?
Isso acontece especialmente em decorrência dos enormes avanços tecnológicos que geram uma série, quase infinita, de possibilidades. Com isso, é possível até dizer que “o céu é o limite” quando o assunto é aplicação financeira.
Mas, considerando “voo mais alto”, é preciso ter em mente que ele pode reservar alguns desafios, Por isso, é essencial sua atenção, visto que há a chance de algumas possibilidades ficarem abaixo do esperado e abrirem caminho para aquele velho dilema: “e se eu tivesse escolhido a outra opção?”
Para evitar esse tipo de frustração, é fundamental que você pondere sobre os critérios que mencionamos, seu cenário financeiro atual e expectativa monetária em curto, médio e longo prazo.
Somado a isso, também é bem importante que você defina se prefere aplicações financeiras mais inovadoras ou as mais tradicionais.
Parece uma escolha difícil? Não se preocupe! Para ajudar você a tomar essa importante decisão — e descobrir entre criptomoeda e Tesouro Direto qual o melhor investimento — trouxemos neste artigo todas as informações que você precisa sobre essas duas excelentes alternativas.
Siga a leitura e confira tudo sobre esse tema agora mesmo!
O que é criptomoeda?
Criptomoeda é qualquer forma de moeda, que exista digitalmente, e que utilize a criptografia para proteger suas transações.
A principal característica das criptomoedas é a ausência de autoridade central na sua emissão ou regulação — em vez disso, utiliza-se um sistema descentralizado para registro de transações e emissão de novas unidades.
As criptomoedas não dependem de instituições financeiras para verificar transações, sendo um sistema descentralizado ponto a ponto que possibilita a qualquer pessoa, de qualquer lugar, enviar e receber pagamentos.
Diferentemente do dinheiro físico, os pagamentos em criptomoeda existem como entradas digitais em um banco de dados online responsável por descrever transações específicas, chamado blockchain.
No momento em que você transfere fundos de criptomoeda, as transações são registradas em um livro-razão público digital e a criptomoeda é armazenada em carteiras também digitais.
Falando mais sobre criptomoedas, chega a ser impressionante a quantidade de opções disponíveis no mercado. De acordo com o site de monitoramento de preços de criptoativos, CoinMarketCap, atualmente (abril/2023), estão contabilizadas 23.211 tipos de moedas digitais diferentes.
Desse total de criptos disponíveis, sem dúvida a mais popular — especialmente por ter sido a primeira a ser criada, lá no ano de 2009 — é o Bitcoin.
Para algumas pessoas, Bitcoin e criptomoedas são sinônimos. Mas, ainda que a criação de Satoshi Nakamoto leve esse título, há outras criptos tão importantes e promissoras quanto que não podem ser esquecidas, tais como Ether, Cardano, Solana, XRP, DAI, entre outras.
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O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos que é acessado por meio eletrônico (pela internet). Dentro dessa modalidade, a compra dos títulos é realizada de maneira direta, não havendo custos de intermediação.
Criação do Tesouro Nacional com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), se você reside no Brasil e possui Cadastro de Pessoa Física (CPF), já está credenciado para investir diretamente em títulos públicos, por meio do Tesouro Direto.
Estão disponíveis para compra diversos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional: Prefixados, Tesouro Selic e Tesouro IPCA. A respeito desses títulos, é importante destacar o seu baixíssimo risco.
O risco assumido em aplicar dinheiro no Tesouro Direto, como falaremos melhor mais adiante, é conjuntural — lembrando que, por mais seguro que possa ser, todo investimento sempre possui riscos.
Tocando no assunto rentabilidade, esses títulos podem ser do tipo pré-fixado, pós-fixado ou indexado por algum índice de preço da economia (como a taxa Selic).
O investidor pode vender títulos adquiridos em qualquer momento do prazo de emissão. No caso de manter os títulos até o vencimento, o investidor terá retorno igual à rentabilidade (antes dos impostos) do momento da aplicação.
Afinal, criptomoedas ou Tesouro Direto: qual o melhor investimento?
Para descobrir, entre criptomoedas ou Tesouro Direto, qual o melhor investimento para você, um dos caminhos é comparando as diferenças, riscos, vantagens e desvantagens de cada um concorda? Então, vamos lá!
Diferenças entre criptomoedas e Tesouro Direto
Logo no começo deste artigo demos um pequeno spoiler sobre qual seria a diferença entre criptomoedas e Tesouro Direto, se lembra?
Como vimos, as criptos fazem parte do grupo de investimentos inovadores. Ou seja, algo relativamente novo, mas que, ainda assim, ganha um número maior de adeptos — muito pela sua capacidade de superar padrões.
O Tesouro Direto já é diferente, pois atua de outro modo, sendo considerado um dos investimentos mais tradicionais do país, conhecido pelo seu nível de segurança (baixo risco financeiro).
Ao falar das inovações trazidas pelas criptomoedas, esse tema tem relação com algumas de suas características, a exemplo a ausência de previsibilidade de retorno.
Por conta desse perfil, as moedas digitais se enquadram como um investimento de renda variável.
Isso não se repete no Tesouro Direto, que é uma aplicação conhecida por sua relativa previsibilidade — grande parte em relação à média de outras opções de investimento no Brasil. Assim, ele se enquadra como um tipo de investimento de renda fixa.
Apesar disso, não quer dizer que os preços e taxas dos títulos públicos não apresentem variações no tempo, muito pelo contrário.
Mas por que o Tesouro Direto tem uma maior previsibilidade? Uma boa explicação para essa pergunta se encontra na organização do seu sistema e no controle realizado por uma autoridade central. O Tesouro Direto é um sistema centralizado, totalmente controlado pelo governo brasileiro.
E quando falamos de criptomoedas? Nesse caso, a situação é bastante diferente! As criptos usam um sistema de gestão descentralizado, não existindo nenhuma autoridade central controlando e fiscalizando transações.
Riscos
É bem comum classificar um investimento como sendo de menor ou maior risco. Apesar disso, não tem jeito, todo investimento tem algum tipo de risco, que pode aumentar ou diminuir a depender do contexto.
Criptomoedas
Sobre as criptomoedas, é importante destacar que esse nível de ameaça difere para cada tipo de moeda digital existente. Mas, no geral, em relação aos riscos apresentados por esses ativos, a volatilidade de preço no curto prazo é o mais evidenciado.
A volatilidade tem a ver com a quantidade de vezes que o preço de um ativo varia. Quando o assunto são criptomoedas, é possível perceber que se trata de uma aplicação com preços que costumam variar bastante, muitas vezes, em pouquíssimo intervalo.
Tesouro Direto
Em relação ao risco do Tesouro Direto — considerado por muitos como o investimento “mais seguro do Brasil” — , já comentamos o risco conjuntural, algo que pode ocorrer em função de uma grande crise econômica, que tenha o potencial de afetar as contas do governo, por exemplo.
Atualmente, em função de diferentes eventos globais (pandemia, guerras, entre outros), um risco do tipo conjuntural não parece ser algo tão improvável, não é mesmo?
Nesse caso, vale a pena lembrar: você estará emprestando dinheiro direto para o governo. Como há várias formas de o governo “arranjar essa grana para te pagar” – como emitindo mais dívidas, aumentando impostos ou ainda reduzindo seus gastos — a chance de um calote é muito baixa.
Vantagens
As vantagens em um investimento costuma ser “o pote de ouro no final do arco-íris” para todo investidor, desde os pequenos até aos maiores. Então vamos para eles!
Criptomoedas
Sobre as vantagens das criptomoedas, podemos falar da segurança. “Segurança? É isso mesmo que eu estou lendo?”. É bem provável que você esteja pensando justamente isso agora. Mas, sim, as criptos são altamente seguras!
Apesar de não haver nenhuma autoridade central por trás de suas transações, a alta e cada vez mais robusta tecnologia das criptos garante a estruturação de um ambiente seguro e transparente para as transações.
A ausência de um órgão fiscalizador, que pode passar a impressão de risco para muitas pessoas, não deixa de ser uma vantagem se vista por outro prisma.
Sem nenhum tipo de autoridade no controle, ditando uma série de regras, as transações tendem a se tornar menos burocráticas e mais fáceis de ocorrer.
Somado a tudo isso, não podemos esquecer do ótimo desempenho das criptos, principalmente do Bitcoin, a médio e longo prazo.
Com o passar do tempo, a tendência é que a moeda digital criada por Satoshi Nakamoto se valorize em relação ao real, fazendo que essa cripto seja um ativo deflacionário, ou seja, que mantenha o seu poder de compra ao longo do tempo.
Tesouro Direto
Quanto às vantagens do Tesouro Direto, podemos falar da acessibilidade. Esse é um tipo de investimento acessível até mesmo para pequenos investidores, dado a possibilidade de se aplicar quantias menores que R$ 50.
Claro, ao falar do Tesouro Direto, não podemos nos esquecer do baixo risco, pois esse é um tipo de aplicação que costuma se destacar pela segurança.
A respeito disso, uma consideração: essa segurança não é trazida por alta tecnologia, mas, sim, pela existência de uma autoridade central — lembrando que a ausência de autoridades centrais, como já falado, também pode ser vista como uma vantagem, dependendo do ponto de vista.
Desvantagens
Não só de vantagens vive um investidor, por esse motivo também precisamos falar das desvantagens, presentes em qualquer tipo de investimento.
Entre as desvantagens das criptomoedas, as que se destacam são:
- elevada volatilidade visível já em curto prazo;
- existência de certa resistência motivada pela descentralização do sistema das criptos;
- possibilidade de ataques cibernéticos — salientando que o avanço da tecnologia utilizada nas criptos cada vez mais reduz esse tipo de desvantagem.
No caso do Tesouro Direto, as desvantagens são:
- rendimento baixo;
- retornos razoáveis só em longo prazo;
- resgate antecipado de títulos — que pode acontecer por uma questão de necessidade e reduzir a expectativa de ganhos do início da aplicação.
Neste tipo de investimento, como observação, podemos incluir também a existência de uma autoridade central que, em teoria, pode elevar a burocracia e tornar menos ágeis as transações.
Como identificar qual o melhor investimento para você?
A decisão de colocar dinheiro em uma aplicação envolve inúmeras questões. Grande parte delas são pessoais e formam o seu perfil de investidor. Por isso que, mais importante do que saber qual é o melhor investimento, é saber qual o melhor investimento para você!
A partir da discussão realizada em relação às criptomoedas e ao Tesouro Direto, que incluiu características, diferenças, riscos, vantagens e desvantagens, provavelmente você já se identificou com um e/ou com outro tipo de investimento. Essa identificação, por sua vez, também depende muito do que pretende para o seu futuro financeiro.
Além disso, qualquer tipo de investimento envolve uma análise a respeito do cenário econômico atual.
Por exemplo, considerando um título do Tesouro Direto atrelado à Selic, essa aplicação se torna extremamente ruim caso essa taxa fique muito baixa — qualquer investimento de renda fixa seria bastante desvantajoso nessa situação.
Considerando as criptomoedas, podemos citar as diferentes restrições impostas ao redor do mundo, a exemplo da China, como forma de proibir a transação dessas moedas por lá.
De fato, apesar de ter acarretado relativa turbulência no preço das criptos, essas medidas de restrição mostraram-se falhas com o passar do tempo. Afinal, o sistema descentralizado das criptomoedas dificulta qualquer medida de restrição.
Desse modo, na hora de colocar o seu dinheiro em uma aplicação, é necessário analisar o seu perfil para investir e o cenário no momento do investimento. E, também, entender que sua carteira de ativos pode, e deve, ser diversificada. Ou seja, pode ter tanto Tesouro Direto quanto criptomoedas.
A arte está em definir a distribuição desses dois ativos, e outros que você escolher. Os percentuais direcionados a cada um pode variar dependendo do seu momento de vida e, claro, do seu perfil de risco.
Mas se você considerar apenas o horizonte de um futuro bastante próximo, levando em conta a relevância cada vez maior de sistemas descentralizados e dos enormes avanços tecnológicos, é impossível não pensar nos criptoativos, não é mesmo?
Como faço para adquirir criptoativos?
Caso você tenha se interessado pelo mundo das criptomoedas, saiba que comprar as suas primeiras unidades é um processo extremamente simples e bastante seguro.
Aqui na Bitso, por exemplo, basta você seguir estes passos:
- abra a sua conta pelo site, ou baixe o aplicativo disponível para Android e iOS;
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Fácil, não? Ah, e não se esqueça: continue acompanhando aqui, no blog da Bitso artigos sobre todos os temas que compõem esse imenso e interessantíssimo universo cripto!