Você já conhece as stablecoins e qual a sua relação com as moedas fiduciárias? Conheça a USDC, ou melhor a United States Dollar Coin, uma stablecoin lastreada na moeda dólar americano.
Nesse artigo vamos te contar mais sobre esse projeto que busca ser uma opção digital a essa moeda fiduciária tão globalmente presente. Afinal, ter dólares na carteira é sempre uma boa ideia, não é mesmo? Vamos lá!
O que é USDC? E como funciona?
USDC é uma stablecoin que pertence ao grupo de tokens ERC-20 que busca acompanhar o dólar dos Estados Unidos em uma relação de 1:1, ou seja, com a cotação sempre buscando ficar o mais próximo possível de US$1,00. Essa paridade é buscada fazendo uma reserva que mistura dólares e títulos públicos do governo americano de curto prazo.
A origem dessa criptomoeda acontece em 2018, tendo como base a entidade The Centre Consortium, que afirma que o projeto passa por regulação de instituições financeiras (o que sinalizaria mais segurança). Como toda moeda digital estável, tem como objetivo servir de porto seguro diante de grande volatilidade nesse mercado e busca estar no maior número de carteiras, exchanges e até DApps quanto possível for.
Mas as funções não param por aí: a ideia dessa moeda digital também é a de ser uma alternativa aos meios tradicionais de pagamentos digitais e caminhar em direções tão amplas quanto a dos mercados de jogos e vários aspectos dentro das Finanças Descentralizadas.
A mais recente inovação presente neste projeto ocorreu em 2020, quando o protocolo de contratos inteligentes facilitou ainda mais o uso da moeda digital como meio de pagamento.
Quem são as pessoas por trás de USDC?
A instituição The Centre Consortium é uma união de duas outras partes: a companhia de pagamentos peer-to-peer chamada Circle e a exchange Coinbase. Segundo escreveram os co-fundadores da Circle, Jeremy Allaire e Sean Neville, a ideia central da USDC é a de servir como ferramenta útil dentro de um mundo em que as fronteiras geográficas não definem mais as relações entre as pessoas.
Sim, temos o dólar como sendo uma moeda bastante presente por todo o mundo, sendo utilizada para base de transações dos mais diversos produtos e serviços. Porém, essa moeda está sob a responsabilidade de um Banco Central, no caso o Federal Reserve, e não distribuída na rede, entre as pessoas que a utilizam.
Olhando para o caso de USDC também temos uma instituição responsável, mas por meio da descentralização existente o viés de dependência se reduz muito.
Títulos públicos como lastro? Como assim?
Em muitos projetos de criptomoedas que buscam acompanhar alguma moeda fiduciária vemos acontecer a formação de uma reserva da própria moeda ou mesmo a criação de algum projeto em paralelo que serviria para “dar sustentação” àquela operação.
Mas agora pouco falamos que, no caso da USDC, títulos públicos entram no meio também.
Diríamos que existem dois pontos que explicam como isso – de ter título público como sendo garantia de uma stablecoin – realmente faz sentido.
Em primeiro lugar, o aspecto da história recente: desde o pós-crise de 2008, parte razoável da liquidez que o banco central dos EUA (o Fed) injetou na economia veio desses títulos. E, em segundo, de maneira bem simplificada, eles são papéis de dívida tão de curto prazo que acabam servindo mesmo como dinheiro quase que imediato.
Caso você tenha pensado que um projeto de criptomoeda não teria sustentação com esse tipo de reserva servindo como base, lembre-se (ou, caso essa informação não seja nova, saiba) que esse tipo de ativo dá sustentação justamente ao Fed em suas operações.
Esse adendo feito nesse pedaço do texto é importante basicamente para que você, tendo visto esse ponto, não pense algo como “não faz sentido esse lastro, então o projeto como um todo não deve fazer sentido”.
O que torna o projeto único?
Em se tratando de um projeto que busca a paridade com uma moeda fiduciária, uma das maiores preocupações das pessoas que utilizam está na resposta para a pergunta “existe mesmo um lastro para essa emissão de tokens?”. No caso de USDC, a resposta é sim.
A comunicação realizada pelo The Centre Consortium indica que todas as pessoas que utilizam podem, sem problemas quando sacarem uma unidade de USDC receberem US$1 e a garantia disso seria a execução de auditorias que verificam esses saldos (em dólares e títulos de dívida de curto prazo). Com isso, o número de moedas digitais emitidas seria diretamente relacionado a essa reserva.
Outro aspecto que chama a atenção para esse projeto é o fato de que as duas partes do Consortium possuem, atualmente, nível de compliance que atende a requisitos regulatórios e, por esse motivo, o projeto acabou vendo muitas portas serem abertas em diversas utilizações.
Regulação é algo que pode parecer danoso, complicado ou até mesmo o que vai “colocar fim ao projeto”. Mas levando em conta que nesse universo um dos maiores receios está justamente sobre esse lado de “não terem nenhuma regra para responder”, acaba sendo uma vantagem para o USDC ter alcançado esse nível de maturidade de processos e transparência.
Vantagens e desvantagens de ter USDC na carteira
Como apresentamos a você em todos os projetos, existem as vantagens e os pontos de atenção também agora com o USDC. Comecemos então com as vantagens:
- Transparência sobre a reserva de lastro: quando uma stablecoin apresenta de maneira direta o que dá base para a emissão de novas unidades, as pessoas que utilizam ficam mais tranquilas quanto a segurança do projeto;
- Ser um token ERC-20: estar na blockchain Ethereum significa ter acesso a um conjunto enorme de possibilidades e conexões diferentes, o que significa que a utilização tende a ser mais diversa (“veio para ficar”);
- Segurança regulatória: o nível alcançado pelas partes do The Centre Consortium faz com que a aceitação do projeto seja ampla.
Pelo lado das desvantagens, temos as seguintes:
- Diante de qualquer forte oscilação das stablecoins, ainda que o projeto tenha aceitação e consiga garantir seu lastro de emissão, também pode passar por fortes abalos – que não mudam a cotação, mas a aceitação;
- Necessidade de regulamentação para seguir avançando: sim, existe o status de “obedecemos as barreiras legais existentes”, mas é preciso ter real autorização (o que depende de casas legislativas de cada país) para que seu uso realmente se difunda no universo cripto;
- Projetos muito parecidos: existem outras stablecoins disputando a atenção das pessoas nesse mercado e, na prática, todas acabam concorrendo no mesmo páreo; mudanças muito positivas de algum projeto podem concentrar atenção nele e reduzir o tamanho dos outros.
Vale a pena levar toda a estrutura que te apresentamos e também os pontos positivos e negativos apresentados agora antes de decidir ter USDC em sua carteira.
Como comprar USDC na Bitso?
Caso você tenha chegado até esta parte do artigo e pensado “gostei, quero ter USDC na carteira”, a boa notícia que temos para te dar é que você consegue fazer isso aqui na Bitso. Para isso, só seguir os simples passos abaixo:
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- Com a conta aberta, envie recursos para ela, via PIX ou mesmo transferindo suas stablecoins da outra carteira para Bitso;
- Se optar pela conversão com reais, assim que os recursos estiverem disponíveis, procure a aba de stablecoins;
- Chegando lá, selecione a opção USD Stablecoins;
- Ao fazer a conversão, você vai perceber que o saldo vai constar como USD Stablecoins. E tudo bem, tá? Qualquer unidade de USDC ou USDP são transformados automaticamente em USD Stablecoins na carteira da Bitso!
- E o mais legal é que você pode ativar o Bitso+, e a USD Stablecoins rendem na sua conta! Incrível, não?
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