Quer entender mais sobre o mercado de moedas digitais? O primeiro passo é saber o que é câmbio de criptomoedas. Em linhas gerais, trata-se do processo de compra e venda de uma criptomoeda, bem como a conversão do ativo digital em uma moeda fiduciária, como real, dólar ou euro.
Como você sabe, existem centenas de milhares de opções de criptomoedas disponíveis no mercado cripto. Além disso, são centenas de moedas fiduciárias, como real, dólar e euro.
A partir daí, você já parou para pensar nos processos e taxas de câmbio existentes entre criptomoedas e moedas fiduciárias? E ainda mais, quantas conversões são possíveis entre Bitcoin e outras criptos, ou mesmo entre tokens?
Neste artigo, vamos falar sobre como fazer o câmbio de criptomoedas, quais as vantagens, pontos de atenção e como o sistema de câmbio global evoluiu ao longo dos anos Além disso, vamos mostrar como as criptomoedas podem resolver e tornar ainda mais eficiente esse tão importante mercado.
O que é o câmbio de criptomoedas?
O câmbio de criptomoedas é a troca de reais por outra cripto. E uma vez com essa cripto na carteira, ela também poderá ser trocada por qualquer outra moeda fiduciária, inclusive o próprio dólar ou mesmo por outros projetos de criptomoeda.
O câmbio de criptomoedas indica uma possível nova fase do sistema financeiro global, onde uma única moeda deixa de ser padrão global e uma série de criptos podem passar a assumir esse papel. Neste caso, cada moeda — como o real —, passa a ter sua taxa de câmbio para uma série de criptos, todas determinadas pelo mercado. Exemplos: real contra Bitcoin, real contra Ether, dólar contra Ripple e assim por diante.
É preciso ressaltar que as taxas de câmbio do Bitcoin para real e para o dólar são equivalentes às do mercado padrão de câmbio. Caso contrário, seria possível lucrar convertendo reais para Bitcoins e depois para dólares em relação ao mercado usual de câmbio.
Esta operação, aliás, se chama arbitragem e como o mercado de criptos já é bastante líquido, é difícil ganhar dinheiro com essas pequenas diferenças. Ainda assim, há casos de investidores e traders que buscam ganhos rápidos por meio da arbitragem.
Por conta da equiparação entre as taxas, seu equilíbrio financeiro não é ameaçado pela entrada das criptomoedas no mercado global de câmbio.
O que acontece é que o meio de conta muda, assim como, no passado, aconteceu do ouro para o dólar (mais à frente te contaremos com detalhes essa história) e, quem sabe, do dólar para alguma cripto.
O que é uma casa de câmbio de criptomoedas?
Uma casa de câmbio de criptomoedas, também chamada de exchange, é o ambiente que intermedeia a troca de criptomoedas.
Nestas instituições, que, em sua maioria são virtuais, como a Bitso, existem preços de trocas ou conversões para diversas criptos e tokens. Assim é possível acessar uma “moeda” global sem ter que passar pelo dólar.
Agora você já sabe o que é o câmbio de criptomoedas e como ele funciona hoje em dia. Mas você já parou para pensar no percurso histórico feito pelas transações entre moedas até chegar à forma como conhecemos? É sobre o que falaremos a seguir.
Antes de seguir em frente, dê o play no vídeo abaixo para saber como escolher uma exchange para as suas operações financeiras:
Um pouco de história: como funciona o câmbio hoje? E de onde ele veio?
Para te ajudar a entender como chegamos até o câmbio de criptomoedas, é necessário um passo atrás para entendermos a importância de um sistema de câmbio global e como ele evoluiu.
Esse é o verdadeiro sangue que se movimenta nas veias da economia global.
Um passinho atrás, para os primórdios
O mundo econômico que conhecemos hoje, onde diversos países produzem as mais diversas mercadorias e as trocam entre si, usando uma complexa rede de logística e finanças, começou a ser formado nos anos 1800.
Desde essa época, desenvolveu-se um complexo sistema financeiro capaz de financiar essas operações e também facilitar os pagamentos. Isso porque cada país tinha a sua moeda e as trocas tinham que acontecer de alguma forma.
Logo, foi necessário o desenvolvimento de um sistema de referências e trocas entre as moedas para que o nascente comércio global pudesse fluir.
A Inglaterra era, naquele momento, o principal exportador e importador do mundo. Era a primeira Revolução Industrial e a quantidade de produtos industrializados começou a crescer vertiginosamente. Os ingleses exportavam tecidos, sapatos e bens industriais enquanto importavam uma quantidade crescente de matérias primas de todo o restante do globo.
Logo, era preciso criar um sistema financeiro que desse suporte a todas essas trocas.
A dificuldade de se fazer trocas (ou câmbio)
Se cada país tem a sua moeda, e cada um colocava um valor no produto de uma forma diferente — por exemplo, um quilo de carne de vaca poderia custar uma libra na Inglaterra e 10 dólares nos Estados Unidos —, qual seria a taxa de troca de uma moeda pela outra?
Bom, pelo referencial do exemplo, 1kg de carne de vaca, que é um produto igual em ambos os países, poderia ser a referência de troca. Por isso, determinamos que 10 dólares equivalem a uma libra.
Obviamente, a carne de vaca não foi a referência, pois não era um produto raro e duradouro. Além disso, e se a produção de carne de vaca dobrasse?
Assim, o referencial precisaria mudar, se não houvesse uma desvalorização de ambas as moedas do exemplo. Logo, se a produção de carne dobrasse, a equivalência passaria a ser 20 dólares por 0.5 libras. Por fim, a carne de vaca não tem nenhum valor intrínseco, além de ser perecível, o que tornaria impossível poupar em carne.
Diante das impossibilidades relacionadas ao estabelecimento da carne como referencial, decidiu-se usar um metal precioso que já era usado como moeda referencial há séculos, o ouro.
O Padrão Ouro: colocando tudo na mesma base!
A partir de então, todas as moedas passaram a ter cotações referentes ao ouro.
Inclusive, aqui vai uma curiosidade: a Libra já tinha isso! O nome “libra esterlina” vem do peso correspondente ao ouro que cada nota ou moeda lhe dava o direito de converter no Banco da Inglaterra.
Logo, o comércio global era apoiado pelo sistema ouro, onde todas as moedas eram referenciadas ao metal, permitindo, assim, a criação de taxas de câmbios bilaterais entre dois países, sempre usando o ouro como referência, exatamente como a mecânica do nosso exemplo da carne de vaca.
Tal configuração ficou conhecida como o padrão ouro.
Esse padrão durou até os anos 1970, quando deixou de ser adotado e foi abandonado pelos Estados Unidos, já a principal economia do mundo. E aí, chegamos ao padrão atual, onde as moedas flutuam livremente em relação ao dólar americano e suas taxas de câmbio são determinadas pela oferta e demanda de cada moeda em relação ao dólar.
Estamos na era das moedas de cunho forçado ou fiduciárias, pois não há necessariamente um lastro físico para referenciar o valor da moeda nacional
Saiu o Ouro, entrou o Dólar
Hoje, a principal referência para o mercado de câmbio global é o Dólar Americano. Todos os dias, as moedas negociam contra o dólar. Nos mercados financeiros, compradores e vendedores colocam os preços que estão dispostos a comprar e vender determinada moeda em relação ao dólar.
Conforme os preços de compra e venda vão se casando, os negócios vão saindo e, assim, o preço das moedas vai sendo determinado ao longo do dia. É exatamente por causa desse dinâmico processo de compra e venda que a cotação de uma moeda como o real vai mudando ao longo do dia.
Atualmente, vivemos uma nova fase da relação com o dinheiro. Estamos vivendo a transição do modelo fiduciário, onde as moedas não têm valor intrínseco em relação a um bem físico e têm suas ofertas controladas por bancos centrais para um modelo de criptomoedas.
Nele, a emissão não depende de um Estado e o controle é feito de forma descentralizada por algoritmos que comprovam e atestam cada transação.
Por design, as criptomoedas são globais. Como nenhum país as controla, elas estão acessíveis a basicamente qualquer ser humano no planeta com conexão à internet.
Mesmo que uma pessoa esteja em um determinado país onde não existe uma exchange para comprar, ele pode minerar uma criptomoeda, colocando seus recursos computacionais a disposição da rede descentralizada de processamento de alguma cripto e assim receber tokens como recompensa.
Quais as vantagens de fazer o câmbio via criptomoedas?
Viu como, historicamente, caminhamos desde a troca cambial baseada em ouro até o revolucionário sistema cripto, descentralizado e independente?
Esta é, inclusive, uma das vantagens do câmbio de criptomoedas: a descentralização. Mas há muitos outros benefícios, como o próprio ambiente onde elas foram criadas, a internet. Dessa maneira, desenvolveu-se um ambiente totalmente digital para trocar moedas fiduciárias por criptos, via exchanges confiáveis e seguras como a Bitso.
Além disso, como já vimos em outros textos, o mercado de câmbio possui camadas de intermediários como bancos, casas de câmbios e outras instituições financeiras, que podem acabar deixando o câmbio caro. Fazer isso por meio de criptos pode deixar todo o processo de câmbio mais barato e justo.
Por ser um ambiente de mercado completamente livre de amarras estatais, o câmbio de criptos pode ser muito vantajoso para moradores de países onde exista algum tipo de controle cambial, como a Argentina, onde o cidadão só pode comprar US$200,00 por mês, pela falta de dólares do Banco Central de lá.
Via criptos, pode haver um meio para que esse limite seja superado, uma vez que o cidadão poderá converter suas moedas digitais para dólares depois.
Além de superar limites de controles de capitais, existem países no mundo – principalmente nações em desenvolvimento – onde ainda não existem mercados financeiros organizados o suficiente para fornecer serviços cambiais.
No fim, as criptomoedas têm a capacidade de democratizar o acesso aos recursos financeiros, assim como foi idealizado pela Cardano em alguns países africanos, por exemplo.
Como o processo de câmbio de criptomoedas facilita a vida das pessoas?
Com os exemplos acima, fica fácil ver que o mercado de cripto pode ser muito eficiente quando se quer fazer transações internacionais. Apesar de a tecnologia não ter sido desenvolvida com esse intuito, ela, por natureza, permite a criação de “moedas” globais e, com isso, cria, de forma natural, um verdadeiro mercado global de moedas.
Logo, é fácil transacionar moedas fiduciárias ao redor do mundo usando as cripto como um meio, assim como o ouro foi usado por séculos.
O mercado de câmbio tradicional tem custos associados ao câmbio de uma moeda: o chamado spread, e a necessidade dos bancos intermediários para fazerem com que o dinheiro flua de um país para o outro.
Além disso, existem os Bancos Centrais, que controlam as reservas em moeda forte que cada país tem. Caso o país não disponha dessas reservas em abundância, controles de capitais como os existentes na Argentina, que mostramos acima, podem ser implementados, criando barreiras regulatórias ao envio de recursos para o exterior.
Sendo assim, o mercado de cripto cria um mecanismo mais barato, eficiente e imune às amarras regulatórias dos governos. Além disso, o envio do dinheiro para o exterior via cripto pode superar problemas tributários, com operações mais baratas do que as usuais.
Câmbio de criptomoedas é a forma mais democrática de lidar com o dinheiro
Existe também uma democratização da possibilidade de enviar dinheiro para o exterior, uma vez que isso pode ser um processo custoso e, dependendo da quantia, até envolver serviços bancários restritos a boa parcela da população. Com o modelo de câmbio de criptomoedas, isso pode ser resolvido de forma bem mais barata e eficiente.
Também pode funcionar como uma poupança em uma moeda que não seja a local, ajudando pessoas que vivem em economias com altas taxas de inflação a encontrarem opções de se proteger desses fenômenos.
Câmbio por meio de criptomoedas é mais seguro, rápido e prático
As criptomoedas são uma inovação não apenas em transações dentro do país. Elas também estão gerando uma nova gama de possibilidades em relação ao mercado de câmbio, tornando as movimentações mais simples e baratas. Além disso, são uma ferramenta de grande valia para cidadãos que antes tinham amarras de seus governos para acessar o mercado global de moedas.
Em resumo, trata-se de um mercado em evolução constante, que aos poucos vai sendo incorporado aos processos financeiros tradicionais, como o mercado de câmbio.
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Lembrando que a Bitso realiza operações apenas nos países dos quais tem autorização: Brasil, Argentina, México e Colômbia.