Assim como a Web 2.0 enfrentou desafios em relação a proteção dos dados trocados na rede, a segurança na Web3 também é uma característica importante nessa nova fase da internet.
As soluções baseadas na Web3 são fundamentadas nos princípios da tecnologia blockchain e nos smart contracts por meio de aplicativos descentralizados (dApps). Por isso, os elos que ligam os blocos de dados e as informações dos contratos precisam estar seguros.
O investimento em ações de segurança na Web3 é motivado pelo potencial de retorno econômico que é esperado para a rede.
Afinal, tudo que atrai a atenção dos negócios e passa a ser utilizado em larga escala, infelizmente, é visto por alguns como um ambiente com vulnerabilidades a serem exploradas. É assim desde o início da internet e algo que não deve parar tão cedo.
Uma pesquisa da PwC estima que as tecnologias blockchain podem impulsionar a economia global em US$ 1,76 trilhão até 2030 por meio do aumento dos níveis de rastreamento, monitoramento e confiança.
Ou seja, a tendência é que as características da segurança da Web3 sejam aprimoradas, criando um ambiente cada vez mais seguro para desenvolver projetos modernos e úteis para todos.
Para entender melhor os desafios e o que precisa melhorar, continue lendo e saiba mais sobre segurança na Web3.
Boa leitura!
Quais as principais características da segurança da Web3?
A descentralização é a principal característica da Web3 e, por mais que seja algo positivo, já que isso significa a ausência de intermediários, se a blockchain não estiver protegida por códigos fortes, podem ficar vulneráveis a invasões.
Em relação às características da segurança da Web3, existem três que são cruciais para evitar ataques:
- auditorias nos smart contracts;
- monitoramento constante da blockchain;
- notificações on-chain.
Auditoria nos smart contracts
Os smart contracts são uma sequência de códigos programados para executar uma função específica. Se a operação é feita como planejado, todo processo fica gravado na blockchain.
Para a segurança na Web3, é importante que as empresas façam auditorias em seus smart contracts para evitar invasões na rede e mudanças nos códigos dos contratos que podem redirecionar os criptoativos para lugares diferentes.
As invasões, geralmente, são feitas por meio conhecidos como phishing, onde é enviado um link com algum malware que abre uma brecha no sistema de alguém com acesso a uma solução da Web3. A consequência são perdas consideráveis de ativos.
Por isso, é importante implementar ações de segurança na Web3 como um sistema de auditoria com checagens periódicas para estar um passo à frente dos hackers e solucionar vulnerabilidades antes que algo aconteça.
Monitoramento constante da blockchain
Outra característica da segurança da Web3 que deve ser seguida é o monitoramento da blockchain e dos usuários que interagem com os projetos ao longo de sua existência.
Desde o início é importante que os desenvolvedores estejam atentos e façam análises do que tem o potencial de afetar a solução que está sendo criada.
Como destacamos acima, é fundamental estar um passo à frente quando se trata de segurança, então todos os elos da rede blockchain precisam funcionar e operar seguros.
Isso é o que garante a interoperabilidade dos projetos, permitindo que o contato com outras blockchains fiquem livres de interferências externas.
Os “ataques de ponte”, o segmento em que uma rede blockchain se comunica com a outra, são os alvos de grande parte dos ataques que acontecem online.
Notificações on-chain
As notificações on-chain aliadas a recursos de inteligência artificial é outro tipo de ação de segurança na Web3 que permite automatizar avisos de possíveis invasões.
Isso significa que os endereços das chaves e suas ações são mapeadas, permitindo checar as movimentações realizadas na blockchains, o volume de operações e identificar qualquer ação atípica.
A vantagem desse tipo de ferramenta é ter um monitoramento automático em tempo real que vai manter a vigilância constante da blockchain e bloquear ações mal intencionadas.
Como é possível observar, a segurança na Web3 é construída em camadas para que seja cada vez mais difícil acessar os códigos dos contratos e roubar ativos.
Consequências da falta de ações de segurança na Web3
Os itens acima ilustram alguns exemplos de segurança na Web3 que são fundamentais para projetos criados na nova rede.
Mas um ponto é fato: se existirem vulnerabilidades, elas serão exploradas. Reunimos alguns casos que infelizmente geraram muitos prejuízos para alguns projetos digitais.
Pirataria na Ronin Network
Um dos casos de destaque de 2022 aconteceu na empresa Ronin Network. O grupo de hackers coreano Lazarus, simulou um recrutamento pelo LinkedIn e depois de fazer contato com um funcionário, enviou um arquivo contendo um malware para ele.
Dessa forma, o grupo conseguiu acessos aos nós validadores da blockchain da Ronin e roubou US$ 624 milhões em ativos.
Esquemas de rug pull
Rug pull pode ser traduzido como “puxar o tapete”. No dicionário cripto, é um golpe em que um desenvolvedor divulga um novo projeto, vende e depois desaparece levando as criptomoedas obtidas com a operação falsa.
Isso aconteceu na Thodex, onde os 400 mil investidores perderam US$ 2,6 milhões ao todo depois de uma parada no sistema de operações.
Roubos e vendas de NFT falsos
Por falta de conhecimento e checagem das características de segurança na Web3, pessoas adquiriam NFTs falsos de um projeto chamado We All Survived Death pelo Twitter, pagando 11,7 ETH (aproximadamente R$ 68.083) por um item da coleção.
Um hacker conseguiu roubar quatro NFTs da famosa coleção Bored Ape e um da coleção Otherdeed no valor de 289,7 ETH (cerca de R$ 1.685.767).
Leia mais: 11 tipos de golpes virtuais e como se proteger deles.
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