Moedas inflacionárias e deflacionárias são aquelas que sofrem, ou não, inflação por conta da quantidade de unidades que têm disponíveis no mercado.
O conceito ainda não ficou claro para você? Sem problemas! Explicaremos brevemente o que é inflação e isso ajudará você a entender melhor essas moedas!
A inflação pode ser definida como um indicador econômico que aponta o aumento dos preços de serviços e bens de consumo, considerando um determinado intervalo.
Quando esse índice sobe, as moedas perdem poder de compra. Em outras palavras, significa que é preciso mais dinheiro para comprar algo que antes era comprado com pouco dinheiro.
Já quando o índice inflacionário desce, o processo é inverso. Isto é, com pouco dinheiro consegue-se comprar muitas coisas — o que é ótimo, concorda?
As moedas inflacionárias e deflacionárias seguem esse ritmo e, por isso, podem ter mais ou menos poder de aquisição por conta dessa movimentação e de seus volumes circulantes no mercado.
Está pensando o que isso tem a ver com o mundo das criptomoedas? Bem, dependendo da sua estratégia financeira, considerar essa característica pode ser importante, especialmente se estiver convertendo moedas fiduciárias em criptos com o objetivo de proteger seu dinheiro de perdas inflacionárias.
Isso chamou sua atenção? Então, siga a leitura deste artigo que explicaremos para você todos os detalhes sobre esse assunto!
O que são moedas inflacionárias e deflacionárias?
Moedas inflacionárias e deflacionárias são aquelas que têm seus valores e poder de compra afetados devido à quantidade circulante disponível no mercado. Essa característica faz com que sofram, ou não, influência do conceito de inflação.
Veja como cada uma delas funciona!
Moedas inflacionárias
As moedas inflacionárias são as que têm produção contínua. Ou seja, não há limite para a emissão de suas unidades.
Com essa característica, podemos citar as moedas fiduciárias, tais como o real e o dólar. No mundo cripto, um ótimo exemplo é a Dogecoin (DOGE), que já conta com mais de 132 bilhões de unidades em circulação até o momento, sendo o céu o limite!
Moedas deflacionárias
Seguindo o caminho oposto, as moedas deflacionárias são as que têm um número limitado de unidades que serão produzidas e entregues para circulação e uso.
No mercado financeiro tradicional, é difícil encontrar exemplos de moedas com essa característica, mas no universo das criptomoedas, várias seguem esse padrão. Algumas delas são:
Extra! Bitcoin é uma criptomoeda inflacionária ou deflacionária?
E como estamos usando criptoativos para dar exemplos de moedas e deflacionários, temos quase certeza que você deve estar se perguntando em qual desses dois conceitos o Bitcoin (BTC) se encaixa, não é mesmo?
Bem, quando a isso, há controvérsias! A principal razão para esse debate é que o Bitcoin tem uma oferta limitada de 21 milhões de unidades. Essa característica, por si só, o colocaria como uma cripto deflacionária, certo? Nem tanto assim!
O motivo é que, mesmo existindo esse limite, a quantidade de BTC circulante no mercado aumenta a cada dia conforme ele segue sendo minerado — atualmente, já passou de 19 milhões de unidades.
Isso faz com que a moeda digital criada por Satoshi Nakamoto se encaixe como inflacionária, pois há várias em circulação, ela continua sendo minerada e a falta de escassez por conta disso é um dos fatores que afeta seu valor.
Em resumo, podemos dizer que, no momento, o Bitcoin é uma criptomoeda inflacionária. Mas, quando atingir o limite de unidades, se tornará um ativo digital deflacionário.
Aproveite e leia também: “Dólar, real ou criptomoedas: qual a melhor moeda neste momento?“
Quais as diferenças entre moedas inflacionárias e deflacionárias?
A principal diferença entre moedas inflacionárias e deflacionárias é a existência, ou não, de um limite de unidades a serem produzidas e liberadas para o mercado.
Essa característica, por sua vez, leva a outras duas diferenciações: a escassez e o preço.
Comumente, quanto mais escassa é uma moeda, maior é o seu valor. Isso, por sua vez, gera deflação. Por outro lado, quando há uma oferta abundante ou ilimitada, o valor tende a cair, com isso, ela perde poder de compra e gera inflação.
Basicamente, é o mesmo princípio que encontramos no comércio. Por exemplo, sabe quando um produto está em alta, todos querem comprar e você encontra facilmente em qualquer loja? Geralmente, nessa fase, o preço é baixo e várias unidades do item em questão são vistos circulando por aí.
Porém, quando é algo raro, difícil de ser encontrado, que somente um ou outro estabelecimento comercial tem para vender, o valor é elevado e são poucas as pessoas que conseguem ter um.
O que estamos querendo dizer com isso tudo isso, é que as moedas inflacionárias e deflacionárias são caracterizadas por seus volumes produzidos e liberados. Esses, por sua vez, ditam suas configurações econômicas, valores e interesse do setor.
Dica! Não deixe de ler este artigo: “Quais são as causas da inflação e suas consequências no mercado?“
Por que isso importa para o mundo cripto?
Tudo o que explicamos até agora importa para o mundo cripto, e muito, porque os ativos digitais também seguem essa tendência — lembra-se dos exemplos que demos? Pois bem!
Inclusive, entender se um ativo digital é inflacionário ou deflacionário é essencial para alinhar essa característica à sua estratégia. Desse modo, fica mais fácil alcançar os resultados esperados.
Por exemplo, há quem queria comprar e vender moedas digitais com o objetivo de conseguir lucratividade com a diferença de valor entre uma operação e outra. Há quem se interessa por adquirir criptomoedas como proteção contra a inflação.
Seja qual for seu propósito, conhecer um pouco mais sobre o poder de compra e potencial de valorização, ou não, de um ativo digital é bastante importante.
Para ajudar você com isso, temos mais dois artigos bem completos que falam sobre o assunto. Então, aproveite que está aqui, no blog da Bitso, e confira ambos agora mesmo!