O bloco Gênesis do Bitcoin é o primeiro bloco da primeira criptomoeda do mundo, a qual foi criada por Satoshi Nakamoto, pessoa (ou pessoas) cuja verdadeira identidade é até hoje desconhecida.
O nome dado a esse bloco inicial, inclusive, é bastante interessante e tem tudo a ver com algo que está começando do zero. Quer uma prova? Basta você procurar pela palavra “gênesis” no dicionário que encontrará a seguinte definição: “ponto a partir do qual algo se origina, passa a existir; origem, gênese”. Ou ainda: “primeiro livro da Bíblia que, no Antigo Testamento, narra e descreve a criação do mundo, da Terra, da humanidade”.
Sobre isso, vale um adendo bem importante: o termo “bloco gênese”, com também pode ser chamado esse bloco inicial, não é uma característica exclusiva do Bitcoin (BTC). Qualquer criptomoeda que seja criada com base na sua própria blockchain terá o seu bloco Gênesis.
Mas, vamos combinar, o “pontapé” inicial do Bitcoin é bem mais interessante, não acha? Afinal, foi a partir dele que foi criado e desenvolvido todo o ecossistema de criptomoedas que conhecemos e utilizamos atualmente.
A história do bloco Gênesis do Bitcoin é tão interessante que a informação criptografada que ele contém é uma manchete do jornal “The Times” que, traduzida para o português, diz: “Chanceler Alistair Darling à beira do segundo resgate aos bancos”.
Seria essa uma “afronta” de Nakamoto ao sistema bancário tradicional e centralizado, ou apenas mais uma maneira de comprovar a data de criação do primeiro bloco do Bitcoin? Para saber essa resposta e outros detalhes de como tudo começou, siga a leitura deste artigo.
O que é o bloco Gênesis do Bitcoin?
Assim como explicamos brevemente logo na abertura deste artigo, o bloco Gênesis do Bitcoin é o primeiro bloco dessa rede blockchain.
Criado em 3 de janeiro de 2009, ele levou seis dias para ser minerado — lembrando que esse processo, hoje, dura em média 10 minutos.
Dos dias que marcaram a história do Bitcoin esse, definitivamente, está no ranking dos mais importantes, visto que foi quando todo o projeto idealizado por Satoshi Nakamoto realmente se tornou real.
Mas além de ser o ponto de partida de todo o ecossistema de criptomoedas atual, esse primeiro bloco tem algumas particularidades bastante interessantes. Uma delas é que, obviamente, por ser o número um – alguns podem nomear com bloco zero -, ele não tem precedentes. Logo, não tem qualquer informação anterior para carregar.
Quanto a isso, Nakamoto teve a brilhante ideia de criptografar a manchete do jornal de The Times publicado naquela data. Há quem diga que usar essa capa no primeiro bloco foi uma referência ao seu propósito, visto que a matéria aponta que o chanceler britânico estava decidindo se injetava, ou não, mais dinheiro na economia do Reino Unido, a fim de manter o fluxo de crédito, salvando bancos da falência iminente.
Aqui, vale destacar os objetivos da criação do Bitcoin, que são a oferta de uma moeda 100% digital e descentralizada, o que quer dizer independente de qualquer controle de um governo ou banco central. Ou seja, a oferta de um ativo financeiro que libertasse as pessoas das ordens e diretrizes governamentais, já que é a própria comunidade que cria as suas regras.
Por outro lado, também pode ser que a intenção quanto ao uso do jornal nesse primeiro bloco tenha sido apenas mais uma maneira de comprovar a data de nascimento do Bitcoin.
Como funciona um bloco Gênesis?
Como dissemos, o bloco Gênesis não é uma particularidade do Bitcoin. Todas as criptomoedas desenvolvidas em uma blockchain própria têm o seu bloco inicial. A diferença é que elas podem não usar a mesma nomenclatura (gênese). Algumas podem se referir a esses blocos iniciais como bloco #0 ou bloco #1.
No caso da BTC, seu primeiro bloco adicionou 50 unidades na rede. Porém, essa quantia também é variável, de acordo com cada cripto. Entretanto, todos os blocos gêneses têm a mesma função: que é servir de base de criação de uma rede blockchain.
Além disso, eles também têm outro propósito, que é garantir a comunicação entre dois nós — nós, caso você não saiba, é o nome dado aos computadores que formam essa rede. Resumidamente, dois nós só podem se conectar se tiverem o mesmo bloco Gênesis como base.
Quanto a esse primeiro bloco, especificamente, é nele que serão anexados todos os que são criados depois. Esses, por sua vez, carregam as suas impressões e as impressões dos seus antecessores, por isso formam uma rede de blocos.
O bloco Gênesis, no entanto, não tem nenhum anterior a ele, o que o torna mais único. Também por esse motivo, em linhas gerais, não há recompensas por sua mineração, considerando também que ele é codificado no próprio software da rede no momento da sua criação.
Qual a importância do bloco Gênesis do Bitcoin para o mundo das criptomoedas?
Já ouviu a expressão “chover no molhado”? Pois bem, falar sobre a importância do bloco Gênesis do Bitcoin segue, mais ou menos, esse mesmo princípio.
O motivo é que foi justamente a criação dessa criptomoeda que abriu caminho para a origem de todas as outras criptos e tokens que estão disponíveis no mercado hoje em dia — e os que ainda podem ser criados.
Além desse fato, a BTC tem se posicionado com uma verdadeira revolução no setor financeiro, por meio da oferta de um ativo financeiro digital livre de regras e diretrizes governamentais, como já explicamos.
Aqui, também não podemos deixar de citar todas as possibilidades que a rede blockchain, base do seu desenvolvimento e movimentação, gera para diversos segmentos.
Ainda que bastante utilizada pelo mercado financeiro, a aplicação da tecnologia blockchain se expande mais e mais, trazendo inovação, modernização, segurança, entre diversas outras vantagens para áreas como da saúde, logística, educação, moda, direito e mais.
Ou seja, Satoshi Nakamoto, seja quem for, fomentou a modificação de muitos setores ao criar o primeiro bloco da rede Bitcoin.
E, ao que tudo indica, muito mais ainda está por vir nesse cenário.
E aí, gostou de saber mais sobre a origem dessa criptomoeda tão popular? Então confira os outros artigos do blog da Bitso que falam mais sobre ela e tudo o que envolve esse ecossistema.